{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2025/05/7147029-violencia-que-so-cresce.html", "name": "Violência que só cresce", "headline": "Violência que só cresce", "description": "", "alternateName": "Artigo", "alternativeHeadline": "Artigo", "datePublished": "2025-05-15T06:04:00Z", "articleBody": "<div class="aju"> <div class="aCi">O Atlas da Violência, divulgado na última segunda-feira, deu um vislumbre, em números, da barbárie que se desenrola todos os dias neste país contra crianças e adolescentes. São dados aterradores de homicídios e outras violências, como físicas, sexuais e psicológicas.<br /></div> </div> <div class="gs"> <div class=""> <div id=":1u" class="ii gt"> <div id=":1t" class="a3s aiL "> <div dir="ltr"> <div> <div class="gs"> <div class=""> <div id=":1u" class="ii gt"> <div id=":1t" class="a3s aiL "> <div dir="ltr">O levantamento mostrou que, de 2013 a 2023, foram assassinadas 2.124 crianças de 0 a 4 anos e 6.480, meninos e meninas entre 5 e 14 anos. A residência foi o local onde ocorreu a maioria dos crimes: em 67,8% e 65,9% dos casos, respectivamente.<br /><br />A chamada violência não letal — física, psicológica, sexual e negligência/abandono — teve elevação de 36,2% entre 2022 e 2023. O estudo chamou a atenção, também, para o crescimento de 52,2% no número de notificações de agressões físicas a crianças de 0 a 4 anos nesse período.<br /><br />A violência provoca uma série de impactos físicos e mentais em meninos e meninas, levando a quadros como ansiedade e depressão. Um dos reflexos é a elevação na quantidade de crianças, a partir de 10 anos, e de adolescentes que se suicidaram: entre 2013 e 2023, 11.494 deles tiraram a própria vida, um aumento de 42,7%. "Esse número, principalmente, revela o nosso malogro civilizatório em cuidar das novas gerações", aponta o relatório, divulgado pelo Ipea, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.<br /><br />Os assassinatos e as demais violências são praticados, majoritariamente, por familiares ou parentes, ou seja, justamente quem deveria proteger meninos e meninas. As agressões partem de mães, pais, padrastos, madrastas, avós, tios, irmãos, primos.<br /><br />Há leis que determinam a proteção de crianças e adolescentes — especialmente nossa Carta Magna — e há uma série de pesquisas e estudos mostrando a extensão da pandemia de violência contra eles, mas não há, de forma alguma, urgência do poder público para combater essa atrocidade.<br /><br />O enfrentamento é complexo, sim, pois a brutalidade ocorre, em sua imensa maioria, no ambiente doméstico, mas o tamanho do desafio não pode ser justificativa para a omissão. Faltam políticas públicas efetivas de prevenção e cuidado. Falta engajar sociedade e famílias nessa luta. Temos de abrir os olhos para a dimensão da atrocidade que ocorre rotineiramente neste país e suas terríveis consequências.<br /><br />Daniel Cerqueira, técnico do Ipea, enfatizou a calamidade, em entrevista ao Estadão: "Nossas crianças e jovens estão sendo massacrados dentro de casa". Até quando tanto sofrimento continuará a ser, criminosamente, ignorado?</div> </div> </div> </div> </div> </div> <div>Violência que só cresce</div> <div><br /></div> O Atlas da Violência, divulgado na última segunda-feira, deu um vislumbre, em números, da barbárie que se desenrola todos os dias neste país contra crianças e adolescentes. São dados aterradores de homicídios e outras violências, como físicas, sexuais e psicológicas.<br /><br />O levantamento mostrou que, de 2013 a 2023, foram assassinadas 2.124 crianças de 0 a 4 anos e 6.480, meninos e meninas entre 5 e 14 anos. A residência foi o local onde ocorreu a maioria dos crimes: em 67,8% e 65,9% dos casos, respectivamente.<br /><br />A chamada violência não letal — física, psicológica, sexual e negligência/abandono — teve elevação de 36,2% entre 2022 e 2023. O estudo chamou a atenção, também, para o crescimento de 52,2% no número de notificações de agressões físicas a crianças de 0 a 4 anos nesse período.<br /><br />A violência provoca uma série de impactos físicos e mentais em meninos e meninas, levando a quadros como ansiedade e depressão. Um dos reflexos é a elevação na quantidade de crianças, a partir de 10 anos, e de adolescentes que se suicidaram: entre 2013 e 2023, 11.494 deles tiraram a própria vida, um aumento de 42,7%. "Esse número, principalmente, revela o nosso malogro civilizatório em cuidar das novas gerações", aponta o relatório, divulgado pelo Ipea, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.<br /><br />Os assassinatos e as demais violências são praticados, majoritariamente, por familiares ou parentes, ou seja, justamente quem deveria proteger meninos e meninas. As agressões partem de mães, pais, padrastos, madrastas, avós, tios, irmãos, primos.<br /><br />Há leis que determinam a proteção de crianças e adolescentes — especialmente nossa Carta Magna — e há uma série de pesquisas e estudos mostrando a extensão da pandemia de violência contra eles, mas não há, de forma alguma, urgência do poder público para combater essa atrocidade.<br /><br />O enfrentamento é complexo, sim, pois a brutalidade ocorre, em sua imensa maioria, no ambiente doméstico, mas o tamanho do desafio não pode ser justificativa para a omissão. Faltam políticas públicas efetivas de prevenção e cuidado. Falta engajar sociedade e famílias nessa luta. Temos de abrir os olhos para a dimensão da atrocidade que ocorre rotineiramente neste país e suas terríveis consequências.<br /><br />Daniel Cerqueira, técnico do Ipea, enfatizou a calamidade, em entrevista ao Estadão: "Nossas crianças e jovens estão sendo massacrados dentro de casa". Até quando tanto sofrimento continuará a ser, criminosamente, ignorado?</div> </div> </div> </div> </div>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/17/1200x801/1_violencia_crianca_marcello_casal_jr-49870484.jpg?20250417070934?20250417070934", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/17/1000x1000/1_violencia_crianca_marcello_casal_jr-49870484.jpg?20250417070934?20250417070934", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/17/800x600/1_violencia_crianca_marcello_casal_jr-49870484.jpg?20250417070934?20250417070934" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Cida Barbosa", "url": "/autor?termo=cida-barbosa" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } h1a20

Violência que só cresce 1m5u3w
Artigo

Violência que só cresce 186h5d

Um dos reflexos é a elevação na quantidade de crianças, a partir de 10 anos, e de adolescentes que se suicidaram: entre 2013 e 2023, 11.494 deles tiraram a própria vida, um aumento de 42,7% 2z3n2j

O Atlas da Violência, divulgado na última segunda-feira, deu um vislumbre, em números, da barbárie que se desenrola todos os dias neste país contra crianças e adolescentes. São dados aterradores de homicídios e outras violências, como físicas, sexuais e psicológicas.
O levantamento mostrou que, de 2013 a 2023, foram assassinadas 2.124 crianças de 0 a 4 anos e 6.480, meninos e meninas entre 5 e 14 anos. A residência foi o local onde ocorreu a maioria dos crimes: em 67,8% e 65,9% dos casos, respectivamente.

A chamada violência não letal — física, psicológica, sexual e negligência/abandono — teve elevação de 36,2% entre 2022 e 2023. O estudo chamou a atenção, também, para o crescimento de 52,2% no número de notificações de agressões físicas a crianças de 0 a 4 anos nesse período.

A violência provoca uma série de impactos físicos e mentais em meninos e meninas, levando a quadros como ansiedade e depressão. Um dos reflexos é a elevação na quantidade de crianças, a partir de 10 anos, e de adolescentes que se suicidaram: entre 2013 e 2023, 11.494 deles tiraram a própria vida, um aumento de 42,7%. "Esse número, principalmente, revela o nosso malogro civilizatório em cuidar das novas gerações", aponta o relatório, divulgado pelo Ipea, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Os assassinatos e as demais violências são praticados, majoritariamente, por familiares ou parentes, ou seja, justamente quem deveria proteger meninos e meninas. As agressões partem de mães, pais, padrastos, madrastas, avós, tios, irmãos, primos.

Há leis que determinam a proteção de crianças e adolescentes — especialmente nossa Carta Magna — e há uma série de pesquisas e estudos mostrando a extensão da pandemia de violência contra eles, mas não há, de forma alguma, urgência do poder público para combater essa atrocidade.

O enfrentamento é complexo, sim, pois a brutalidade ocorre, em sua imensa maioria, no ambiente doméstico, mas o tamanho do desafio não pode ser justificativa para a omissão. Faltam políticas públicas efetivas de prevenção e cuidado. Falta engajar sociedade e famílias nessa luta. Temos de abrir os olhos para a dimensão da atrocidade que ocorre rotineiramente neste país e suas terríveis consequências.

Daniel Cerqueira, técnico do Ipea, enfatizou a calamidade, em entrevista ao Estadão: "Nossas crianças e jovens estão sendo massacrados dentro de casa". Até quando tanto sofrimento continuará a ser, criminosamente, ignorado?
Violência que só cresce

O Atlas da Violência, divulgado na última segunda-feira, deu um vislumbre, em números, da barbárie que se desenrola todos os dias neste país contra crianças e adolescentes. São dados aterradores de homicídios e outras violências, como físicas, sexuais e psicológicas.

O levantamento mostrou que, de 2013 a 2023, foram assassinadas 2.124 crianças de 0 a 4 anos e 6.480, meninos e meninas entre 5 e 14 anos. A residência foi o local onde ocorreu a maioria dos crimes: em 67,8% e 65,9% dos casos, respectivamente.

A chamada violência não letal — física, psicológica, sexual e negligência/abandono — teve elevação de 36,2% entre 2022 e 2023. O estudo chamou a atenção, também, para o crescimento de 52,2% no número de notificações de agressões físicas a crianças de 0 a 4 anos nesse período.

A violência provoca uma série de impactos físicos e mentais em meninos e meninas, levando a quadros como ansiedade e depressão. Um dos reflexos é a elevação na quantidade de crianças, a partir de 10 anos, e de adolescentes que se suicidaram: entre 2013 e 2023, 11.494 deles tiraram a própria vida, um aumento de 42,7%. "Esse número, principalmente, revela o nosso malogro civilizatório em cuidar das novas gerações", aponta o relatório, divulgado pelo Ipea, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Os assassinatos e as demais violências são praticados, majoritariamente, por familiares ou parentes, ou seja, justamente quem deveria proteger meninos e meninas. As agressões partem de mães, pais, padrastos, madrastas, avós, tios, irmãos, primos.

Há leis que determinam a proteção de crianças e adolescentes — especialmente nossa Carta Magna — e há uma série de pesquisas e estudos mostrando a extensão da pandemia de violência contra eles, mas não há, de forma alguma, urgência do poder público para combater essa atrocidade.

O enfrentamento é complexo, sim, pois a brutalidade ocorre, em sua imensa maioria, no ambiente doméstico, mas o tamanho do desafio não pode ser justificativa para a omissão. Faltam políticas públicas efetivas de prevenção e cuidado. Falta engajar sociedade e famílias nessa luta. Temos de abrir os olhos para a dimensão da atrocidade que ocorre rotineiramente neste país e suas terríveis consequências.

Daniel Cerqueira, técnico do Ipea, enfatizou a calamidade, em entrevista ao Estadão: "Nossas crianças e jovens estão sendo massacrados dentro de casa". Até quando tanto sofrimento continuará a ser, criminosamente, ignorado?

Mais Lidas 2y6064