A ideia é que o Drex seja lançado para todos os brasileiros no final de 2024 (sem data definida). Os testes de compra e venda de ativos com a moeda deve ocorrer em fevereiro de 2024.
“O marketing do BC criou o nome e juntou vários elementos de inovação. Com isso, damos um o a mais na família do Pix, que a gente criou e já faz tanto sucesso”, contou Fabio Araujo, coordenador do Drex, durante a live de anúncio no YouTube.
O nome 'Drex' não foi uma escolha por acaso, cada letra tem seu significado. O “D” representa a palavra digital; o “R” o real; o “E” a palavra eletrônica; e o “X” tem ideia de modernidade e de conexão, e repete a última letra do Pix.
Ao contrário do que muitos pensam, o Drex não será uma criptomoeda. Segundo informações do Banco Central, a novidade será uma espécie de 'Pix dos serviços financeiros'.
O real digital será um sistema com duas moedas: uma de atacado, para pagamentos entre o Banco Central e instituições financeiras, e uma de varejo, que será emitida pelo mercado e vai chegar ao consumidor final.
Além disso, o objetivo do Banco Central é que o Drex se torne mais um complemento financeiro para o consumidor. O valor não terá mudanças, ou seja, 1 Drex será o mesmo que 1 Real.
Sobre as criptomoedas, esse tipo de serviço não possui regulamentação no Brasil, o que configura movimentações financeiras anônimas. Já o Drex terá controle total do Banco Central.
O usuário final terá o ao Drex através de uma carteira virtual que precisará ter em instituições autorizadas pelo BC, como os já tradicionais bancos.
Uma das grandes dúvidas que pintou entre a população após o anúncio é sóbre a diferença do Drex com Pix. Afinal? Os dois serviços serão iguais? A facilidade será a mesma?
Mesmo com a relação tecnológica, existem diferenças entre os dois serviços. O Drex é uma moeda mesmo, como uma cédula, mas de forma digital. Ao contrário do Pix, que é uma ferramenta de transações instantâneas.
Por ser uma substituição do próprio dinheiro, o Drex poderá ser utilizado na realização de um Pix, ou seja, na transferência entre valores.
Uma outra diferença é sobre os custos do serviço. Ao contrário do Pix, que é totalmente gratuito para o consumidor, o Drex deverá ter um custo sobre as operações financeiras. Para especialistas, os valores deverão cair com relação ao que é cobrado atualmente.
O Pix foi lançado em 2020 e, para muitos, considerado uma grande revolução financeira. O sistema de pagamentos criado pelo Banco Central chegou para 'substituir' TED, DOC e boletos bancários.
O grande sucesso do sistema se deu por conta da facilidade e instantaneidade na transação entre valores. O Pix se tornou popular entre todas as faixas da sociedade, você pode fazer grandes transferências ou até valor menores, como centavos.
A chegada do Drex é mais um o do Banco Central de olho na modernidade financeira. Em 2022, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já havia falado sobre a mudança, e destacou o fim do cartão de crédito.
“Se decidir fazer crédito, vai ter lá as taxas dos bancos. Se não, vai escolher o débito e vai ser um Pix comum. Vai ter uma carteira de dinheiro físico e uma carteira de dinheiro digital. […] Esse sistema elimina a necessidade de ter cartão de crédito, acho que vai deixar de existir em algum momento”.