
O Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) anunciou nesta quarta-feira (16/4) a criação do Centro de Pesquisa e Colaboração entre Brasil e Portugal, em parceria com a Universidade de Coimbra. O objetivo é fortalecer a integração entre os países no âmbito da educação superior, favorecendo o intercâmbio estudantil entre os países.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e decano do IDP, Gilmar Mendes, esteve presente no evento, ao lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
Estiveram presentes também o secretário-executivo do Ministério da Educação, Leonardo Barchini, e o diretor de Planejamento e Pesquisa Econômica do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Nelson Henrique Barbosa Filho.
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O discurso em defesa da democracia como uma bandeira fundamental das universidades apareceu ao longo de algumas falas. O diretor-geral do IDP, Francisco Mendes, e o vice-reitor para as Relações Externas da Universidade de Coimbra, João Nuno Galvão da Silva analisaram o contexto global e reforçaram a importante atuação da educação em momentos de crise.
“Essa parceria é geoestratégica e o objetivo é criar mais e mais fontes de diálogo pela paz”, comentou o vice-reitor, após recordar que o presidente Lula recebeu o título honoris causa pela instituição.
Para Nuno, o atual cenário mundial de guerra tarifária e ataques à democracia liberal, é um momento de “combater o extremismo” por intermédio da pesquisa acadêmica. “É fundamental que consigamos compreender que precisamos ser um veículo de esperança”, comentou.
O ministro de Estado da Justiça defendeu a educação para enfrentar as adversidades enfrentadas por “um mundo que deixou de ser multilateral e está caminhando para um perigosíssimo unilateralismo, por isso a universidade tem valor extraordinário nesse momento histórico, pois só ela nos ajudará a separar o joio do trigo”, disse.
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“Nesse momento das democracias ocidentais, a universidade é muito importante. Nós temos visto o que tem acontecido em alguns países de ataque à democracia e liberdade de expressão e não podemos deixar isso acontecer no Brasil”, reforçou o diretor do BNDES, que destacou o principal desafio do Brasil. “Não é de ordem econômica, os economistas têm várias soluções, o maior desafio é construir consenso em torno de uma alternativa e esse é um desafio político”, afirmou.