GUERRA

Imprensa russa diz ter identificado 95.000 soldados russos mortos na Ucrânia

Um novo infográfico detalhado, divulgado na segunda-feira para marcar o terceiro aniversário da ofensiva na Ucrânia, identifica dezenas de milhares de soldados russos, fornecendo seu nome, data de nascimento, data de morte, unidade e região de origem

Para tornar o cenário mais sensível, a Rússia está em guerra com a vizinha Ucrânia há quase três anos, o que aumentou também a taxa de mortalidade. A situação foi classificada pelo governo Putin como “catastrófica para o futuro da nação”.
 -  (crédito: Reprodução)
Para tornar o cenário mais sensível, a Rússia está em guerra com a vizinha Ucrânia há quase três anos, o que aumentou também a taxa de mortalidade. A situação foi classificada pelo governo Putin como “catastrófica para o futuro da nação”. - (crédito: Reprodução)

O meio de comunicação independente russo Mediazona disse ter identificado, em colaboração com a BBC, 95 mil soldados russos mortos na Ucrânia usando dados de fonte aberta, que o Kremlin não comentou nem negou nesta terça-feira (25).

Um novo infográfico detalhado, divulgado na segunda-feira para marcar o terceiro aniversário da ofensiva na Ucrânia, identifica dezenas de milhares de soldados russos, fornecendo seu nome, data de nascimento, data de morte, unidade e região de origem.

Essas identidades, muitas vezes acompanhadas de uma foto, foram reunidas em um site (https://200.zona.media/) para formar uma reprodução da obra "A Apoteose da Guerra", uma pintura do artista russo Vassili Verechtchaguine que mostra uma pirâmide de crânios humanos. 

Famosa na Rússia, a obra está em exposição na famosa Galeria Tretyakov, em Moscou. O site permite que você classifique os falecidos por região de origem, posto militar e unidade, ou até mesmo pesquise uma pessoa específica.

Mediazona, um site fundado por Pyotr Verzilov, um oposicionista russo que lutou do lado ucraniano e que também foi cofundador do grupo de rock contrário a Putin, o Pussy Riot, enfatiza que o balanço não é exaustivo, estimando que cerca de 165.000 militares russos podem ter morrido em três anos.

A Mediazona está trabalhando nesse projeto com o serviço russo da BBC e publica regularmente um balanço atualizado à medida que mais mortos são identificados.

Questionado pela AFP em uma coletiva de imprensa telefônica regular, o porta-voz do Kremlin não comentou sobre esse trabalho de pesquisa ou sobre o número de mortos resultante, dizendo que não tinha conhecimento disso. No entanto, ele também não negou o fato.

"Não sei o que é essa publicação, ou se o que ela publicou é verdade ou não", disse Dmitri Peskov.

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AFP
postado em 25/02/2025 10:37 / atualizado em 25/02/2025 10:38
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