Entre 2008 e 2015, pelo menos 67 crianças nasceram a partir da doação desse homem. O problema? Ele carregava uma mutação ligada a câncer hereditário
PixabayAs 67 crianças afetadas, até o momento, nasceram entre 2008 e 2015 e fazem parte de 46 famílias em oito países. A mutação foi confirmada em 23 delas, e dentro desse número, 10 foram diagnosticadas com câncer, incluindo Leucemia e Linfoma Não Hodgkin
PixabayA bióloga Edwige Kasper investigou o caso e confirmou: as crianças com a mutação herdaram o gene alterado do mesmo doador
PixabayKasper defende um limite europeu para o número de filhos gerados por um único doador. Hoje, o número permitido varia entre os países
PixabayA doação internacional de sêmen dificulta o rastreamento de problemas genéticos e aumenta o risco de disseminação de mutações graves
PixabayA mutação, presente no gene TP53, está associada à síndrome de Li-Fraumeni, que aumenta significativamente o risco de desenvolvimento de câncer ao longo da vida. A doação foi feita em 2008, quando ainda não se sabia que essa variante genética causava um tumor, o que impediu sua detecção pelos exames e triagem padrão da época.
PixabayEspecialistas afirmam que, apesar de casos como esse serem raros, a internacionalização da doação de gametas pode torná-los mais frequentes se não houver regras globais mais rígidas
FreepikPara muitas famílias, a descoberta da mutação veio depois do diagnóstico de câncer. A comunicação entre países ainda é falha
FreepikA cientista Edwige Kasper não defende testagem completa de todos os doadores, mas alerta que há falhas graves no controle atual
PixabayAs crianças com a mutação fazem exames constantes, como ressonâncias de corpo inteiro, ultrassons e, futuramente, mamografias
Susanna SabinA frase é da própria cientista que investigou o caso, ressaltando o quão fora do comum e perigosa foi essa situação
PixabayA porta-voz do banco de esperma, Julie Paulli Budtz, afirmou ao The Guardian que a empresa está 'profundamente afetada' pelo caso e reforçou que a mutação não era conhecida como causadora de câncer em 2008. Ela também apoiou o debate sobre a criação de um limite internacional obrigatório para doações por indivíduo, algo que o banco já defende
PixabayQuantos filhos um único doador pode ter? Essa pergunta, antes ignorada por muitos, agora exige uma resposta urgente e global
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