/* 1rem = 16px, 0.625rem = 10px, 0.5rem = 8px, 0.25rem = 4px, 0.125rem = 2px, 0.0625rem = 1px */ :root { --cor: #073267; --fonte: "Roboto", sans-serif; --menu: 12rem; /* Tamanho Menu */ } @media screen and (min-width: 600px){ .site{ width: 50%; margin-left: 25%; } .logo{ width: 50%; } .hamburger{ display: none; } } @media screen and (max-width: 600px){ .logo{ width: 100%; } } p { text-align: justify; } .logo { display: flex; position: absolute; /* Tem logo que fica melhor sem position absolute*/ align-items: center; justify-content: center; } .hamburger { font-size: 1.5rem; padding-left: 0.5rem; z-index: 2; } .sidebar { padding: 10px; margin: 0; z-index: 2; } .sidebar>li { list-style: none; margin-bottom: 10px; z-index: 2; } .sidebar a { text-decoration: none; color: #fff; z-index: 2; } .close-sidebar { font-size: 1.625em; padding-left: 5px; height: 2rem; z-index: 3; padding-top: 2px; } #sidebar1 { width: var(--menu); background: var(--cor); color: #fff; } #sidebar1 amp-img { width: var(--menu); height: 2rem; position: absolute; top: 5px; z-index: -1; } .fonte { font-family: var(--fonte); } .header { display: flex; background: var(--cor); color: #fff; align-items: center; height: 3.4rem; } .noticia { margin: 0.5rem; } .assunto { text-decoration: none; color: var(--cor); text-transform: uppercase; font-size: 1rem; font-weight: 800; display: block; } .titulo { color: #333; } .autor { color: var(--cor); font-weight: 600; } .chamada { color: #333; font-weight: 600; font-size: 1.2rem; line-height: 1.3; } .texto { line-height: 1.3; } .galeria {} .retranca {} .share { display: flex; justify-content: space-around; padding-bottom: 0.625rem; padding-top: 0.625rem; } .tags { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; text-decoration: none; } .tags ul { display: flex; flex-wrap: wrap; list-style-type: disc; margin-block-start: 0.5rem; margin-block-end: 0.5rem; margin-inline-start: 0px; margin-inline-end: 0px; padding-inline-start: 0px; flex-direction: row; } .tags ul li { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; padding-inline-end: 2px; padding-bottom: 3px; padding-top: 3px; } .tags ul li a { color: var(--cor); text-decoration: none; } .tags ul li a:visited { color: var(--cor); } .citacao {} /* Botões de compartilhamento arrendodados com a cor padrão do site */ amp-social-share.rounded { border-radius: 50%; background-size: 60%; color: #fff; background-color: var(--cor); } --> { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/euestudante/trabalho-e-formacao/2025/01/7034548-a-trajetoria-internacional-de-uma-brasiliense.html", "name": "Brasiliense é aprovada em doutorado na Irlanda e contribui para a saúde pública global", "headline": "Brasiliense é aprovada em doutorado na Irlanda e contribui para a saúde pública global", "alternateName": "Vida acadêmica", "alternativeHeadline": "Vida acadêmica", "datePublished": "2025-01-19-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Aos 21 anos, a estudante de Bras&iacute;lia, Mariana Juc&aacute;, est&aacute; vivendo uma das experi&ecirc;ncias mais transformadoras de sua vida. Rec&eacute;m-formada em biomedicina pela Universidade Cat&oacute;lica de Bras&iacute;lia (UCB), ela iniciou seus estudos de doutorado na Technological University of the Shannon (TUS), em Athlone, cidade do condado de Westmeath, na Irlanda. Sua pesquisa, focada em solu&ccedil;&otilde;es inovadoras para a resist&ecirc;ncia antimicrobiana, &eacute; uma esperan&ccedil;a no combate a um dos desafios da sa&uacute;de p&uacute;blica global.</p> <p class="texto">Mariana est&aacute; desenvolvendo a pesquisa intitulada Mesenchymal Stem Cell-derived Antimicrobial Peptides for Antimicrobial Resistance (Pept&iacute;deos antimicrobianos derivados de c&eacute;lulas-tronco mesenquimais para resist&ecirc;ncia antimicrobiana). Sob a orienta&ccedil;&atilde;o de renomados pesquisadores europeus, seu trabalho busca explorar novas abordagens terap&ecirc;uticas para combater a resist&ecirc;ncia antimicrobiana durante casos de sepse &mdash; manifesta&ccedil;&otilde;es no organismo causadas por infec&ccedil;&atilde;o.</p> <h3>Voca&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">Desde os tempos de ensino m&eacute;dio, Mariana demonstrava uma certa inclina&ccedil;&atilde;o para a ci&ecirc;ncia. "Tive uma professora de qu&iacute;mica que me inspirou profundamente, e fez eu me apaixonar pela &aacute;rea da sa&uacute;de. No entanto, ao contr&aacute;rio de muitos que se encantam pelo contato humano t&iacute;pico da medicina, eu me sentia mais atra&iacute;da pelos bastidores, pelo ambiente de laborat&oacute;rio e pela oportunidade de descobrir algo novo", conta. Essa curiosidade a levou a escolher biomedicina como curso de gradua&ccedil;&atilde;o e, logo no 4&ordm; semestre, encontrou em Robert Edward Pogue, seu professor de gen&eacute;tica, uma influ&ecirc;ncia decisiva.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/04/6836129-crise-na-pos-graduacao-evasao-de-pesquisadores-prejudica-ciencia-nacional.html">Crise na p&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o: evas&atilde;o de pesquisadores prejudica ci&ecirc;ncia nacional</a></li> </ul> <p class="texto">"Embora eu j&aacute; soubesse que queria seguir a &aacute;rea acad&ecirc;mica, o que realmente me inspirou foi o exemplo do professor Robert. Ele demonstrou o impacto positivo que um orientador pode ter na vida de um estudante, e isso consolidou minha vontade de causar esse mesmo impacto no futuro", descreve Mariana. O professor foi al&eacute;m de uma abordagem te&oacute;rica, incentivando seus alunos a participarem de grupos de pesquisa e se engajarem em projetos cient&iacute;ficos. Foi ele quem orientou Mariana durante a inicia&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica, um per&iacute;odo crucial em sua forma&ccedil;&atilde;o.</p> <h3>Processo seletivo</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/14/360x240/1_whatsapp_image_2025_01_06_at_10_59_14-44716527.jpeg" width="360" height="239" layout="responsive" alt="Cola&ccedil;&atilde;o em biomedicina na UCB em 2024"></amp-img> <figcaption>Fotos: Arquivo pessoal - <b>Cola&ccedil;&atilde;o em biomedicina na UCB em 2024</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Nos &uacute;ltimos anos da gradua&ccedil;&atilde;o, a estudante deu um importante o ao participar de uma palestra da coordenadora do curso de biomedicina da UCB, Fabiana Nunes, sobre a relev&acirc;ncia da participa&ccedil;&atilde;o em atividades acad&ecirc;micas. "Desde a coordena&ccedil;&atilde;o do curso, com a professora Fabiana Nunes, at&eacute; as aulas e orienta&ccedil;&atilde;o do professor Robert Pogue, cada experi&ecirc;ncia contribuiu para minha forma&ccedil;&atilde;o", lembra Mariana. Entre os desafios e aprendizados, Mariana participou do Programa Institucional de Bolsa de Inicia&ccedil;&atilde;o &agrave; Doc&ecirc;ncia (Pibid) com projeto de bioinform&aacute;tica, e acompanhou pesquisadores em laborat&oacute;rios da UCB por meses.</p> <p class="texto">Ao final do ano ado, ela foi aprovada no mestrado na UCB, mas sempre de olho em novas oportunidades. Foi em um grupo de WhatsApp de pesquisadores de laborat&oacute;rio da UCB que Mariana encontrou a oportunidade que mudaria sua trajet&oacute;ria. Uma vaga de doutorado na Irlanda foi compartilhada pelo professor Robert, e ela, motivada pela ideia de ingressar diretamente no doutorado, iniciou o processo seletivo. "Antes da inscri&ccedil;&atilde;o, eu n&atilde;o sabia que era poss&iacute;vel ingressar no doutorado sem o mestrado, algo raro no Brasil, mas comum na Irlanda", revela.<br /></p> <h3>Desafios</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/14/675x450/1_whatsapp_image_2025_01_06_at_10_59_16-44716535.jpeg" width="675" height="449" layout="responsive" alt="&Uacute;ltimo dia como aluna de inicia&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica"></amp-img> <figcaption>Foto: Arquivo pessoal - <b>&Uacute;ltimo dia como aluna de inicia&ccedil;&atilde;o cient&iacute;fica</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">A jornada para conquistar a vaga na universidade da Irlanda incluiu an&aacute;lise curricular, uma apresenta&ccedil;&atilde;o em ingl&ecirc;s, em at&eacute; cinco minutos, sobre uma proposta de interven&ccedil;&atilde;o relacionada ao projeto, seguida por uma argui&ccedil;&atilde;o da banca avaliadora. "O maior desafio foi apresentar termos cient&iacute;ficos em ingl&ecirc;s e compreender o sotaque irland&ecirc;s durante a argui&ccedil;&atilde;o", ite Mariana. O esfor&ccedil;o valeu a pena: ela foi aprovada e garantiu uma bolsa integral financiada pelo programa Tu Rise, cofinanciado pelo governo da Irlanda e pela Uni&atilde;o Europeia.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong>&nbsp;<a href="/euestudante/ensino-superior/2024/11/6977046-mestrado-e-doutorado-do-idp-preparam-estudantes-para-o-mercado.html">Mestrado e doutorado do IDP preparam estudantes para o mercado de trabalho</a></li> </ul> <p class="texto">Para a doutoranda, o processo seletivo envolveu mais do que habilidades t&eacute;cnicas, e a ajuda do seu professor foi essencial. "Sendo irland&ecirc;s, o professor Robert desenvolveu mais o pensamento criativo. N&oacute;s, brasileiros, tentamos v&aacute;rias alternativas para conseguir. E acho que a minha maneira de pensar, mais genu&iacute;na, de uma ideia minha, colaborou para que eu fosse selecionada", acredita.</p> <h3>Adapta&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">Mariana ressalta que, ao chegar l&aacute;, ficou surpresa com a estrutura da universidade e com a "quantidade e a ibilidade de recursos dispon&iacute;veis para os alunos". Ela diz que essa infraestrutura oferecida na Irlanda incentiva a inova&ccedil;&atilde;o e a implementa&ccedil;&atilde;o de novas ideias, e que tem ajudado Mariana em sua pesquisa.</p> <p class="texto">"A conviv&ecirc;ncia tem sido extremamente enriquecedora. Trabalhar com pesquisadores de diferentes nacionalidades amplia horizontes e proporciona uma troca de ideias &uacute;nica. A diversidade de pensamentos e abordagens &eacute;, sem d&uacute;vida, uma das grandes vantagens do ambiente acad&ecirc;mico internacional", diz Mariana. Sobre a adapta&ccedil;&atilde;o cultural, ela destaca que os irlandeses s&atilde;o mais diretos em suas intera&ccedil;&otilde;es, algo que considera uma diferen&ccedil;a marcante em rela&ccedil;&atilde;o ao Brasil.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/14/360x240/1_whatsapp_image_2025_01_06_at_10_59_14__2_-44716523.jpeg" width="360" height="239" layout="responsive" alt="Primeira visita ao c&acirc;mpus da TUS"></amp-img> <figcaption>Foto: Arquivo pessoal - <b>Primeira visita ao c&acirc;mpus da TUS</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">A estudante tamb&eacute;m aponta que o pouco tempo que est&aacute; na Europa &mdash; dois meses &mdash; j&aacute; &eacute; o suficiente para perceber o crescimento como pesquisadora. "A experi&ecirc;ncia aqui mudou a minha mente como pesquisadora. As t&eacute;cnicas de mexer nas m&aacute;quinas, em si, n&atilde;o s&atilde;o t&atilde;o dif&iacute;ceis, mas exigem senso cr&iacute;tico. Al&eacute;m disso, aqui tem muitos estrangeiros, convivo com a diversidade", explica.</p> <h3>Orienta&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">Para o professor Robert, ver uma ex-aluna conquistar reconhecimento internacional &eacute; motivo de orgulho. "Uma colega minha de l&aacute; entrou em contato, dizendo que estava buscando bons candidatos para uma bolsa de doutorado, e imediatamente eu indiquei a Mariana. Embora a Mariana n&atilde;o tivesse o mestrado, ela ganhou a bolsa mesmo com os outros candidatos que tinham o curso. Acredito que sua intelig&ecirc;ncia, entusiasmo e energia foram diferenciais", conta.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong> <a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/08/6909531-ex-estudante-da-unb-conquista-doutorado-na-dinamarca.html">Da UnB para o mundo: ex-estudante conquista doutorado na Dinamarca</a></li> </ul> <p class="texto">O educador foi fundamental na indica&ccedil;&atilde;o e prepara&ccedil;&atilde;o de Mariana para o doutorado na TUS e acredita que sua motiva&ccedil;&atilde;o a destacou entre os demais candidatos. "Ela sempre foi muito motivada e mostrou iniciativa nas suas contribui&ccedil;&otilde;es para as pesquisas. At&eacute; quando ela foi ar um per&iacute;odo nos Estados Unidos, ela continuou trabalhando no seu projeto conosco, reunindo-se comigo regularmente para planejar e escrever um artigo de pesquisa", detalha Robert.</p> <h3>Inspira&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/14/360x240/1_whatsapp_image_2025_01_06_at_10_59_15__1_-44716529.jpeg" width="360" height="239" layout="responsive" alt="Testes no laborat&oacute;rio da universidade"></amp-img> <figcaption>Foto: Arquivo pessoal - <b>Testes no laborat&oacute;rio da universidade</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Mariana reflete sobre sua experi&ecirc;ncia na UCB e se lembra de outros profissionais que a ajudaram durante sua trajet&oacute;ria. "O aprendizado pr&aacute;tico nos est&aacute;gios obrigat&oacute;rios com bons profissionais, como Jo&atilde;o, no Hospital de Base, e Claudiner, no Hospital de Apoio, foi determinante para me preparar para desafios futuros."</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong> <a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/03/6826788-neurocientista-de-27-anos-e-selecionada-para-doutorado-em-cambridge.html">Neurocientista de 27 anos &eacute; selecionada para doutorado em Cambridge</a></li> </ul> <p class="texto">Sobre o futuro, Mariana ainda n&atilde;o tem planos definidos. "Ainda &eacute; cedo para tomar uma decis&atilde;o definitiva, mas acredito que seguir no exterior seria uma oportunidade interessante para expandir minha experi&ecirc;ncia acad&ecirc;mica e contribuir, de forma significativa, para a ci&ecirc;ncia global", reflete.</p> <p class="texto">Para estudantes brasileiros que sonham com uma trajet&oacute;ria semelhante, ela deixa um conselho: "Crie uma rede de apoio no Brasil que possa orientar e auxiliar nesse processo. Muitas oportunidades no exterior n&atilde;o s&atilde;o amplamente divulgadas, e conex&otilde;es com pessoas que conhecem essas possibilidades podem fazer toda a diferen&ccedil;a."</p> <p class="texto"><strong>*Estagi&aacute;rio sob a supervis&atilde;o de Marina Rodrigues</strong></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2025/01/7037180-recursos-humanos-lidera-lista-de-cursos-que-mais-cresceram-na-busca-google.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/02/09/063_1973219905-34965889.jpg?20250117120206" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span>Recursos Humanos lidera lista de cursos que mais cresceram na busca Google</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/concursos/2025/01/7037141-concurso-icmbio-inscricoes-para-350-vagas-sao-reabertas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/03/icmbio-38669397.jpg?20250117121925" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Concursos</strong> <span>Concurso ICMBio: inscrições para 350 vagas são reabertas</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2025/01/7036937-as-criancas-superdotadas-negligenciadas-ou-expulsas-das-escolas-meu-filho-era-visto-como-problema.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/17/07405250_cd48_11ef_a032_6b42df1ed27c-44856994.jpg?20250117050600" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>As crianças superdotadas negligenciadas ou expulsas das escolas: "Meu filho era visto como problema"</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/14/360x240/1_whatsapp_image_2025_01_06_at_10_59_14__1_-44716521.jpeg?20250114164346?20250114164346", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Fabio Nakashima*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 3c6f6j

Eu, Estudante 361s45

Vida acadêmica

Brasiliense é aprovada em doutorado na Irlanda e contribui para a saúde pública global 4w5db

Com bolsa integral na Technological University of the Shannon (TUS), em Westmeath, Mariana Jucá, 21 anos, dedica-se a soluções inovadoras para a resistência antimicrobiana em casos de sepse. Caso raro, sua aprovação na seleção não exigiu mestrado 6r3b47

Aos 21 anos, a estudante de Brasília, Mariana Jucá, está vivendo uma das experiências mais transformadoras de sua vida. Recém-formada em biomedicina pela Universidade Católica de Brasília (UCB), ela iniciou seus estudos de doutorado na Technological University of the Shannon (TUS), em Athlone, cidade do condado de Westmeath, na Irlanda. Sua pesquisa, focada em soluções inovadoras para a resistência antimicrobiana, é uma esperança no combate a um dos desafios da saúde pública global.

Mariana está desenvolvendo a pesquisa intitulada Mesenchymal Stem Cell-derived Antimicrobial Peptides for Antimicrobial Resistance (Peptídeos antimicrobianos derivados de células-tronco mesenquimais para resistência antimicrobiana). Sob a orientação de renomados pesquisadores europeus, seu trabalho busca explorar novas abordagens terapêuticas para combater a resistência antimicrobiana durante casos de sepse — manifestações no organismo causadas por infecção.

Vocação 1k1k3e

Desde os tempos de ensino médio, Mariana demonstrava uma certa inclinação para a ciência. "Tive uma professora de química que me inspirou profundamente, e fez eu me apaixonar pela área da saúde. No entanto, ao contrário de muitos que se encantam pelo contato humano típico da medicina, eu me sentia mais atraída pelos bastidores, pelo ambiente de laboratório e pela oportunidade de descobrir algo novo", conta. Essa curiosidade a levou a escolher biomedicina como curso de graduação e, logo no 4º semestre, encontrou em Robert Edward Pogue, seu professor de genética, uma influência decisiva.

"Embora eu já soubesse que queria seguir a área acadêmica, o que realmente me inspirou foi o exemplo do professor Robert. Ele demonstrou o impacto positivo que um orientador pode ter na vida de um estudante, e isso consolidou minha vontade de causar esse mesmo impacto no futuro", descreve Mariana. O professor foi além de uma abordagem teórica, incentivando seus alunos a participarem de grupos de pesquisa e se engajarem em projetos científicos. Foi ele quem orientou Mariana durante a iniciação científica, um período crucial em sua formação.

Processo seletivo 294k1y

Fotos: Arquivo pessoal - Colação em biomedicina na UCB em 2024

Nos últimos anos da graduação, a estudante deu um importante o ao participar de uma palestra da coordenadora do curso de biomedicina da UCB, Fabiana Nunes, sobre a relevância da participação em atividades acadêmicas. "Desde a coordenação do curso, com a professora Fabiana Nunes, até as aulas e orientação do professor Robert Pogue, cada experiência contribuiu para minha formação", lembra Mariana. Entre os desafios e aprendizados, Mariana participou do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) com projeto de bioinformática, e acompanhou pesquisadores em laboratórios da UCB por meses.

Ao final do ano ado, ela foi aprovada no mestrado na UCB, mas sempre de olho em novas oportunidades. Foi em um grupo de WhatsApp de pesquisadores de laboratório da UCB que Mariana encontrou a oportunidade que mudaria sua trajetória. Uma vaga de doutorado na Irlanda foi compartilhada pelo professor Robert, e ela, motivada pela ideia de ingressar diretamente no doutorado, iniciou o processo seletivo. "Antes da inscrição, eu não sabia que era possível ingressar no doutorado sem o mestrado, algo raro no Brasil, mas comum na Irlanda", revela.

Desafios n681c

Foto: Arquivo pessoal - Último dia como aluna de iniciação científica

A jornada para conquistar a vaga na universidade da Irlanda incluiu análise curricular, uma apresentação em inglês, em até cinco minutos, sobre uma proposta de intervenção relacionada ao projeto, seguida por uma arguição da banca avaliadora. "O maior desafio foi apresentar termos científicos em inglês e compreender o sotaque irlandês durante a arguição", ite Mariana. O esforço valeu a pena: ela foi aprovada e garantiu uma bolsa integral financiada pelo programa Tu Rise, cofinanciado pelo governo da Irlanda e pela União Europeia.

Para a doutoranda, o processo seletivo envolveu mais do que habilidades técnicas, e a ajuda do seu professor foi essencial. "Sendo irlandês, o professor Robert desenvolveu mais o pensamento criativo. Nós, brasileiros, tentamos várias alternativas para conseguir. E acho que a minha maneira de pensar, mais genuína, de uma ideia minha, colaborou para que eu fosse selecionada", acredita.

Adaptação 3g1q2q

Mariana ressalta que, ao chegar lá, ficou surpresa com a estrutura da universidade e com a "quantidade e a ibilidade de recursos disponíveis para os alunos". Ela diz que essa infraestrutura oferecida na Irlanda incentiva a inovação e a implementação de novas ideias, e que tem ajudado Mariana em sua pesquisa.

"A convivência tem sido extremamente enriquecedora. Trabalhar com pesquisadores de diferentes nacionalidades amplia horizontes e proporciona uma troca de ideias única. A diversidade de pensamentos e abordagens é, sem dúvida, uma das grandes vantagens do ambiente acadêmico internacional", diz Mariana. Sobre a adaptação cultural, ela destaca que os irlandeses são mais diretos em suas interações, algo que considera uma diferença marcante em relação ao Brasil.

Foto: Arquivo pessoal - Primeira visita ao câmpus da TUS

A estudante também aponta que o pouco tempo que está na Europa — dois meses — já é o suficiente para perceber o crescimento como pesquisadora. "A experiência aqui mudou a minha mente como pesquisadora. As técnicas de mexer nas máquinas, em si, não são tão difíceis, mas exigem senso crítico. Além disso, aqui tem muitos estrangeiros, convivo com a diversidade", explica.

Orientação 3l182f

Para o professor Robert, ver uma ex-aluna conquistar reconhecimento internacional é motivo de orgulho. "Uma colega minha de lá entrou em contato, dizendo que estava buscando bons candidatos para uma bolsa de doutorado, e imediatamente eu indiquei a Mariana. Embora a Mariana não tivesse o mestrado, ela ganhou a bolsa mesmo com os outros candidatos que tinham o curso. Acredito que sua inteligência, entusiasmo e energia foram diferenciais", conta.

O educador foi fundamental na indicação e preparação de Mariana para o doutorado na TUS e acredita que sua motivação a destacou entre os demais candidatos. "Ela sempre foi muito motivada e mostrou iniciativa nas suas contribuições para as pesquisas. Até quando ela foi ar um período nos Estados Unidos, ela continuou trabalhando no seu projeto conosco, reunindo-se comigo regularmente para planejar e escrever um artigo de pesquisa", detalha Robert.

Inspiração 2m221c

Foto: Arquivo pessoal - Testes no laboratório da universidade

Mariana reflete sobre sua experiência na UCB e se lembra de outros profissionais que a ajudaram durante sua trajetória. "O aprendizado prático nos estágios obrigatórios com bons profissionais, como João, no Hospital de Base, e Claudiner, no Hospital de Apoio, foi determinante para me preparar para desafios futuros."

Sobre o futuro, Mariana ainda não tem planos definidos. "Ainda é cedo para tomar uma decisão definitiva, mas acredito que seguir no exterior seria uma oportunidade interessante para expandir minha experiência acadêmica e contribuir, de forma significativa, para a ciência global", reflete.

Para estudantes brasileiros que sonham com uma trajetória semelhante, ela deixa um conselho: "Crie uma rede de apoio no Brasil que possa orientar e auxiliar nesse processo. Muitas oportunidades no exterior não são amplamente divulgadas, e conexões com pessoas que conhecem essas possibilidades podem fazer toda a diferença."

*Estagiário sob a supervisão de Marina Rodrigues