{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2025/01/7045201-seguranca-alimentar-e-resiliencia-climatica-um-vinculo-essencial-para-o-futuro.html", "name": "Segurança alimentar e resiliência climática: um vínculo essencial para o futuro", "headline": "Segurança alimentar e resiliência climática: um vínculo essencial para o futuro", "description": "", "alternateName": "Fome", "alternativeHeadline": "Fome", "datePublished": "2025-01-28T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto"> <strong>MARIO LUBETKIN</strong> — Subdiretor-geral e representante da FAO para a América Latina e o Caribe</p> <p class="texto">A recente apresentação do relatório Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional 2024 evidencia uma realidade incontestável: a América Latina e o Caribe encontram-se em um ponto crítico na luta contra a fome e a má nutrição. Embora, nos últimos dois anos, a fome na região tenha diminuído —de 45,3 milhões de pessoas, em 2021, para 41 milhões em 2023—, o progresso é desigual e frágil. A situação entre sub-regiões é particularmente preocupante; um exemplo é o Caribe, onde a taxa de fome aumentou de 15,4% para 17,2%.</p> <p class="texto">A pandemia de covid-19 deixou profundas cicatrizes, exacerbando desigualdades estruturais e enfraquecendo os sistemas de produção e distribuição de alimentos. Somam-se a isso os impactos devastadores da variabilidade climática e dos eventos extremos, como secas, tempestades e inundações, que atualmente afetam 74% dos países da região de forma recorrente. Esses desafios persistentes não apenas reduzem a produtividade agrícola, mas também encarecem os alimentos, limitam sua disponibilidade e comprometem a estabilidade dos sistemas agroalimentares. Como resultado, as populações mais vulneráveis acabam pagando o preço mais alto.</p> <p class="texto">A segurança alimentar está intrinsecamente ligada à resiliência climática. Para garantir um futuro sem fome, é essencial promover práticas agrícolas sustentáveis que integrem alimentos nutritivos em dietas saudáveis, melhorem a produtividade e, ao mesmo tempo, mitiguem os impactos ambientais. Isso inclui o cultivo de variedades resilientes ao clima, a adoção de tecnologias limpas e a proteção dos recursos naturais. Paralelamente, os programas de proteção social garantem que a população tenha o a alimentos nutritivos, especialmente em tempos de crise.</p> <p class="texto">O processo de transformação na região, embora ainda enfrente desafios, tem demonstrado nos últimos anos um forte compromisso de trabalho conjunto para alcançar resultados mais sustentáveis e consistentes.</p> <p class="texto">Há sinais concretos e encorajadores de que os governos da América Latina e do Caribe têm colocado a luta contra a fome e a pobreza como uma prioridade inadiável, uma necessidade que exige ações concretas para garantir o desenvolvimento sustentável. A fome é incompatível com a paz, o desenvolvimento, a produtividade e, evidentemente, a sustentabilidade.</p> <p class="texto">O Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Plano SAN Celac 2030) é um marco importante e representa uma valiosa plataforma para coordenar esforços, compartilhar conhecimentos e desenvolver estratégias conjuntas. A próxima reunião de ministros da Agricultura da Celac 2025, que será realizada em Comayagua, Honduras, no início de fevereiro, será uma oportunidade para consolidar esses compromissos e avançar na implementação de políticas e ações que fortaleçam a segurança alimentar e melhorem a nutrição na região.</p> <p class="texto">No entanto, os esforços governamentais, por si só, não são suficientes. É fundamental que sejam complementados pela participação e contribuições de múltiplos setores. A luta contra a fome exige uma abordagem integrada que leve em conta não apenas a disponibilidade de alimentos, mas também sua ibilidade, utilização e estabilidade em contextos de mudanças. Uma ampla colaboração entre diferentes atores é, e continuará sendo, essencial para construir sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis.</p> <p class="texto">O processo da América Latina e do Caribe na redução da fome atravessa um momento histórico, com implicações não apenas para a região, mas para o mundo. A luta contra a fome tornou-se uma corrida contra o tempo. No entanto, essa região tem demonstrado potencial para se tornar um exemplo de resiliência, prosperidade e compromisso com os objetivos globais. Sua contribuição é fundamental para garantir um futuro mais justo e sustentável para todas e todos.</p> <p class="texto">Como subdiretor-geral e representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, tive o privilégio de fazer parte desse caminho nos últimos anos. Porém, este trabalho não pertence a uma única pessoa ou organização: é um esforço coletivo, uma oportunidade para que cada um de nós contribua para um mundo sem desigualdades, sem fome, sem pobreza — e que não deixe ninguém para trás.</p> <p class="texto"> <div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/opiniao/2025/01/7044105-artigo-arte-paciencia-e-gloria.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/06/ddvff1-44297132.jpg?20250108003621" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Artigo: Arte, paciência e glória </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2025/01/7044048-o-que-aguardar-dos-novos-lideres-do-congresso.html"> <amp-img src="https://www.flipar.com.br/wp-content/s/2022/02/1124px-Congresso_do_Brasil.jpg?20250126102301" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>O que aguardar dos novos líderes do Congresso</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/opiniao/2025/01/7043884-um-oscar-pela-memoria-de-eunice.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/06/opiniao_0107-44299555.jpg?20250106222202" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Opinião</strong> <span>Um Oscar pela memória de Eunice</span> </div> </a> </li> </ul> </div><br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/12/30/1200x801/1_fome-33814748.jpg?20241224110555?20241224110555", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/12/30/1000x1000/1_fome-33814748.jpg?20241224110555?20241224110555", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/12/30/800x600/1_fome-33814748.jpg?20241224110555?20241224110555" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Opinião", "url": "/autor?termo=opiniao" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 2h3s33

Segurança alimentar e resiliência climática 4v3w1l um vínculo essencial para o futuro
Fome

Segurança alimentar e resiliência climática: um vínculo essencial para o futuro 484j5z

A próxima reunião de ministros da Agricultura da Celac 2025, que será realizada em Comayagua, Honduras, no início de fevereiro, será uma oportunidade para consolidar esses compromissos e avançar na implementação de políticas e ações que fortaleçam a segurança alimentar e melhorem a nutrição na região. 28186c

 MARIO LUBETKIN — Subdiretor-geral e representante da FAO para a América Latina e o Caribe

A recente apresentação do relatório Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional 2024 evidencia uma realidade incontestável: a América Latina e o Caribe encontram-se em um ponto crítico na luta contra a fome e a má nutrição. Embora, nos últimos dois anos, a fome na região tenha diminuído —de 45,3 milhões de pessoas, em 2021, para 41 milhões em 2023—, o progresso é desigual e frágil. A situação entre sub-regiões é particularmente preocupante; um exemplo é o Caribe, onde a taxa de fome aumentou de 15,4% para 17,2%.

A pandemia de covid-19 deixou profundas cicatrizes, exacerbando desigualdades estruturais e enfraquecendo os sistemas de produção e distribuição de alimentos. Somam-se a isso os impactos devastadores da variabilidade climática e dos eventos extremos, como secas, tempestades e inundações, que atualmente afetam 74% dos países da região de forma recorrente. Esses desafios persistentes não apenas reduzem a produtividade agrícola, mas também encarecem os alimentos, limitam sua disponibilidade e comprometem a estabilidade dos sistemas agroalimentares. Como resultado, as populações mais vulneráveis acabam pagando o preço mais alto.

A segurança alimentar está intrinsecamente ligada à resiliência climática. Para garantir um futuro sem fome, é essencial promover práticas agrícolas sustentáveis que integrem alimentos nutritivos em dietas saudáveis, melhorem a produtividade e, ao mesmo tempo, mitiguem os impactos ambientais. Isso inclui o cultivo de variedades resilientes ao clima, a adoção de tecnologias limpas e a proteção dos recursos naturais. Paralelamente, os programas de proteção social garantem que a população tenha o a alimentos nutritivos, especialmente em tempos de crise.

O processo de transformação na região, embora ainda enfrente desafios, tem demonstrado nos últimos anos um forte compromisso de trabalho conjunto para alcançar resultados mais sustentáveis e consistentes.

Há sinais concretos e encorajadores de que os governos da América Latina e do Caribe têm colocado a luta contra a fome e a pobreza como uma prioridade inadiável, uma necessidade que exige ações concretas para garantir o desenvolvimento sustentável. A fome é incompatível com a paz, o desenvolvimento, a produtividade e, evidentemente, a sustentabilidade.

O Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Plano SAN Celac 2030) é um marco importante e representa uma valiosa plataforma para coordenar esforços, compartilhar conhecimentos e desenvolver estratégias conjuntas. A próxima reunião de ministros da Agricultura da Celac 2025, que será realizada em Comayagua, Honduras, no início de fevereiro, será uma oportunidade para consolidar esses compromissos e avançar na implementação de políticas e ações que fortaleçam a segurança alimentar e melhorem a nutrição na região.

No entanto, os esforços governamentais, por si só, não são suficientes. É fundamental que sejam complementados pela participação e contribuições de múltiplos setores. A luta contra a fome exige uma abordagem integrada que leve em conta não apenas a disponibilidade de alimentos, mas também sua ibilidade, utilização e estabilidade em contextos de mudanças. Uma ampla colaboração entre diferentes atores é, e continuará sendo, essencial para construir sistemas agroalimentares mais eficientes, inclusivos, resilientes e sustentáveis.

O processo da América Latina e do Caribe na redução da fome atravessa um momento histórico, com implicações não apenas para a região, mas para o mundo. A luta contra a fome tornou-se uma corrida contra o tempo. No entanto, essa região tem demonstrado potencial para se tornar um exemplo de resiliência, prosperidade e compromisso com os objetivos globais. Sua contribuição é fundamental para garantir um futuro mais justo e sustentável para todas e todos.

Como subdiretor-geral e representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, tive o privilégio de fazer parte desse caminho nos últimos anos. Porém, este trabalho não pertence a uma única pessoa ou organização: é um esforço coletivo, uma oportunidade para que cada um de nós contribua para um mundo sem desigualdades, sem fome, sem pobreza — e que não deixe ninguém para trás.

 


Mais Lidas 2y6064