De autoria do fotógrafo Gervásio Batista, foi feita no Hospital de Base, em 25 de março de 1985. Por causa da pressão pela divulgação de uma imagem do presidente, que não era visto desde a internação, registra Tancredo nos dias finais.
A capa do Correio de 26 de março traz a foto do presidente com d. Risoleta e, na manchete, a previsão de que ele assumiria a Presidência no Dia de Tiradentes — que, por uma trapaça do destino, foi a data em que morreu.
Pouco depois de chegar à capital paulista, Tancredo é submetido a uma arteriografia para estancar uma hemorragia. O presidente saíra de Brasília em um avião inadequado e, na viagem, fez várias transfusões de sangue.
A fim de combater focos de infecção, presidente vai novamente para a mesa de operação no Hospital do Coração. Tancredo, porém, estava desenganado e os médicos mantiveram os esforços para tentar salvá-lo.
Na primeira página do Correio, a foto mostra Aécio (secretário particular) e a irmã, Andréia, abraçados e antevendo o desfecho que se aproximava. A família de Tancredo começa o ritual de despedida.
A morte foi anunciada por volta das 22h30, do dia 21. Antônio Britto leu um comunicado, que dizia: 'A corrente de fé e de solidariedade das últimas semanas só fez crescer esse sentimento de união, que foi sempre objetivo de Tancredo'.
Pela primeira vez, o corpo de um presidente da República é velado no salão do Palácio do Planalto. O corpo de Tancredo subiu a rampa levado por uma guarda de honra. O Brasil chora.
A população sai em peso às ruas para o adeus a Tancredo. Houve tristeza, lágrimas, preces, mas, sobretudo, houve ternura com aquele que devolveu a esperança ao brasileiro.