
O homem preso com mais de 30 cápsulas de cocaína, na noite deste domingo (25/5), foi identificado como Kaíque Andrade de Souza, 27 anos, morador de Manaus (AM). No mundo do crime, o suspeito atuava como “mula” — pessoa que transporta drogas de um lugar para o outro, em troca de dinheiro ou benefícios. Segundo informações readas pelo próprio preso à Polícia Militar, os entorpecentes apreendidos seriam entregues em Dubai, nos Emirados Árabes.
Kaíque foi preso pelas equipes do Batalhão da PM na Estrutural, depois que os militares receberam a denúncia de um carro suspeito trafegando em alta velocidade na via. O condutor da ocorrência, tenente Tiago Leite, falou ao Correio que o suspeito estava no veículo como ageiro e o motorista era de aplicativo. “Durante a abordagem, ele (suspeito) estava com uma porção de maconha e uma cápsula de cocaína em uma mochila. Na conversa, falou onde estava o restante da droga”, informou.
As outras mais de 20 cápsulas de cocaína estavam no Sol Nascente, em uma casa que Kaíque dividia com um colega. No local, os PMs encontraram aporte internacional e celulares. À polícia, o preso disse que estava com viagem marcada para Dubai, destino da droga. Ele ganharia cerca de R$ 5 mil pelo transporte. Kaíque confessou ter viajado para outros locais, incluindo a França, onde teria levado cerca de 130 cápsulas de cocaína.
Transporte para Brasília
O Correio teve o a uma sentença judicial que condenou Kaíque a seis anos de prisão depois de transportar 12kg de skunk de Manaus para o Aeroporto de Brasília, em 22 de janeiro do ano ado. Na ocasião, policiais federais inspecionaram as bagagens como procedimento de praxe e, pelo raio-x, verificaram materiais suspeitos.
A bagagem seguiu para o procedimento padrão de desembarque. No momento em que Kaíque foi recolher a mala, os policiais o abordaram e ele confessou que levava entorpecentes e receberia R$ 2 mil pelo serviço.
De acordo com o depoimento de Kaíque, a mala foi entregue por uma mulher no Teatro de Manaus. Ele relatou que tinha contraído uma dívida no cartão de crédito da mãe e não sabia como pagar. Foi nesse período que, segundo o suspeito, conversou com uma amiga que havia conhecido no garimpo, enquanto trabalhava como cozinheiro e ela, como garota de programa. A melher teria entrado em contato com ele oferecendo uma oportunidade de serviço. No caso, a entrega de uma mala em Brasília.
No teatro da capital amazonense, Kaíque pegou a mala e recebeu as instruções de como seria feita a entrega na capital federal: receberia a ligação de um rapaz assim que chegasse a Brasília, bem como o dinheiro via PIX para táxi e hotel.