{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/politica/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/politica/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/politica/", "name": "Política", "description": "Governo Lula, Congresso, Judiciário: as notícias para ficar bem informado sobre os Três Poderes ", "url": "/politica/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/politica/2024/11/6985050-corte-de-gastos-gera-tensao-na-esplanada.html", "name": "Corte de gastos gera tensão na Esplanada", "headline": "Corte de gastos gera tensão na Esplanada", "description": "", "alternateName": "SITUAÇÃO FISCAL", "alternativeHeadline": "SITUAÇÃO FISCAL", "datePublished": "2024-11-10T03:55:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O governo federal define nos próximos dias os detalhes do pacote de corte de gastos. Apesar da pressão da equipe econômica e do mercado, ministros resistem a reduções em suas respectivas pastas e dizem que a mudança no orçamento pode impedir as entregas já prometidas pela gestão. <a href="/politica/2024/11/6984270-lula-retoma-discussao-com-ministros-sobre-corte-de-gastos.html">A desavença é um dos fatores para o adiamento da proposta</a>, que deve ser apresentada na semana que vem. Porém, fatores como a complexidade das discussões e preocupação com as repercussões políticas também contribuem para a demora. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva a esse fim de semana no Palácio do Alvorada estudando as opções e ouvindo seus auxiliares. Desde segunda-feira, o Planalto realizou quatro reuniões para formular o corte de gastos: três com a presença de Lula, e uma conduzida pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.</p> <p class="texto">O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, é um dos que demonstraram mais insatisfação. Ele descartou mudanças em benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego, o abono salarial e a multa de 40% do FGTS em caso de demissão por justa causa, e ameaçou deixar o cargo caso essas decisões sejam tomadas sem que seja consultado. Já o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, enviou mensagem a jornalistas durante a semana negando a possibilidade de cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Bolsa Família. O leque de opções apresentado pela equipe econômica inclui desvincular benefícios do salário mínimo e limitar o aumento de seu orçamento ao arcabouço fiscal, que cria um teto de 2,5% do crescimento do PIB para as despesas.</p> <p class="texto"><strong>Leia também:</strong> <a href="/economia/2024/11/6983473-fazenda-nega-que-haja-proposta-de-cortes-na-saude-e-no-transporte.html">Fazenda nega que haja proposta de cortes na saúde e no transporte</a></p> <p class="texto">"Não vamos no MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) cortar nenhum benefício de quem tem direito ao Bolsa Família e BPC. Pelo contrário: a ordem do presidente Lula é garantir direito a quem tem direito, quem está fora e na insegurança alimentar e tirar o Brasil do mapa da fome, e estamos fazendo. Desde janeiro de 2023, alcançamos cerca de cinco milhões de famílias que estavam ando fome, cerca de 18 milhões de pessoas, e outras saíram da pobreza pelo emprego e renda", afirmou o ministro. Dias participou apenas do encontro com Rui Costa, assim como o ministro da Previdência, Carlos Lupi, que também ameaçou se demitir caso haja cortes na Previdência Social.</p> <p class="texto">Apesar de Lula defender publicamente que gastos com Saúde e Educação são investimentos, as duas áreas estão na mira do pacote. As opções incluem reduzir os pisos constitucionais de gastos e fazer cortes no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Porém, os titulares também resistem. O ministro da Educação, Camilo Santana, disse ser "terminantemente contra qualquer mudança nas medidas constitucionais da educação" e que Lula concordava com ele. A fala ocorreu durante o encerramento da Reunião Global de Educação, realizada na semana retrasada em Fortaleza (CE), onde o ministro anunciou um pacote de ações para valorização dos professores. Segundo ele, as medidas devem ser anunciadas ainda neste mês e incluem um "pé-de-meia" da licenciatura, que beneficiará universitários com R$ 500 mensais. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, por sua vez, ainda não fez pronunciamentos públicos sobre o enxugamento. Porém, também resiste às medidas.</p> <p class="texto">A depender dos ministros ouvidos até o momento, os cortes podem afetar: Saúde; Educação; Trabalho e Emprego; Desenvolvimento Social; e Previdência. Apesar das resistências, há algumas medidas que são dadas como certas, e possuem menor impacto tanto no orçamento quanto nas políticas sociais. Por exemplo, um pente-fino nos beneficiários do Bolsa Família e de pensionistas do INSS, para acabar com fraudes, pode reduzir a conta em alguns bilhões. A discussão também envolve a criação de gatilhos em despesas obrigatórias do governo para conter seu crescimento nos próximos anos. Esse tipo de medida não sofre resistência no governo, e elas devem estar contempladas no pacote final. Os detalhes do reajuste vêm sendo mantidos a sete chaves pelo governo, para evitar os possíveis impactos de um vazamento. No final, porém, a decisão sobre o corte cabe exclusivamente ao presidente Lula - ou seja, podem sair restrições mais incisivas se ele achar necessário.</p> <p class="texto"><strong>Ruim com, pior sem</strong></p> <p class="texto">É um momento delicado para o governo. Sem o ajuste das contas, há grande risco que o arcabouço fiscal tenha que ser abandonado nos próximos anos. Para mantê-lo, sem alterar as despesas obrigatórias, seria preciso cortar as discricionárias, paralisando a máquina pública. Isso também teria impacto no pagamento da dívida pública e, consequentemente, na confiança dos investidores no governo. Por isso, há forte pressão do mercado financeiro: a demora na discussão sobre o corte de gastos fez o dólar chegar a R$ 5,86 em 1º de novembro, maior valor desde a pandemia, em 2020. A alta também foi causada pela incerteza com as eleições norte-americanas, antes da vitória de Donald Trump.</p> <p class="texto">Durante a semana ada, a pressão diminuiu com a mobilização do governo para definir o pacote. A moeda norte-americana ou a semana em queda, mas recuperou parte do valor na sexta-feira, com a frustração causada pelo adiamento do anúncio - o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu uma definição até quinta, o que não ocorreu. O dólar fechou a semana em R$ 5,73, queda de 2,26% em relação à semana anterior, mas alta de 1% em relação à quinta-feira.</p> <p class="texto">Por outro lado, o ajuste é uma medida bastante impopular e será divulgada em um momento de enfraquecimento da esquerda, principal aliada do presidente Lula, após as eleições municipais. Um corte duro no orçamento pode prejudicar a relação do governo com setores trabalhistas, como o sindicato, e mesmo a popularidade do governo. A avaliação de integrantes da gestão, porém, é que não há como evitar o baque político do corte de gastos, apenas tentar mitigá-lo. O governo estuda, dessa forma, incluir a redução de subsídios e desonerações fiscais no pacote, para que os cortes não ocorram apenas em políticas voltadas para a população.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/politica/2024/11/6985067-brasil-manifesta-preocupacao-com-repressao-de-protestos-em-mocambique.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/09/alfredo_zuniga-41534251.jpg?20241109185458" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Brasil manifesta preocupação com repressão de protestos em Moçambique</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/11/6985037-mendonca-pede-destaque-e-recurso-de-collor-ira-ao-plenario-fisico.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/03/04/53558342644_eeff94fe52_o-35289607.jpg?20241109174551" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Mendonça pede destaque e recurso de Collor vai ao plenário físico do STF</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/11/6984713-golpistas-planejavam-o-sequestro-de-lula.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/04/000_36la2kx-41281814.jpg?20241108222139" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Golpistas planejavam o sequestro de Lula</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/05/1200x801/1_4971105040_15f51658a5_o-41303884.jpg?20241105115221?20241105115221", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/05/1000x1000/1_4971105040_15f51658a5_o-41303884.jpg?20241105115221?20241105115221", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/05/800x600/1_4971105040_15f51658a5_o-41303884.jpg?20241105115221?20241105115221" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Victor Correia", "url": "/autor?termo=victor-correia" } , { "@type": "Person", "name": "Mayara Souto", "url": "/autor?termo=mayara-souto" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 5xi6b

Corte de gastos gera tensão na Esplanada 5t661j
SITUAÇÃO FISCAL

Corte de gastos gera tensão na Esplanada 6r3f6r

Ministros resistem a contingenciamentos que afetem programas sociais, como Bolsa Família, BPC e gerem alterações na multa prevista no FGTS em caso de rescisão. Ao mesmo tempo, Lula é pressionado pela necessidade do ajuste nas contas 5o83q

O governo federal define nos próximos dias os detalhes do pacote de corte de gastos. Apesar da pressão da equipe econômica e do mercado, ministros resistem a reduções em suas respectivas pastas e dizem que a mudança no orçamento pode impedir as entregas já prometidas pela gestão. A desavença é um dos fatores para o adiamento da proposta, que deve ser apresentada na semana que vem. Porém, fatores como a complexidade das discussões e preocupação com as repercussões políticas também contribuem para a demora. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva a esse fim de semana no Palácio do Alvorada estudando as opções e ouvindo seus auxiliares. Desde segunda-feira, o Planalto realizou quatro reuniões para formular o corte de gastos: três com a presença de Lula, e uma conduzida pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, é um dos que demonstraram mais insatisfação. Ele descartou mudanças em benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego, o abono salarial e a multa de 40% do FGTS em caso de demissão por justa causa, e ameaçou deixar o cargo caso essas decisões sejam tomadas sem que seja consultado. Já o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, enviou mensagem a jornalistas durante a semana negando a possibilidade de cortes no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e no Bolsa Família. O leque de opções apresentado pela equipe econômica inclui desvincular benefícios do salário mínimo e limitar o aumento de seu orçamento ao arcabouço fiscal, que cria um teto de 2,5% do crescimento do PIB para as despesas.

Leia também: Fazenda nega que haja proposta de cortes na saúde e no transporte

"Não vamos no MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) cortar nenhum benefício de quem tem direito ao Bolsa Família e BPC. Pelo contrário: a ordem do presidente Lula é garantir direito a quem tem direito, quem está fora e na insegurança alimentar e tirar o Brasil do mapa da fome, e estamos fazendo. Desde janeiro de 2023, alcançamos cerca de cinco milhões de famílias que estavam ando fome, cerca de 18 milhões de pessoas, e outras saíram da pobreza pelo emprego e renda", afirmou o ministro. Dias participou apenas do encontro com Rui Costa, assim como o ministro da Previdência, Carlos Lupi, que também ameaçou se demitir caso haja cortes na Previdência Social.

Apesar de Lula defender publicamente que gastos com Saúde e Educação são investimentos, as duas áreas estão na mira do pacote. As opções incluem reduzir os pisos constitucionais de gastos e fazer cortes no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Porém, os titulares também resistem. O ministro da Educação, Camilo Santana, disse ser "terminantemente contra qualquer mudança nas medidas constitucionais da educação" e que Lula concordava com ele. A fala ocorreu durante o encerramento da Reunião Global de Educação, realizada na semana retrasada em Fortaleza (CE), onde o ministro anunciou um pacote de ações para valorização dos professores. Segundo ele, as medidas devem ser anunciadas ainda neste mês e incluem um "pé-de-meia" da licenciatura, que beneficiará universitários com R$ 500 mensais. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, por sua vez, ainda não fez pronunciamentos públicos sobre o enxugamento. Porém, também resiste às medidas.

A depender dos ministros ouvidos até o momento, os cortes podem afetar: Saúde; Educação; Trabalho e Emprego; Desenvolvimento Social; e Previdência. Apesar das resistências, há algumas medidas que são dadas como certas, e possuem menor impacto tanto no orçamento quanto nas políticas sociais. Por exemplo, um pente-fino nos beneficiários do Bolsa Família e de pensionistas do INSS, para acabar com fraudes, pode reduzir a conta em alguns bilhões. A discussão também envolve a criação de gatilhos em despesas obrigatórias do governo para conter seu crescimento nos próximos anos. Esse tipo de medida não sofre resistência no governo, e elas devem estar contempladas no pacote final. Os detalhes do reajuste vêm sendo mantidos a sete chaves pelo governo, para evitar os possíveis impactos de um vazamento. No final, porém, a decisão sobre o corte cabe exclusivamente ao presidente Lula - ou seja, podem sair restrições mais incisivas se ele achar necessário.

Ruim com, pior sem

É um momento delicado para o governo. Sem o ajuste das contas, há grande risco que o arcabouço fiscal tenha que ser abandonado nos próximos anos. Para mantê-lo, sem alterar as despesas obrigatórias, seria preciso cortar as discricionárias, paralisando a máquina pública. Isso também teria impacto no pagamento da dívida pública e, consequentemente, na confiança dos investidores no governo. Por isso, há forte pressão do mercado financeiro: a demora na discussão sobre o corte de gastos fez o dólar chegar a R$ 5,86 em 1º de novembro, maior valor desde a pandemia, em 2020. A alta também foi causada pela incerteza com as eleições norte-americanas, antes da vitória de Donald Trump.

Durante a semana ada, a pressão diminuiu com a mobilização do governo para definir o pacote. A moeda norte-americana ou a semana em queda, mas recuperou parte do valor na sexta-feira, com a frustração causada pelo adiamento do anúncio - o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu uma definição até quinta, o que não ocorreu. O dólar fechou a semana em R$ 5,73, queda de 2,26% em relação à semana anterior, mas alta de 1% em relação à quinta-feira.

Por outro lado, o ajuste é uma medida bastante impopular e será divulgada em um momento de enfraquecimento da esquerda, principal aliada do presidente Lula, após as eleições municipais. Um corte duro no orçamento pode prejudicar a relação do governo com setores trabalhistas, como o sindicato, e mesmo a popularidade do governo. A avaliação de integrantes da gestão, porém, é que não há como evitar o baque político do corte de gastos, apenas tentar mitigá-lo. O governo estuda, dessa forma, incluir a redução de subsídios e desonerações fiscais no pacote, para que os cortes não ocorram apenas em políticas voltadas para a população.

Mais Lidas 2y6064