ANIVERSÁRIO DE BRASÍLIA

Infinu: significado e história do ponto de encontro vibrante de Brasília

Espaços como o Infinu se destacam na cidade e atraem ideias e público num ambiente cultural e gastronômico

Miguel Galvão à frente dos parceiros: o Infinu é um modelo que traz o futuro para o presente -  (crédito:  Luis Nova Exp. CB/DA Press)
Miguel Galvão à frente dos parceiros: o Infinu é um modelo que traz o futuro para o presente - (crédito: Luis Nova Exp. CB/DA Press)

O nome Infinu entrega o recado: um espaço onde as possibilidades se estendem além do óbvio. Localizado na 506 Sul, esse refúgio urbano é um ponto de encontro vibrante onde arte, moda, gastronomia, cultura, inovação e empreendedorismo se entrelaçam em um só corpo pulsante.

Inaugurado em junho de 2020 pelos criadores do consagrado evento PicniK, o Infinu rapidamente tornou-se o epicentro da economia criativa brasiliense. Um verdadeiro laboratório cultural a céu aberto, onde ideias ganham vida, marcas florescem e a diversidade artística encontra seu palco.

Entre lojas colaborativas, estúdios de tatuagem, salões de beleza e operações gastronômicas, o espaço ainda sedia eventos como shows, feiras e palestras. Tudo isso contribuindo ativamente para a revitalização da icônica avenida W3 Sul — um movimento que reacende o brilho cultural da região.

Miguel Galvão, um dos sócios e idealizadores do projeto, destaca a importância do Infinu. "A ideia é que a pessoa respire a criatividade candanga — seja tomando um suco, cortando o cabelo ou assistindo a um show. A gente defende a criatividade como o emprego do futuro", explica.

E o futuro, aqui, já é presente. Segundo Miguel, criar um hábito cultural demanda constância. "Cultura é um músculo, precisa ser exercitado. Por isso, a importância de termos um espaço permanente, que dialogue com a cidade no cotidiano", enfatiza.

Para ele, Brasília é uma galeria a céu aberto. "Poucas pessoas no mundo têm o privilégio de viver numa cidade que é, por si só, uma obra de arte. Isso tudo potencializa o nosso mercado criativo. O Infinu é uma vitrine viva, que acolhe tanto os experientes quanto quem está começando."

O impacto vai além da arte. Em apenas um ano, o espaço recebeu cerca de 400 shows. "Tem o músico, o técnico de som, o bar, o público. É uma cadeia produtiva que movimenta muita gente. Ver isso tudo se movimentando inspira — é uma transformação que reverbera em rede", completa.

  • Miguel Galvão à frente dos parceiros: o Infinu é um modelo que traz o futuro para o presente
    Miguel Galvão à frente dos parceiros: o Infinu é um modelo que traz o futuro para o presente Luis Nova Exp. CB/DA Press
  • Luana Paiva: fazer parte da comunidade, para ela, é mais do que ter um ponto físico
    Luana Paiva: fazer parte da comunidade, para ela, é mais do que ter um ponto físico Luis Nova Exp. CB/DA Press
  • Eduardo e Mônica: Marquinho Vital, Rony Meolly e Diogo Villar são mais que um grupo
    Eduardo e Mônica: Marquinho Vital, Rony Meolly e Diogo Villar são mais que um grupo Luis Nova/Esp. CB/D.A Press

Sabores e histórias

Na cozinha do Infinu, os temperos também contam histórias. E nenhuma é igual à outra. Camilo Vanni, sócio do restaurante Yakiton, trouxe para o espaço sua fusão de sabores asiáticos com a alma brasileira. "A proposta sempre foi trazer uma culinária oriental quente, com releituras de pratos tailandeses, japoneses e chineses, mas com um tempero nosso", diz.

Após ar por regiões como Vila Planalto e SIA, a escolha da 4ª unidade foi a Infinu. "Aqui é uma vitrine cultural. As pessoas vêm aqui buscando experiências. E o melhor, ninguém aqui vê o outro como concorrente. Somos uma comunidade."

A Alfredo's Pizzaria também encontrou no Infinu o lugar ideal para expandir seu legado de 17 anos. Aylton Tristão, fundador da marca, criou a pizzaria por pura necessidade. "Saía dos bares à noite e sentia falta de uma boa comida leve e rápida. Queria algo como na Itália — sem frescura, sem talher, comendo com a mão mesmo." Quando conheceu o Infinu, identificou-se de cara. "Não vim focado no lucro. Vim pelo acolhimento. O lugar é descolado, informal, diverso. Aqui todo mundo cabe", ressalta.

Sustentabilidade

Na vitrine da moda, a pegada também é verde. Luana Paiva é fundadora de uma marca de calçados ecológicos que une consciência ambiental com estética contemporânea. "Queríamos oferecer conforto, versatilidade e sustentabilidade — tudo num só produto", diz.

A escolha pelo Infinu foi estratégica. "O público aqui entende e valoriza a moda consciente. E o mais curioso: achávamos que só atrairíamos jovens, mas temos clientes de 83 anos que adoram nossas estampas", conta a proprietária. Fazer parte da comunidade, para ela, é mais do que ter um ponto físico. "Todo mundo se ajuda, se incentiva. É uma rede onde um acredita no sonho do outro — e consome o que o outro cria."

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postado em 21/04/2025 05:43
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