
A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou em relatório divulgado nessa terça-feira (6/5) um novo foco de irregularidades nos acordos firmados entre o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e entidades de aposentados e pensionistas.
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De acordo com auditoria realizada entre abril e julho de 2024, o INSS firmou Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com diversas associações sem avaliar de forma efetiva se essas organizações possuíam estrutura adequada para atender o número de filiados que diziam ter.
Das 29 associações visitadas, 66% não apresentaram qualquer informação sobre filiais ou rede de atendimento. Mais da metade (52%) não possuía funcionários próprios, operando com mão de obra terceirizada ou informal, mesmo atuando em diferentes unidades da Federação.
Apesar disso, parte das entidades conseguiu registrar mais de 250 mil novos associados em um único mês, número que exigiria mais de 1,5 mil adesões processadas por hora, algo operacionalmente inviável sem uma estrutura robusta.
A CGU constatou que o INSS se limitava a aceitar manifestações autodeclaratórias das entidades no momento da dos ACTs, sem exigir documentos comprobatórios como balanços patrimoniais, contratos ou registros de pessoal.
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