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A realidade, no entanto, pode ser muito diferente &mdash; e dif&iacute;cil.</p> <p class="texto">Apesar de apresentarem <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/geral-62611143?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">habilidades cognitivas acima da m&eacute;dia</a>, essas crian&ccedil;as muitas vezes enfrentam <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/internacional-61844810?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">dificuldades</a> de adapta&ccedil;&atilde;o em <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/topics/c340q430dzvt?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">escolas</a> que, segundo relatam pais e organiza&ccedil;&otilde;es focadas em pessoas com alto Quociente de Intelig&ecirc;ncia (QI), n&atilde;o est&atilde;o preparadas para lidar com as necessidades espec&iacute;ficas desses estudantes.</p> <p class="texto">&Agrave;s vezes, essas dificuldades resultam at&eacute; em expuls&otilde;es de alunos superdotados, com alega&ccedil;&otilde;es de que s&atilde;o hiperativos, agressivos e indisciplinados.</p> <p class="texto">&Eacute; o caso do filho de Luciana (nome fict&iacute;cio), um menino de 9 anos que tem altas habilidades e j&aacute; est&aacute; em sua quarta escola &mdash; todas particulares e na <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/topics/c2dwqdkxj8yt?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">capital paulista</a>.</p> <p class="texto">Provavelmente, ele ir&aacute; para uma quinta escola, pois a fam&iacute;lia n&atilde;o est&aacute; satisfeita com a atual.</p> <p class="texto">V&aacute;rias vezes, segundo a m&atilde;e, ele levou <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/geral-62423859?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">advert&ecirc;ncias</a> e suspens&otilde;es por apresentar comportamento agitado e algumas vezes agressivo, por exemplo falando palavr&otilde;es em sala de aula.</p> <p class="texto">Em duas escolas, o menino foi convidado a se retirar e a <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/geral-59491976?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">m&atilde;e</a> impedida de fazer a rematr&iacute;cula. Em uma dessas situa&ccedil;&otilde;es, ela questionou o posicionamento da escola.</p> <p class="texto">"Quando eu matriculei meu filho, levei o laudo que aponta as altas habilidades dele, por&eacute;m ele nunca teve um acompanhamento especial em sala de aula. Por ficar entediado com as atividades e at&eacute; mesmo ser alvo de chacotas, tinha momentos em que ele se desregulava <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/c2xx3lpmj6do?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">emocionalmente</a> e ficava mais agressivo", relata.</p> <p class="texto">"Eu sentia que a escola n&atilde;o me ouvia e colocava meu filho como sendo um problema."</p> <p class="texto">O menino tem QI de 130 &mdash; n&uacute;mero bem acima dos 83, a m&eacute;dia brasileira. O QI acima de 130 &eacute; considerado superdota&ccedil;&atilde;o, segundo a Associa&ccedil;&atilde;o Mensa Brasil, afiliada brasileira da Mensa Internacional (sociedade brit&acirc;nica fundada em 1946 que re&uacute;ne pessoas de alto QI no mundo).</p> <p class="texto">O filho de Roberta de Castro, Filippo, tem um valor parecido: 134 de QI.</p> <p class="texto">Mas ele teve problemas de adapta&ccedil;&atilde;o quando ingressou na primeira escola, aos 3 anos. Hoje, ele tem 7 e est&aacute; em uma segunda escola, mais bem adaptado.</p> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/9f91/live/c2221e50-cd48-11ef-a032-6b42df1ed27c.jpg" alt="Roberta com filho no colo em evento da escola; ambos sorriem" width="863" height="486" /><footer>Arquivo pessoal</footer> <figcaption>Filippo j&aacute; falava ingl&ecirc;s fluentemente aos 3 anos ap&oacute;s aprender o idioma sozinho, relata a m&atilde;e dele, Roberta</figcaption> </figure> <p class="texto">Segundo a <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/topics/cyx5kx4kvr3t?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">fam&iacute;lia</a>, aos 3, o menino j&aacute; falava ingl&ecirc;s fluentemente ap&oacute;s <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/geral-56016974?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">aprender o idioma</a> sozinho, assistindo a desenhos animados; aos 5, sabia todas as opera&ccedil;&otilde;es <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/topics/cwr9jr026q3t?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">matem&aacute;ticas</a>, resolvendo problemas com n&uacute;meros complexos e raiz quadrada.</p> <p class="texto">Quando Filippo entrou na primeira escola, particular, a m&atilde;e entregou &agrave; institui&ccedil;&atilde;o um relat&oacute;rio com tudo que o menino sabia fazer naquela idade.</p> <p class="texto">"Mas foi como se eu n&atilde;o tivesse feito nada e tivesse entregue um papel em branco", relata Roberta, afirmando que a escola n&atilde;o proporcionou atividades que estimulassem as <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/c4nxm0ml7elo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">habilidades</a> do filho.</p> <p class="texto">A m&atilde;e lembra de uma situa&ccedil;&atilde;o que viu pelas c&acirc;meras da escola e a deixou "bem aflita".</p> <p class="texto">"Eles davam giz para desenhar e ele come&ccedil;ou a ficar muito entediado. A atividade era uma hora de giz: muitas crian&ccedil;as ficavam sentadas brincando, j&aacute; o Filippo escrevia o <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/brasil-51682664?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">alfabeto</a> e saia correndo para brincar no parquinho. Da&iacute; eles iam l&aacute; buscar ele, e ele come&ccedil;ava a chorar. Ele queria sair da sala de aula", recorda a m&atilde;e.</p> <p class="texto">Roberta ent&atilde;o ou a buscar outras op&ccedil;&otilde;es de escolas e encontrou uma, particular, que adota a metodologia do aprendizado ativo &mdash; a qual n&atilde;o se restringe a apostilas e livros e estimula as crian&ccedil;as a buscarem conhecimento de forma pr&aacute;tica, a partir de acontecimentos do cotidiano.</p> <p class="texto">Filippo foi matriculado nessa escola antes dos 5 anos e est&aacute; l&aacute; at&eacute; hoje.</p> <p class="texto">"Ao mesmo tempo que ele faz as atividades da turma em que ele est&aacute;, ele tamb&eacute;m recebe atividades &agrave; frente com foco nas facilidades que ele tem devido &agrave; superdota&ccedil;&atilde;o. E isso tudo &eacute; feito na mesma sala, para que ele n&atilde;o se sinta exclu&iacute;do", comemora Roberta.</p> <ul> <li><a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/cxwgr13dj2no?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Brasil pode ter milhares de superdotados que n&atilde;o sabem de seu alto QI</a></li> <li><a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/c0lg061w184o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Por que crian&ccedil;as pequenas gostam de ver os mesmos desenhos e ler os mesmos livros</a></li> </ul> <h2>Como lidar com crian&ccedil;as superdotadas na escola</h2> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/0753/live/256c0e80-cd49-11ef-a032-6b42df1ed27c.jpg" alt="Filippo sorrindo e sentado no ch&atilde;o" width="1200" height="675" /><footer>Arquivo pessoal</footer> <figcaption>Filippo teve dificuldade de adapta&ccedil;&atilde;o na primeira escola em que estudou, segundo relata a m&atilde;e, Roberta</figcaption> </figure> <p class="texto">De acordo com o Censo Escolar 2023, 38.019 <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/cvglg9lqx50o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">estudantes brasileiros</a> foram identificados como superdotados &mdash; 0,08% dos alunos da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica.</p> <p class="texto">A pedagoga J&eacute;ssica Maranh&atilde;o, especializada em educa&ccedil;&atilde;o especial, afirma que os obst&aacute;culos na capacita&ccedil;&atilde;o de professores para lidar com a superdota&ccedil;&atilde;o come&ccedil;am na faculdade por qual eles am.</p> <p class="texto">"Quando a gente fala que um aluno precisa de um atendimento educacional especializado, logo se pensa em alunos do <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/c4njjq3e172o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">espectro autista</a> ou com alguma <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/c4nxm0ml7elo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">dificuldade de aprendizagem</a>. De modo geral, na faculdade n&atilde;o se estuda sobre as crian&ccedil;as com altas habilidades", pontua Maranh&atilde;o.</p> <p class="texto">Ainda segundo a pedagoga, quando o assunto &eacute; superdota&ccedil;&atilde;o, predomina-se o mito de que o aluno vai aprender sozinho, n&atilde;o sendo necess&aacute;rio nenhum tipo de acompanhamento &mdash; muito menos individualizado e feito por um profissional capacitado.</p> <p class="texto">"Ao meu ver, &eacute; necess&aacute;rio ter um investimento plural no setor. Seja da difus&atilde;o de informa&ccedil;&atilde;o sobre o tema, da especializa&ccedil;&atilde;o dos profissionais para fazer esse acolhimento do estudante e tamb&eacute;m dos governos e redes de ensino em ofertar cursos sobre o tema", diz a pedagoga.</p> <p class="texto">Para Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista e presidente ISI Society (sociedade para pessoas com QI acima de 148 e criatividade not&aacute;vel), o primeiro o para lidar com a superdota&ccedil;&atilde;o &eacute; justamente entender que essas crian&ccedil;as t&ecirc;m necessidades educacionais espec&iacute;ficas.</p> <p class="texto">"Um acolhimento eficaz, independentemente do modelo educacional, exige adapta&ccedil;&otilde;es individualizadas: aten&ccedil;&atilde;o dedicada, atividades personalizadas, est&iacute;mulo &agrave; autonomia, ao desenvolvimento de lideran&ccedil;a e &agrave; explora&ccedil;&atilde;o de suas potencialidades", afirma Agrela.</p> <p class="texto">O neurocientista diz que crian&ccedil;as com superdota&ccedil;&atilde;o s&atilde;o "frequentemente mais sens&iacute;veis, <a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/ckd090zv40po?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">perfeccionistas</a> e suscet&iacute;veis &agrave; frustra&ccedil;&atilde;o".</p> <p class="texto">"Educadores devem evitar compara&ccedil;&otilde;es ou o sentimento de intimida&ccedil;&atilde;o; pelo contr&aacute;rio, devem atuar como facilitadores que oferecem seguran&ccedil;a, experi&ecirc;ncia e um ambiente de confian&ccedil;a. O foco principal deve ser a motiva&ccedil;&atilde;o intr&iacute;nseca, o est&iacute;mulo &agrave; curiosidade e o desenvolvimento integral da crian&ccedil;a", aponta.</p> <figure><img src="https://ichef.bbci.co.uk/news/raw/sprodpb/cfde/live/474f5470-cd4a-11ef-9fd6-0be88a764111.jpg" alt="Crian&ccedil;a com m&aacute;scara fazendo conta de multiplica&ccedil;&atilde;o na lousa" width="2121" height="1414" /><footer>Getty Images</footer> <figcaption>No Brasil, 0,08% dos alunos da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica foram identificados com superdotados em 2023</figcaption> </figure> <p class="texto">Desde 2013, o conceito de superdota&ccedil;&atilde;o faz parte da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta a educa&ccedil;&atilde;o brasileira.</p> <p class="texto">Isso faz com que esses alunos tenham direito ao atendimento educacional especializado (AEE) na rede regular de ensino, que possibilita a acelera&ccedil;&atilde;o de s&eacute;ries e curr&iacute;culo adaptado, al&eacute;m de salas de recursos multifuncionais.</p> <p class="texto">O Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o (MEC) afirmou em nota que est&aacute; desenvolvendo v&aacute;rias a&ccedil;&otilde;es "em prol da educa&ccedil;&atilde;o inclusiva", como a capacita&ccedil;&atilde;o de professores n&atilde;o especializados e a forma&ccedil;&atilde;o de professores e gestores dedicados &agrave; educa&ccedil;&atilde;o especial.</p> <p class="texto">"Tamb&eacute;m est&aacute; em processo de elabora&ccedil;&atilde;o de publica&ccedil;&otilde;es sobre essa tem&aacute;tica, com um volume dedicado &agrave;s altas habilidades/superdota&ccedil;&atilde;o. Estas propostas e materiais objetivam contribuir para a promo&ccedil;&atilde;o de pr&aacute;ticas educacionais inclusivas para alunos com altas habilidades/superdota&ccedil;&atilde;o, promovendo o pleno desenvolvimento dos potenciais de todos os estudantes, com respeito &agrave;s suas demandas espec&iacute;ficas", disse o MEC, em nota.</p> <p class="texto">Procurada, a Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o do Estado de S&atilde;o Paulo (Seduc-SP) afirmou que "em casos em que n&atilde;o h&aacute; atendimento satisfat&oacute;rio em alguma institui&ccedil;&atilde;o de ensino, seja ela p&uacute;blica ou particular, pais e respons&aacute;veis podem buscar orienta&ccedil;&atilde;o na Diretoria de Ensino da regi&atilde;o".</p> <p class="texto">A secretaria acrescentou que a Pol&iacute;tica de Educa&ccedil;&atilde;o Especial do Estado de S&atilde;o Paulo visa oferecer um atendimento especializado e adaptado aos estudantes com altas habilidades/superdota&ccedil;&atilde;o na rede estadual de ensino.</p> <p class="texto">A pasta tamb&eacute;m destacou a import&acirc;ncia da Avalia&ccedil;&atilde;o Pedag&oacute;gica Inicial (API), que auxilia na identifica&ccedil;&atilde;o das necessidades espec&iacute;ficas de estudantes; e do Plano de Atendimento Educacional Especializado (PAEE), que &eacute; elaborado por professores especializados e organiza estrat&eacute;gias pedag&oacute;gicas voltadas para o desenvolvimento das altas habilidades nas escolas.</p> <ul> <li><a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/c51l07e7j24o?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">'N&atilde;o falava com meus amigos sobre astronomia porque me dava vergonha': o maior centro de superdotados da Am&eacute;rica Latina</a></li> <li><a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/brasil-63265581?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Dia do Professor: menos da metade dos brasileiros creem que docentes s&atilde;o respeitados</a></li> <li><a href="https://correiobraziliense-br.rndiario.com/portuguese/articles/ckg94jmxk8lo?xtor=AL-73-%5Bpartner%5D-%5Bcorreiobraziliense.com.br%5D-%5Blink%5D-%5Bbrazil%5D-%5Bbizdev%5D-%5Bisapi%5D">Sem celular nas escolas: todos s&atilde;o a favor, mas d&aacute; 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Eu, Estudante 361s45

ENSINO

As crianças superdotadas negligenciadas ou expulsas das escolas: 'Meu filho era visto como problema' 2q3h4o

Embora senso comum faça pensar que crianças superdotadas serão sempre bem-sucedidas nas aulas e capazes de se virar sozinhas, elas precisam de atenção especial nas escolas, segundo apontam famílias e especialistas. 6d344h

Quando se pensa em crianças superdotadas, é comum imaginar que elas vão se destacar na escola. A realidade, no entanto, pode ser muito diferente — e difícil.

Apesar de apresentarem habilidades cognitivas acima da média, essas crianças muitas vezes enfrentam dificuldades de adaptação em escolas que, segundo relatam pais e organizações focadas em pessoas com alto Quociente de Inteligência (QI), não estão preparadas para lidar com as necessidades específicas desses estudantes.

Às vezes, essas dificuldades resultam até em expulsões de alunos superdotados, com alegações de que são hiperativos, agressivos e indisciplinados.

É o caso do filho de Luciana (nome fictício), um menino de 9 anos que tem altas habilidades e já está em sua quarta escola — todas particulares e na capital paulista.

Provavelmente, ele irá para uma quinta escola, pois a família não está satisfeita com a atual.

Várias vezes, segundo a mãe, ele levou advertências e suspensões por apresentar comportamento agitado e algumas vezes agressivo, por exemplo falando palavrões em sala de aula.

Em duas escolas, o menino foi convidado a se retirar e a mãe impedida de fazer a rematrícula. Em uma dessas situações, ela questionou o posicionamento da escola.

"Quando eu matriculei meu filho, levei o laudo que aponta as altas habilidades dele, porém ele nunca teve um acompanhamento especial em sala de aula. Por ficar entediado com as atividades e até mesmo ser alvo de chacotas, tinha momentos em que ele se desregulava emocionalmente e ficava mais agressivo", relata.

"Eu sentia que a escola não me ouvia e colocava meu filho como sendo um problema."

O menino tem QI de 130 — número bem acima dos 83, a média brasileira. O QI acima de 130 é considerado superdotação, segundo a Associação Mensa Brasil, afiliada brasileira da Mensa Internacional (sociedade britânica fundada em 1946 que reúne pessoas de alto QI no mundo).

O filho de Roberta de Castro, Filippo, tem um valor parecido: 134 de QI.

Mas ele teve problemas de adaptação quando ingressou na primeira escola, aos 3 anos. Hoje, ele tem 7 e está em uma segunda escola, mais bem adaptado.

Arquivo pessoal
Filippo já falava inglês fluentemente aos 3 anos após aprender o idioma sozinho, relata a mãe dele, Roberta

Segundo a família, aos 3, o menino já falava inglês fluentemente após aprender o idioma sozinho, assistindo a desenhos animados; aos 5, sabia todas as operações matemáticas, resolvendo problemas com números complexos e raiz quadrada.

Quando Filippo entrou na primeira escola, particular, a mãe entregou à instituição um relatório com tudo que o menino sabia fazer naquela idade.

"Mas foi como se eu não tivesse feito nada e tivesse entregue um papel em branco", relata Roberta, afirmando que a escola não proporcionou atividades que estimulassem as habilidades do filho.

A mãe lembra de uma situação que viu pelas câmeras da escola e a deixou "bem aflita".

"Eles davam giz para desenhar e ele começou a ficar muito entediado. A atividade era uma hora de giz: muitas crianças ficavam sentadas brincando, já o Filippo escrevia o alfabeto e saia correndo para brincar no parquinho. Daí eles iam lá buscar ele, e ele começava a chorar. Ele queria sair da sala de aula", recorda a mãe.

Roberta então ou a buscar outras opções de escolas e encontrou uma, particular, que adota a metodologia do aprendizado ativo — a qual não se restringe a apostilas e livros e estimula as crianças a buscarem conhecimento de forma prática, a partir de acontecimentos do cotidiano.

Filippo foi matriculado nessa escola antes dos 5 anos e está lá até hoje.

"Ao mesmo tempo que ele faz as atividades da turma em que ele está, ele também recebe atividades à frente com foco nas facilidades que ele tem devido à superdotação. E isso tudo é feito na mesma sala, para que ele não se sinta excluído", comemora Roberta.

Como lidar com crianças superdotadas na escola 5v6f4c

Arquivo pessoal
Filippo teve dificuldade de adaptação na primeira escola em que estudou, segundo relata a mãe, Roberta

De acordo com o Censo Escolar 2023, 38.019 estudantes brasileiros foram identificados como superdotados — 0,08% dos alunos da educação básica.

A pedagoga Jéssica Maranhão, especializada em educação especial, afirma que os obstáculos na capacitação de professores para lidar com a superdotação começam na faculdade por qual eles am.

"Quando a gente fala que um aluno precisa de um atendimento educacional especializado, logo se pensa em alunos do espectro autista ou com alguma dificuldade de aprendizagem. De modo geral, na faculdade não se estuda sobre as crianças com altas habilidades", pontua Maranhão.

Ainda segundo a pedagoga, quando o assunto é superdotação, predomina-se o mito de que o aluno vai aprender sozinho, não sendo necessário nenhum tipo de acompanhamento — muito menos individualizado e feito por um profissional capacitado.

"Ao meu ver, é necessário ter um investimento plural no setor. Seja da difusão de informação sobre o tema, da especialização dos profissionais para fazer esse acolhimento do estudante e também dos governos e redes de ensino em ofertar cursos sobre o tema", diz a pedagoga.

Para Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista e presidente ISI Society (sociedade para pessoas com QI acima de 148 e criatividade notável), o primeiro o para lidar com a superdotação é justamente entender que essas crianças têm necessidades educacionais específicas.

"Um acolhimento eficaz, independentemente do modelo educacional, exige adaptações individualizadas: atenção dedicada, atividades personalizadas, estímulo à autonomia, ao desenvolvimento de liderança e à exploração de suas potencialidades", afirma Agrela.

O neurocientista diz que crianças com superdotação são "frequentemente mais sensíveis, perfeccionistas e suscetíveis à frustração".

"Educadores devem evitar comparações ou o sentimento de intimidação; pelo contrário, devem atuar como facilitadores que oferecem segurança, experiência e um ambiente de confiança. O foco principal deve ser a motivação intrínseca, o estímulo à curiosidade e o desenvolvimento integral da criança", aponta.

Getty Images
No Brasil, 0,08% dos alunos da educação básica foram identificados com superdotados em 2023

Desde 2013, o conceito de superdotação faz parte da Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que regulamenta a educação brasileira.

Isso faz com que esses alunos tenham direito ao atendimento educacional especializado (AEE) na rede regular de ensino, que possibilita a aceleração de séries e currículo adaptado, além de salas de recursos multifuncionais.

O Ministério da Educação (MEC) afirmou em nota que está desenvolvendo várias ações "em prol da educação inclusiva", como a capacitação de professores não especializados e a formação de professores e gestores dedicados à educação especial.

"Também está em processo de elaboração de publicações sobre essa temática, com um volume dedicado às altas habilidades/superdotação. Estas propostas e materiais objetivam contribuir para a promoção de práticas educacionais inclusivas para alunos com altas habilidades/superdotação, promovendo o pleno desenvolvimento dos potenciais de todos os estudantes, com respeito às suas demandas específicas", disse o MEC, em nota.

Procurada, a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) afirmou que "em casos em que não há atendimento satisfatório em alguma instituição de ensino, seja ela pública ou particular, pais e responsáveis podem buscar orientação na Diretoria de Ensino da região".

A secretaria acrescentou que a Política de Educação Especial do Estado de São Paulo visa oferecer um atendimento especializado e adaptado aos estudantes com altas habilidades/superdotação na rede estadual de ensino.

A pasta também destacou a importância da Avaliação Pedagógica Inicial (API), que auxilia na identificação das necessidades específicas de estudantes; e do Plano de Atendimento Educacional Especializado (PAEE), que é elaborado por professores especializados e organiza estratégias pedagógicas voltadas para o desenvolvimento das altas habilidades nas escolas.

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