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Submundo digital é ameaça aos jovens 4l465z
Visão do Correio

Submundo digital é ameaça aos jovens 4l465z

Um dos reflexos é a elevação na quantidade de crianças, a partir de 10 anos, e de adolescentes que se suicidaram. Entre 2013 e 2023, 11.494 deles tiraram a própria vida, um aumento de 42,7%. 3l4f6v

Ao completar um mês, a morte de Sarah Raíssa Pereira ainda tem questões a serem respondidas pela polícia — como quem são os responsáveis pelo sórdido desafio que pode ter tirado a vida de uma menina de apenas 8 anos —, mas também tem evidenciado a existência de um submundo na internet que implica os jovens brasileiros de forma perturbadora. Cada vez mais, eles são vítimas ou protagonistas de redes que lucram livremente com a disseminação do ódio, o armazenamento e a divulgação de pornografia infantil, a instigação ao suicídio, entre outras degradações dos direitos humanos.

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Um dia depois do enterro de Sarah Raíssa, a Polícia Federal (PF) desarticulou uma organização "altamente estruturada", com integrantes em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, que aliciava vítimas em grandes plataformas, como Telegram e Discord.  Na ocasião, dois adultos foram presos e sete adolescentes, apreendidos. Um dos jovens é acusado de ter transmitido ao vivo um ataque com coquetéis molotov, protagonizado por outro menor de idade, contra um homem em situação de rua. A vítima teve 70% do corpo queimado, e o crime foi transmitido pelo Discord para 220 pessoas. Na segunda fase da operação, deflagrada ontem, outros quatro adolescentes foram levados para prestar esclarecimentos.

Segundo a ONG Safernet, nos dois primeiros meses de 2025, o número de denúncias que incentivam, no Discord, a prática de crimes no país cresceu 172,5%, quando comparado ao mesmo período do ano ado. A plataforma costuma afirmar ter política de "tolerância zero" para atividades ilegais, agindo "imediatamente" ao ter conhecimento delas — por exemplo, derrubando servidores. Demais redes recorrem à justificativa semelhante quando questionadas sobre esse tipo de crime. Não basta. 

Há um modelo de negócio sustentado por algoritmos e premiação do engajamento a qualquer custo que precisa ser extirpado. São pessoas lucrando com ameaças à vida e à dignidade. Senão, o que justifica a oferta de prêmio de até R$ 200 para jovens se automutilarem ao vivo para uma plateia remota, como descobriu a PF? A corporação também tem ciência de pagamentos por meio de Pix e de criptomoedas para aqueles que se submetem aos desafios — que incluem, ainda, o estupro virtual de meninas —, de que essas redes criminosas têm conexões internacionais e adotam estratégias próprias para não serem identificadas — entre elas, o uso de linguagem cifradas e links divulgados em grupos s.

Chegar aos mentores não é tarefa simples. Como vem sendo defendido neste espaço, a por medidas que favoreçam a articulação entre as forças de segurança, a capacitação de agentes públicos, a atualização do aparato técnico, além de atualizações legais para pôr fim a brechas que acabam favorecendo a prática de crimes cibernéticos. Nesse sentido, o amadurecimento do debate sobre a regulação das redes sociais se torna imprescindível. Enquanto a pauta se limitar à troca de acusações polarizadas sobre defesa ou ataque à censura, não há espaço para avanços em áreas que também são estratégicas, como a educação midiática. 

Trata-se de desenvolver, em adultos e crianças, a capacidade de identificar os riscos camuflados no ambiente digital: de golpes que levam à perda de patrimônios a desafios que tiram a vida sobretudo dos mais jovens. Ao Correio, Patrícia Blanco, presidente-executiva do Instituto Palavra Aberta, enfatizou que estes acabam vítimas dos crimes cibernéticos por uma falsa sensação de familiaridade com o ambiente digital. "Apesar de nativas digitais, as crianças são inocentes digitais", reforçou a especialista. Protegê-las, portanto, é medida civilizatória imprescindível.

 


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