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Especialistas acreditam que atualiza&ccedil;&atilde;o pode contribuir para melhoria das condi&ccedil;&otilde;es de vida de colaboradores Rodrigo Rodrigues, avalia que a medida do minist&eacute;rio significa um reconhecimento maior ao risco a que os profissionais est&atilde;o expostos: &ldquo;Temos uma s&eacute;rie de enfermidades que s&atilde;o agravadas pelo trabalho e que necessitam, urgentemente, de aten&ccedil;&atilde;o.&rdquo;</p> <p class="texto">Ele descreve a import&acirc;ncia da inclus&atilde;o da covid-19, por exemplo, uma vez que o trabalhador tem chances de se contaminar pelo v&iacute;rus no ambiente de trabalho, nos regimes presenciais. &ldquo;Na &eacute;poca da pandemia, foi no trabalho que muitos brasileiros se contaminaram com o v&iacute;rus. &Eacute; uma doen&ccedil;a recente, que ainda estamos entendendo as consequ&ecirc;ncias dela&rdquo;, afirma o sindicalista.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/02/675x450/1_marilia_da_silva-34569302.jfif" width="856" height="569" layout="responsive" alt="A psic&oacute;loga do trabalho Mar&iacute;lia da Silva acredita que existem fatores envolvendo as empresas que n&atilde;o asseguram a sa&uacute;de mental dos trabalhadores."></amp-img> <figcaption>Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>A psic&oacute;loga do trabalho Mar&iacute;lia da Silva acredita que existem fatores envolvendo as empresas que n&atilde;o asseguram a sa&uacute;de mental dos trabalhadores.</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">A psic&oacute;loga do trabalho Mar&iacute;lia da Silva explica que, mesmo quando n&atilde;o s&atilde;o causadas pela atividade profissional em si, essas patologias dizem respeito ao mundo do trabalho porque impedem o funcion&aacute;rio de desempenhar suas fun&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Enquanto a covid-19 possui o risco de propaga&ccedil;&atilde;o para outras pessoas, e, ap&oacute;s a infec&ccedil;&atilde;o, aparecem sintomas que se prolongam, afetando a realiza&ccedil;&atilde;o de algumas atividades, o burnout est&aacute; ligado &agrave; exaust&atilde;o f&iacute;sica e emocional causada diretamente pelo estresse cr&ocirc;nico gerado pelo ambiente de trabalho, mas que resulta tamb&eacute;m na diminui&ccedil;&atilde;o do desempenho profissional&rdquo;, pontua.</p> <p class="texto">Em sua vis&atilde;o, a inclus&atilde;o das novas doen&ccedil;as pode levar a uma maior aten&ccedil;&atilde;o, por parte dos empregadores, &agrave; qualidade de vida dos colaboradores: &ldquo;Considero como uma a&ccedil;&atilde;o significativa para apoiar melhorias no ambiente de trabalho, reconhecendo a import&acirc;ncia n&atilde;o s&oacute; do bem-estar f&iacute;sico, mas tamb&eacute;m mental do empregado.&rdquo;</p> <h3>Esgotamento</h3> <p class="texto">O adoecimento devido ao trabalho afetou Joana, que teve o nome trocado nesta reportagem para preservar sua identidade. Ela trabalha na &aacute;rea da sa&uacute;de e conta que se viu esgotada devido a uma carga hor&aacute;ria exaustiva, que a fez abdicar, por anos, da vida pessoal. Para ela, essa situa&ccedil;&atilde;o &eacute; comum na profiss&atilde;o, mas &ldquo;muitos n&atilde;o se sentem &agrave; vontade para falar sobre o assunto no ambiente de trabalho.&rdquo;</p> <p class="texto">Por ter sofrido na pele o impacto do estresse causado pela profiss&atilde;o, Joana v&ecirc; a import&acirc;ncia da medida tomada pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. &ldquo;Fico feliz em saber que, cada vez mais, os olhares est&atilde;o se voltando para esse assunto, que acomete muitos trabalhadores&rdquo;, diz</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/01/6789237-opiniao-saude-dos-colaboradores-e-responsabilidade-legal-das-empresas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/26/3-34569396.jpg?20240126223833" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Trabalho & Formação</strong> <span>Opinião: saúde dos colaboradores é responsabilidade legal das empresas</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <p class="texto">Joana acredita que diversas empresas oferecem condi&ccedil;&otilde;es insalubres de trabalho devido &agrave; conten&ccedil;&atilde;o de gastos para maximiza&ccedil;&atilde;o dos lucros. &ldquo;Consequentemente, se faltam pessoas, os funcion&aacute;rios s&atilde;o sobrecarregados com uma alta demanda e muita press&atilde;o, o que os leva a adoecerem no trabalho. As jornadas s&atilde;o longas e excessivas, muitas vezes sem a remunera&ccedil;&atilde;o adequada, compat&iacute;vel com o ac&uacute;mulo de tarefas&rdquo;, descreve.</p> <h3>Grupos vulner&aacute;veis</h3> <p class="texto">Joana n&atilde;o &eacute; uma exce&ccedil;&atilde;o. Dados de uma pesquisa realizada pelo Project Management Institute America Latina (PMI) revelam que 46% das mulheres sofrem com esgotamento emocional causado pelo emprego, enquanto a taxa entre os homens &eacute; de 37%. O estudo tamb&eacute;m revelou que 48% dos adoecidos s&atilde;o jovens com menos de 30 anos, enquanto entre aqueles que t&ecirc;m mais de 30, a taxa &eacute; de 40%.</p> <p class="texto">Ricardo Triana, porta-voz do PMI, acredita que existem alguns fatores sociais que tornam esses dois grupos mais vulner&aacute;veis para doen&ccedil;as do trabalho. No caso das mulheres, a quantidade de horas reservadas ao servi&ccedil;o dom&eacute;stico, somadas &agrave;s atividades profissionais, s&atilde;o consideravelmente maiores do que entre os homens. &ldquo;As expectativas tradicionais de g&ecirc;nero podem resultar em uma carga de trabalho adicional, especialmente para mulheres que desempenham pap&eacute;is duplos como profissionais e cuidadoras, em casa&rdquo;, explica o pesquisador.</p> <p class="texto">pesquisador. Quanto aos profissionais com menos de 30 anos, Ricardo aponta o uso ostensivo da internet e da tecnologia como fator que contribui para o desenvolvimento de enfermidades. Al&eacute;m disso, ele cita quest&otilde;es geracionais, como &ldquo;inseguran&ccedil;a no emprego, a press&atilde;o para alcan&ccedil;ar metas elevadas e a exposi&ccedil;&atilde;o constante &agrave;s demandas sociais.&rdquo;</p> <p class="texto">Para o pesquisador, a ado&ccedil;&atilde;o de medidas por parte das empresas deve ar pela conscientiza&ccedil;&atilde;o das chefias. &ldquo;Vivemos em uma sociedade em que ser workaholic &eacute; sinal de produtividade e um selo de &lsquo;bom funcion&aacute;rio&rsquo;, por&eacute;m, estudos j&aacute; confirmam que trabalhar exaustivamente e fazer horas extras constantes pode afetar negativamente o desempenho&rdquo;, pontua.</p> <h3>Responsabiliza&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/02/675x450/1_mauricio_correa-34569289.jfif" width="800" height="532" layout="responsive" alt="O advogado trabalhista Maur&iacute;cio Corr&ecirc;a atenta para outras medidas a serem tomadas."></amp-img> <figcaption>Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>O advogado trabalhista Maur&iacute;cio Corr&ecirc;a atenta para outras medidas a serem tomadas.</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Com a reconfigura&ccedil;&atilde;o proposta pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, o sindicalista Rodrigo refor&ccedil;a a necessidade da elabora&ccedil;&atilde;o de normas que possam assegurar a sa&uacute;de f&iacute;sica e mental dos trabalhadores frente &agrave; empregadores, em especial no que se refere &agrave;s doen&ccedil;as psicol&oacute;gicas.</p> <p class="texto">Ele afirma que empregadores devem se tornar co-respons&aacute;veis pela sa&uacute;de e bem-estar de seus funcion&aacute;rios. &ldquo;Al&eacute;m disso, temos que debater quest&otilde;es macro, como a diminui&ccedil;&atilde;o da jornada de trabalho&rdquo;, prop&otilde;e.</p> <p class="texto">O advogado trabalhista Maur&iacute;cio Corr&ecirc;a ressalta que, do ponto de vista jur&iacute;dico, nesse novo cen&aacute;rio, o empregador ter&aacute; que ficar mais atento &agrave; ado&ccedil;&atilde;o de pr&aacute;ticas para evitar o desenvolvimento de doen&ccedil;as pelos funcion&aacute;rios. Ele explica que as normas j&aacute; existentes que impedem a demiss&atilde;o de colaboradores por problemas de sa&uacute;de ir&atilde;o incorporar o aumento da Lista de Doen&ccedil;as Relacionadas ao Trabalho (LDRT).</p> <p class="texto">No entanto, ele defende que a melhoria das condi&ccedil;&otilde;es de trabalho no Brasil segue sendo um desafio que precisa ser constantemente enfrentado. Segundo o advogado, &eacute; preciso mais do que o reconhecimento do que leva profissionais ao adoecimento, mas tamb&eacute;m &ldquo;a ado&ccedil;&atilde;o de pr&aacute;ticas preventivas e que assegurem a &lsquo;desconex&atilde;o&rsquo; com o trabalho nos per&iacute;odos de folga.&rdquo;</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/01/26/675x450/1_2-34569338.jpg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="Entre os transtornos mais recorrentes est&atilde;o a depress&atilde;o, a ansiedade e o transtorno de adapta&ccedil;&atilde;o"></amp-img> <figcaption>Caio Gomez - <b>Entre os transtornos mais recorrentes est&atilde;o a depress&atilde;o, a ansiedade e o transtorno de adapta&ccedil;&atilde;o</b></figcaption> </div></p> <p class="texto"><strong>Saiba quais os crit&eacute;rios utilizados para considerar uma patologia como doen&ccedil;a do trabalho:</strong></p> <p class="texto"><strong>Relev&acirc;ncia para Vigil&acirc;ncia em Sa&uacute;de do Trabalhador:</strong></p> <ul> <li>As doen&ccedil;as foram avaliadas quanto &agrave; sua rela&ccedil;&atilde;o direta com as atividades, ambientes e processos de trabalho, reconhecendo os riscos espec&iacute;ficos associados a determinadas ocupa&ccedil;&otilde;es.</li> </ul> <p class="texto"><strong>Evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas</strong>:</p> <ul> <li>A inclus&atilde;o foi embasada em evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas que indicam uma rela&ccedil;&atilde;o entre a exposi&ccedil;&atilde;o laboral e o desenvolvimento dessas doen&ccedil;as. Isso envolveu revis&otilde;es de listas internacionais, estudos epidemiol&oacute;gicos e dados que sustentam a associa&ccedil;&atilde;o com o ambiente e processos de trabalho.</li> </ul> <p class="texto"><strong>Mudan&ccedil;as no mundo do trabalho:</strong></p> <ul> <li>Considerou-se a evolu&ccedil;&atilde;o no cen&aacute;rio laboral, como altera&ccedil;&otilde;es nos processos de trabalho, avan&ccedil;os tecnol&oacute;gicos e mudan&ccedil;as nas condi&ccedil;&otilde;es de emprego, reconhecendo novos riscos e desafios &agrave; sa&uacute;de do trabalhador.</li> </ul> <p class="texto"><strong>*Estagi&aacute;ria sob a supervis&atilde;o de Priscila Crispi. </strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F01%2F26%2F675x450%2F1_1-34569209.jpg", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Lara Machado*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } k6sm

Eu, Estudante 361s45

Janeiro branco

As novas doenças do trabalho: conheça lista 6p333x

Ministério da Saúde incluiu 165 patologias na lista de enfermidades laborais. Entre elas, está o burnout e outras doenças mentais 233b4l

Durante o janeiro branco, mês de conscientização da saúde mental e emocional, profissionais da saúde têm alertado para o alto número de pacientes adoecidos em função de sua atividade profissional.

Em novembro de 2023, o Ministério da Saúde (MS) incorporou mais 165 doenças causadas pelo trabalho junto a 182 patologias já existentes, somando, no total, 347 enfermidades. Na Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT) foram incluídas doenças relativas à saúde mental, como a síndrome de burnout, mas também a covid-19 e novos tipos de câncer.

Divulgação/Ministério da Saúde - Lucilene Aguiar acredita que a inclusão de doenças na lista é essencial para reconhecer a questão como problema no trabalho.

Segundo Lucilene de Aguiar Dias, coordenadora geral de vigilância em saúde do trabalhador do Ministério da Saúde, a medida é importante pois conecta o ambiente de trabalho com a saúde do trabalhador. “A atualização da lista busca refletir as demandas contemporâneas do ambiente laboral, garantindo uma lista abrangente que aborda não apenas as doenças relacionadas ao trabalho, reconhecidas em 1999, mas também condições emergentes e prevalentes que impactam a saúde dos trabalhadores”, diz a coordenadora.

Ela explica que a incorporação seguiu critérios específicos que visam abranger os riscos das atividades, ambientes e processos de trabalho e que foi fruto de contribuições recebidas via consulta pública.

Urgência 6q571w

Acervo Pessoal - Presidente da CUT reforça o alto risco de contaminação por doenças em ambiente de trabalho.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), » Lara Machado* As novas doenças do trabalho Janeiro branco Ministério da Saúde incluiu 165 patologias na lista de enfermidades laborais. Especialistas acreditam que atualização pode contribuir para melhoria das condições de vida de colaboradores Rodrigo Rodrigues, avalia que a medida do ministério significa um reconhecimento maior ao risco a que os profissionais estão expostos: “Temos uma série de enfermidades que são agravadas pelo trabalho e que necessitam, urgentemente, de atenção.”

Ele descreve a importância da inclusão da covid-19, por exemplo, uma vez que o trabalhador tem chances de se contaminar pelo vírus no ambiente de trabalho, nos regimes presenciais. “Na época da pandemia, foi no trabalho que muitos brasileiros se contaminaram com o vírus. É uma doença recente, que ainda estamos entendendo as consequências dela”, afirma o sindicalista.

Divulgação - A psicóloga do trabalho Marília da Silva acredita que existem fatores envolvendo as empresas que não asseguram a saúde mental dos trabalhadores.

A psicóloga do trabalho Marília da Silva explica que, mesmo quando não são causadas pela atividade profissional em si, essas patologias dizem respeito ao mundo do trabalho porque impedem o funcionário de desempenhar suas funções. “Enquanto a covid-19 possui o risco de propagação para outras pessoas, e, após a infecção, aparecem sintomas que se prolongam, afetando a realização de algumas atividades, o burnout está ligado à exaustão física e emocional causada diretamente pelo estresse crônico gerado pelo ambiente de trabalho, mas que resulta também na diminuição do desempenho profissional”, pontua.

Em sua visão, a inclusão das novas doenças pode levar a uma maior atenção, por parte dos empregadores, à qualidade de vida dos colaboradores: “Considero como uma ação significativa para apoiar melhorias no ambiente de trabalho, reconhecendo a importância não só do bem-estar físico, mas também mental do empregado.”

Esgotamento 1i4st

O adoecimento devido ao trabalho afetou Joana, que teve o nome trocado nesta reportagem para preservar sua identidade. Ela trabalha na área da saúde e conta que se viu esgotada devido a uma carga horária exaustiva, que a fez abdicar, por anos, da vida pessoal. Para ela, essa situação é comum na profissão, mas “muitos não se sentem à vontade para falar sobre o assunto no ambiente de trabalho.”

Por ter sofrido na pele o impacto do estresse causado pela profissão, Joana vê a importância da medida tomada pelo Ministério da Saúde. “Fico feliz em saber que, cada vez mais, os olhares estão se voltando para esse assunto, que acomete muitos trabalhadores”, diz

Joana acredita que diversas empresas oferecem condições insalubres de trabalho devido à contenção de gastos para maximização dos lucros. “Consequentemente, se faltam pessoas, os funcionários são sobrecarregados com uma alta demanda e muita pressão, o que os leva a adoecerem no trabalho. As jornadas são longas e excessivas, muitas vezes sem a remuneração adequada, compatível com o acúmulo de tarefas”, descreve.

Grupos vulneráveis 651g1f

Joana não é uma exceção. Dados de uma pesquisa realizada pelo Project Management Institute America Latina (PMI) revelam que 46% das mulheres sofrem com esgotamento emocional causado pelo emprego, enquanto a taxa entre os homens é de 37%. O estudo também revelou que 48% dos adoecidos são jovens com menos de 30 anos, enquanto entre aqueles que têm mais de 30, a taxa é de 40%.

Ricardo Triana, porta-voz do PMI, acredita que existem alguns fatores sociais que tornam esses dois grupos mais vulneráveis para doenças do trabalho. No caso das mulheres, a quantidade de horas reservadas ao serviço doméstico, somadas às atividades profissionais, são consideravelmente maiores do que entre os homens. “As expectativas tradicionais de gênero podem resultar em uma carga de trabalho adicional, especialmente para mulheres que desempenham papéis duplos como profissionais e cuidadoras, em casa”, explica o pesquisador.

pesquisador. Quanto aos profissionais com menos de 30 anos, Ricardo aponta o uso ostensivo da internet e da tecnologia como fator que contribui para o desenvolvimento de enfermidades. Além disso, ele cita questões geracionais, como “insegurança no emprego, a pressão para alcançar metas elevadas e a exposição constante às demandas sociais.”

Para o pesquisador, a adoção de medidas por parte das empresas deve ar pela conscientização das chefias. “Vivemos em uma sociedade em que ser workaholic é sinal de produtividade e um selo de ‘bom funcionário’, porém, estudos já confirmam que trabalhar exaustivamente e fazer horas extras constantes pode afetar negativamente o desempenho”, pontua.

Responsabilização 5w1l1

Divulgação - O advogado trabalhista Maurício Corrêa atenta para outras medidas a serem tomadas.

Com a reconfiguração proposta pelo Ministério da Saúde, o sindicalista Rodrigo reforça a necessidade da elaboração de normas que possam assegurar a saúde física e mental dos trabalhadores frente à empregadores, em especial no que se refere às doenças psicológicas.

Ele afirma que empregadores devem se tornar co-responsáveis pela saúde e bem-estar de seus funcionários. “Além disso, temos que debater questões macro, como a diminuição da jornada de trabalho”, propõe.

O advogado trabalhista Maurício Corrêa ressalta que, do ponto de vista jurídico, nesse novo cenário, o empregador terá que ficar mais atento à adoção de práticas para evitar o desenvolvimento de doenças pelos funcionários. Ele explica que as normas já existentes que impedem a demissão de colaboradores por problemas de saúde irão incorporar o aumento da Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (LDRT).

No entanto, ele defende que a melhoria das condições de trabalho no Brasil segue sendo um desafio que precisa ser constantemente enfrentado. Segundo o advogado, é preciso mais do que o reconhecimento do que leva profissionais ao adoecimento, mas também “a adoção de práticas preventivas e que assegurem a ‘desconexão’ com o trabalho nos períodos de folga.”

Caio Gomez - Entre os transtornos mais recorrentes estão a depressão, a ansiedade e o transtorno de adaptação

Saiba quais os critérios utilizados para considerar uma patologia como doença do trabalho:

Relevância para Vigilância em Saúde do Trabalhador:

  • As doenças foram avaliadas quanto à sua relação direta com as atividades, ambientes e processos de trabalho, reconhecendo os riscos específicos associados a determinadas ocupações.

Evidências científicas:

  • A inclusão foi embasada em evidências científicas que indicam uma relação entre a exposição laboral e o desenvolvimento dessas doenças. Isso envolveu revisões de listas internacionais, estudos epidemiológicos e dados que sustentam a associação com o ambiente e processos de trabalho.

Mudanças no mundo do trabalho:

  • Considerou-se a evolução no cenário laboral, como alterações nos processos de trabalho, avanços tecnológicos e mudanças nas condições de emprego, reconhecendo novos riscos e desafios à saúde do trabalhador.

*Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi.