/* 1rem = 16px, 0.625rem = 10px, 0.5rem = 8px, 0.25rem = 4px, 0.125rem = 2px, 0.0625rem = 1px */ :root { --cor: #073267; --fonte: "Roboto", sans-serif; --menu: 12rem; /* Tamanho Menu */ } @media screen and (min-width: 600px){ .site{ width: 50%; margin-left: 25%; } .logo{ width: 50%; } .hamburger{ display: none; } } @media screen and (max-width: 600px){ .logo{ width: 100%; } } p { text-align: justify; } .logo { display: flex; position: absolute; /* Tem logo que fica melhor sem position absolute*/ align-items: center; justify-content: center; } .hamburger { font-size: 1.5rem; padding-left: 0.5rem; z-index: 2; } .sidebar { padding: 10px; margin: 0; z-index: 2; } .sidebar>li { list-style: none; margin-bottom: 10px; z-index: 2; } .sidebar a { text-decoration: none; color: #fff; z-index: 2; } .close-sidebar { font-size: 1.625em; padding-left: 5px; height: 2rem; z-index: 3; padding-top: 2px; } #sidebar1 { width: var(--menu); background: var(--cor); color: #fff; } #sidebar1 amp-img { width: var(--menu); height: 2rem; position: absolute; top: 5px; z-index: -1; } .fonte { font-family: var(--fonte); } .header { display: flex; background: var(--cor); color: #fff; align-items: center; height: 3.4rem; } .noticia { margin: 0.5rem; } .assunto { text-decoration: none; color: var(--cor); text-transform: uppercase; font-size: 1rem; font-weight: 800; display: block; } .titulo { color: #333; } .autor { color: var(--cor); font-weight: 600; } .chamada { color: #333; font-weight: 600; font-size: 1.2rem; line-height: 1.3; } .texto { line-height: 1.3; } .galeria {} .retranca {} .share { display: flex; justify-content: space-around; padding-bottom: 0.625rem; padding-top: 0.625rem; } .tags { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; text-decoration: none; } .tags ul { display: flex; flex-wrap: wrap; list-style-type: disc; margin-block-start: 0.5rem; margin-block-end: 0.5rem; margin-inline-start: 0px; margin-inline-end: 0px; padding-inline-start: 0px; flex-direction: row; } .tags ul li { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; padding-inline-end: 2px; padding-bottom: 3px; padding-top: 3px; } .tags ul li a { color: var(--cor); text-decoration: none; } .tags ul li a:visited { color: var(--cor); } .citacao {} /* Botões de compartilhamento arrendodados com a cor padrão do site */ amp-social-share.rounded { border-radius: 50%; background-size: 60%; color: #fff; background-color: var(--cor); } --> { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/euestudante/trabalho-e-formacao/2022/05/5003981-tudo-o-que-tenho-devo-a-educacao-diz-diretor-do-caic-de-planaltina.html", "name": "'Tudo o que tenho devo à educação', diz diretor do Caic de Planaltina", "headline": "'Tudo o que tenho devo à educação', diz diretor do Caic de Planaltina", "alternateName": "NOSSOS MESTRES", "alternativeHeadline": "NOSSOS MESTRES", "datePublished": "2022-05-01-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Planaltina ganhou um defensor e irador obstinado quando nasceu Luiz Cl&aacute;udio Campos. Retribuir todo o carinho &agrave; cidade que o acolheu desde a inf&acirc;ncia, mesmo com todas as dificuldades sociais e financeiras que se impam ao longo do caminho, tornou-se um dos seus principais objetivos de vida. E foi por meio da educa&ccedil;&atilde;o que ele viu a possibilidade de concretiz&aacute;-lo.</p> <p class="texto">Luiz Cl&aacute;udio n&atilde;o nega, por&eacute;m, que o resultado alcan&ccedil;ado foi diferente do que havia sonhado inicialmente para a pr&oacute;pria carreira. "Eu nunca pensei em ser professor. A minha inten&ccedil;&atilde;o, quando jovem, era ser de empresas. Mas, no meu tempo, quando terminei o ensino m&eacute;dio, n&atilde;o tinha PAS (Programa de Avalia&ccedil;&atilde;o Seriada, da Universidade de Bras&iacute;lia) ou Enem (Exame Nacional do Ensino M&eacute;dio), tinha que fazer o vestibular na UnB, que era muito concorrido, ou voc&ecirc; fazia faculdade particular, que eu n&atilde;o tinha condi&ccedil;&atilde;o", detalha.</p> <p class="texto">Em um tempo de possibilidades limitadas, sem as op&ccedil;&otilde;es que a expans&atilde;o da rede de ensino superior permitiu e as oportunidades abertas pelo Sistema de Cotas para Escolas P&uacute;blicas, Luiz Cl&aacute;udio explica que aproveitou a chance que viu de ascens&atilde;o econ&ocirc;mica e social. "Abracei a primeira oportunidade que surgiu: o vestibular da UEG (Universidade Estadual de Goi&aacute;s). ei em s&eacute;timo, e comecei a ter gosto pela profiss&atilde;o. Quando terminei meu curso, no primeiro concurso que eu fiz eu ei, na coloca&ccedil;&atilde;o 146 &agrave; &eacute;poca."</p> <p class="texto">Era o concurso da Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o do Distrito Federal. Foi a&iacute; que a vida de Luiz Cl&aacute;udio tomou um rumo definitivo. Em 1999, a convoca&ccedil;&atilde;o o levou ao ch&atilde;o da&nbsp;escola - lugar de onde j&aacute; saiu e voltou algumas vezes, alternando com cargos de gest&atilde;o. Formado em geografia e com habilita&ccedil;&atilde;o para dar aulas de sociologia, trabalhar com jovens e adolescentes do ensino m&eacute;dio era a sua praia. "Uma conquista minha como professor de ensino m&eacute;dio &eacute; hoje conhecer ex-alunos meus que s&atilde;o profissionais conceituados: advogados, professores, ju&iacute;zes, engenheiros", elenca.</p> <p class="texto">Em 2014, no entanto, assumiu uma miss&atilde;o diferente, a de estar &agrave; frente do Centro de Aten&ccedil;&atilde;o Integral &agrave; Crian&ccedil;a e ao Adolescente (Caic) Assis Chateaubriand, na cidade em que cresceu. A escola atende a mais de 1,2 mil crian&ccedil;as de 4 a 12 anos, da educa&ccedil;&atilde;o infantil &agrave;s s&eacute;ries iniciais do ensino fundamental.</p> <p class="texto">Ao chegar, se deparou com as dificuldades no processo pedag&oacute;gico e na &aacute;rea istrativa. Por meio da parceria com a comunidade escolar, iniciou o processo de reformula&ccedil;&atilde;o do Projeto Pol&iacute;tico-Pedag&oacute;gico (PPP) do Caic, essencial para os resultados alcan&ccedil;ados at&eacute; hoje. O principal deles, orgulha-se o diretor, &eacute; ajudar no combate &agrave; criminalidade.</p> <p class="texto">"A escola est&aacute; localizada numa &aacute;rea chamada Buritis 2, mais conhecida como Pombal. S&oacute; perde no &iacute;ndice de criminalidade para o Rio de Janeiro", observa Luiz Cl&aacute;udio, diretor do Caic. "Temos uma car&ecirc;ncia muito grande do Estado, e um crescimento acentuado do tr&aacute;fico e da marginalidade."</p> <p class="texto">Ele acredita que, por meio da gest&atilde;o coletiva, que envolve a comunidade, &eacute; poss&iacute;vel resgatar crian&ccedil;as que come&ccedil;am a se envolver em crimes. Mais que isso, conquistar o respeito da popula&ccedil;&atilde;o, mesmo diante de um contexto socioecon&ocirc;mico delicado. "Hoje, o Caic &eacute; uma escola que n&atilde;o tem uma picha&ccedil;&atilde;o no muro", orgulha-se.</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> </ul> </div></p> <h3>Fome de qu&ecirc;?</h3> <p class="texto">Um dos projetos que o diretor mais exalta &eacute; o da Escola da Intelig&ecirc;ncia, oferecido pelo Instituto Augusto Cury, que tem por objetivo levar ensinamentos sobre intelig&ecirc;ncia emocional &agrave;s crian&ccedil;as. "Esse projeto veio para a escola como projeto-piloto, porque o instituto s&oacute; trabalhava com escolas particulares", conta Luiz Cl&aacute;udio. Na avalia&ccedil;&atilde;o dele, a proposta foi essencial para a reconstru&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica e social que ele sentia a necessidade de implementar &agrave; frente da gest&atilde;o.</p> <p class="texto">"N&oacute;s acolhemos as crian&ccedil;as carentes, da periferia de Planaltina. S&atilde;o crian&ccedil;as que, antes de aprender a ler e a escrever, precisam se alimentar", relata. Com o projeto e a participa&ccedil;&atilde;o dos pais, foi poss&iacute;vel conciliar a depend&ecirc;ncia social &agrave; aprendizagem. "Conseguimos com que as crian&ccedil;as fossem para a escola n&atilde;o s&oacute; pela merenda, mas para socializar com as outras", destaca Luiz Cl&aacute;udio.</p> <p class="texto">Com a pandemia de covid-19, em 2020, o diretor explica que o instituto encerrou as atividades em escolas p&uacute;blicas. Vieram na sequ&ecirc;ncia dois anos de ainda mais desafios, para os quais nenhum gestor, professor, aluno ou pai estava preparado, em Planaltina ou em qualquer outro canto do mundo. "Tivemos muita dificuldade para levar o ensino remoto, e uma perda pedag&oacute;gica muito grande, mas trabalhamos com busca ativa, para resgatar as crian&ccedil;as que sumiram."</p> <p class="texto"><div class="galeria-cb"> <amp-carousel class="carousel1" layout="fixed-height" height="300" type="slides"> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/29/820x547/1_luiz_claudio_campos_e_a_mae-7872633.jpeg?20220429162705" class="contain" layout="fill" alt="O diretor do Caic Paranoá, Luiz Cláudio Campos, com a mãe, Clarice, e a filha" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Fotos: Arquivo pessoal - <b>Luiz Cláudio com a filha Kelly, a mãe, Clarice Gonçalves, e com os netos, Miguel, 7 anos, e Mariana, 8, também alunos do Caic Assis Chateaubriand</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/28/820x547/1_luiz_claudio_caic_planaltina_2-7864846.jpeg" class="contain" layout="fill" alt="Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b>Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/28/820x547/1_luiz_claudio_caic_planaltina_3-7864863.jpeg?20220428170113" class="contain" layout="fill" alt="Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b>Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/28/820x547/1_luiz_claudio_caic_planaltina_4-7864879.jpeg" class="contain" layout="fill" alt="Luiz Cl&aacute;udio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b>Luiz Cl&aacute;udio Campos com os netos, Miguel, 7 anos, e Mariana, 8, tamb&eacute;m alunos do Caic Assis Chateaubriand</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/28/820x547/1_luiz_claudio_caic_planaltina_5-7864896.jpeg" class="contain" layout="fill" alt="Luiz Cl&aacute;udio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b>Luiz Cl&aacute;udio Campos com os netos, Miguel, 7 anos, e Mariana, 8, tamb&eacute;m alunos do Caic Assis Chateaubriand</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/28/1200x800/1_luiz_claudio_caic_planaltina_6-7864913.jpeg" class="contain" layout="fill" alt="Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b>Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/28/820x547/1_luiz_claudio_caic_planaltina_7-7864930.jpeg?20220428170113" class="contain" layout="fill" alt="Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina. Coluna Nossos mestres 1/5/2022" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b>Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina. Coluna Nossos mestres 1/5/2022</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/28/820x547/1_luiz_claudio_caic_planaltina_1-7864830.jpeg?20220428170114" class="contain" layout="fill" alt="Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Arquivo pessoal - <b>Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/820x547/1_22042022mf02-7826228.jpg?20220428170317" class="contain" layout="fill" alt=" 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b> 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/820x547/1_22042022mf03-7826243.jpg?20220428170318" class="contain" layout="fill" alt=" 22/04/2022 Cr&eacute;dito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b> 22/04/2022 Cr&eacute;dito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/820x547/1_22042022mf08-7826290.jpg?20220428170320" class="contain" layout="fill" alt=" 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b> 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/820x547/1_22042022mf10-7826305.jpg?20220428170321" class="contain" layout="fill" alt=" 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b> 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/820x547/1_22042022mf11-7826320.jpg?20220428170329" class="contain" layout="fill" alt=" 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b> 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/820x547/1_22042022mf15-7826350.jpg?20220428170330" class="contain" layout="fill" alt=" 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b> 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/820x547/1_22042022mf17-7826365.jpg?20220428170331" class="contain" layout="fill" alt=" 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b> 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.</b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/820x547/1_22042022mf20-7826380.jpg?20220428170333" class="contain" layout="fill" alt=" 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF." width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b> 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.</b> </figcaption> </div> </amp-carousel> </div></p> <p class="texto">E, quando ele diz busca ativa, n&atilde;o &eacute; for&ccedil;a de express&atilde;o: carros de som cruzaram as ruas da cidade avisando da import&acirc;ncia de os alunos manterem a frequ&ecirc;ncia escolar, e um motoboy levava na casa dos que precisavam o material impresso. Parte do conte&uacute;do tamb&eacute;m era enviado aos pais pelo WhatsApp, para aqueles que n&atilde;o tinham o a computador em casa. "&Agrave; &eacute;poca, conseguimos resgatar 300 crian&ccedil;as usando a busca ativa e o material impresso", destaca Luiz Cl&aacute;udio. O retorno 100% presencial, apenas em setembro de 2021, veio acompanhado de outras tantas batalhas, como alunos desestruturados disciplinarmente e n&atilde;o mais habituados &agrave; rotina escolar. "Est&aacute; sendo um trabalho muito dif&iacute;cil. At&eacute; hoje, muitas crian&ccedil;as est&atilde;o com n&iacute;vel de aprendizagem diferenciado", explica.</p> <p class="texto">O grande n&uacute;mero de alunos considerados especiais tamb&eacute;m &eacute; um desafio di&aacute;rio. S&atilde;o 86 estudantes com laudos que comprovam a exist&ecirc;ncia de algum transtorno; e outras 200 crian&ccedil;as com dificuldade de aprendizagem em raz&atilde;o de transtorno ainda n&atilde;o investigado. Nesse &uacute;ltimo caso, a escola encaminha as fam&iacute;lias para atendimentos que consegue por meio da Casa do Cear&aacute; e em institui&ccedil;&otilde;es de ensino que oferecem assist&ecirc;ncia gratuita, como em medicina cl&iacute;nica e fonoaudiologia.</p> <h3>O filho da dona Clarice</h3> <p class="texto">A realidade que Luiz Cl&aacute;udio testemunha hoje na escola n&atilde;o &eacute; muito diferente da que viveu na inf&acirc;ncia e na adolesc&ecirc;ncia. "A viol&ecirc;ncia era pouca naquele tempo, a d&eacute;cada de 1980, mas eu fui um desses estudantes que s&oacute; tinha uma cal&ccedil;a jeans e um par de t&ecirc;nis para ir &agrave; escola e para sair com os amigos no fim de semana."</p> <p class="texto">A m&atilde;e, Clarice Gon&ccedil;alves, que morreu h&aacute; tr&ecirc;s anos, lavava roupa, fazia faxina em apartamentos no Plano Piloto e ainda bicos em obras para sustentar os tr&ecirc;s filhos, todos formados hoje. O mais velho &eacute; tamb&eacute;m professor e a ca&ccedil;ula, secret&aacute;ria executiva. "Todos n&oacute;s conseguimos vencer com o esfor&ccedil;o da nossa m&atilde;e", relata Luiz Cl&aacute;udio, hoje com 52 anos. Pai de Stephanie Kelly, 26, e de Felipe, 24, ele tem o privil&eacute;gio da companhia dos netos no dia a dia. Filhos da primog&ecirc;nita, Mariana, 8, e Miguel, 7, estudam no Caic de Planaltina.</p> <p class="texto">"Tudo o que tenho at&eacute; hoje eu devo &agrave; educa&ccedil;&atilde;o", repete o diretor, como um mantra. "Eu continuei insistindo com os estudos e me sinto muito feliz. Sou um gestor educacional bem conceituado na minha cidade." Mesmo com todas as dificuldades, ele ressalta que acredita na escola p&uacute;blica e exalta os professores da rede. "A verba &eacute; t&atilde;o pouca que a gente s&oacute; consegue fazer o que &eacute; necess&aacute;rio, e, mesmo assim, tiramos leite de pedra, como diz o ditado popular. Conseguimos formar cidad&atilde;os."</p> <p class="texto">Com a sabedoria de quem n&atilde;o s&oacute; sentiu na pele as consequ&ecirc;ncias de um contexto social distante dos privil&eacute;gios guardados &agrave;s elites, mas tamb&eacute;m decidiu se envolver na solu&ccedil;&atilde;o dos problemas estruturais da pr&oacute;pria comunidade, Luiz Cl&aacute;udio evoca toda a pot&ecirc;ncia do ensino p&uacute;blico e gratuito: "A sociedade, hoje, est&aacute; muito carente de acolhimento e, dentro da escola p&uacute;blica, a gente consegue acolher as fam&iacute;lias, as crian&ccedil;as, os jovens, e faz&ecirc;-los sair da viol&ecirc;ncia, sair de uma condi&ccedil;&atilde;o social pobre para uma condi&ccedil;&atilde;o que pode abrir caminhos para eles".</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/04/22/750x500/1_22042022mf08-7826290.jpg?20220428170320?20220428170320", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Mariana Niederauer" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 1b1t6m

Eu, Estudante 361s45

NOSSOS MESTRES

'Tudo o que tenho devo à educação', diz diretor do Caic de Planaltina 2f3v6q

Diretor do Caic Assis Chateaubriand, Luiz Cláudio Campos encara o desafio de transformar as vidas de mais de 1,2 mil estudantes 9t15

Planaltina ganhou um defensor e irador obstinado quando nasceu Luiz Cláudio Campos. Retribuir todo o carinho à cidade que o acolheu desde a infância, mesmo com todas as dificuldades sociais e financeiras que se impam ao longo do caminho, tornou-se um dos seus principais objetivos de vida. E foi por meio da educação que ele viu a possibilidade de concretizá-lo.

Luiz Cláudio não nega, porém, que o resultado alcançado foi diferente do que havia sonhado inicialmente para a própria carreira. "Eu nunca pensei em ser professor. A minha intenção, quando jovem, era ser de empresas. Mas, no meu tempo, quando terminei o ensino médio, não tinha PAS (Programa de Avaliação Seriada, da Universidade de Brasília) ou Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), tinha que fazer o vestibular na UnB, que era muito concorrido, ou você fazia faculdade particular, que eu não tinha condição", detalha.

Em um tempo de possibilidades limitadas, sem as opções que a expansão da rede de ensino superior permitiu e as oportunidades abertas pelo Sistema de Cotas para Escolas Públicas, Luiz Cláudio explica que aproveitou a chance que viu de ascensão econômica e social. "Abracei a primeira oportunidade que surgiu: o vestibular da UEG (Universidade Estadual de Goiás). ei em sétimo, e comecei a ter gosto pela profissão. Quando terminei meu curso, no primeiro concurso que eu fiz eu ei, na colocação 146 à época."

Era o concurso da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Foi aí que a vida de Luiz Cláudio tomou um rumo definitivo. Em 1999, a convocação o levou ao chão da escola - lugar de onde já saiu e voltou algumas vezes, alternando com cargos de gestão. Formado em geografia e com habilitação para dar aulas de sociologia, trabalhar com jovens e adolescentes do ensino médio era a sua praia. "Uma conquista minha como professor de ensino médio é hoje conhecer ex-alunos meus que são profissionais conceituados: advogados, professores, juízes, engenheiros", elenca.

Em 2014, no entanto, assumiu uma missão diferente, a de estar à frente do Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (Caic) Assis Chateaubriand, na cidade em que cresceu. A escola atende a mais de 1,2 mil crianças de 4 a 12 anos, da educação infantil às séries iniciais do ensino fundamental.

Ao chegar, se deparou com as dificuldades no processo pedagógico e na área istrativa. Por meio da parceria com a comunidade escolar, iniciou o processo de reformulação do Projeto Político-Pedagógico (PPP) do Caic, essencial para os resultados alcançados até hoje. O principal deles, orgulha-se o diretor, é ajudar no combate à criminalidade.

"A escola está localizada numa área chamada Buritis 2, mais conhecida como Pombal. Só perde no índice de criminalidade para o Rio de Janeiro", observa Luiz Cláudio, diretor do Caic. "Temos uma carência muito grande do Estado, e um crescimento acentuado do tráfico e da marginalidade."

Ele acredita que, por meio da gestão coletiva, que envolve a comunidade, é possível resgatar crianças que começam a se envolver em crimes. Mais que isso, conquistar o respeito da população, mesmo diante de um contexto socioeconômico delicado. "Hoje, o Caic é uma escola que não tem uma pichação no muro", orgulha-se.

Saiba Mais 2h1b4e

Fome de quê? 6r3i32

Um dos projetos que o diretor mais exalta é o da Escola da Inteligência, oferecido pelo Instituto Augusto Cury, que tem por objetivo levar ensinamentos sobre inteligência emocional às crianças. "Esse projeto veio para a escola como projeto-piloto, porque o instituto só trabalhava com escolas particulares", conta Luiz Cláudio. Na avaliação dele, a proposta foi essencial para a reconstrução econômica e social que ele sentia a necessidade de implementar à frente da gestão.

"Nós acolhemos as crianças carentes, da periferia de Planaltina. São crianças que, antes de aprender a ler e a escrever, precisam se alimentar", relata. Com o projeto e a participação dos pais, foi possível conciliar a dependência social à aprendizagem. "Conseguimos com que as crianças fossem para a escola não só pela merenda, mas para socializar com as outras", destaca Luiz Cláudio.

Com a pandemia de covid-19, em 2020, o diretor explica que o instituto encerrou as atividades em escolas públicas. Vieram na sequência dois anos de ainda mais desafios, para os quais nenhum gestor, professor, aluno ou pai estava preparado, em Planaltina ou em qualquer outro canto do mundo. "Tivemos muita dificuldade para levar o ensino remoto, e uma perda pedagógica muito grande, mas trabalhamos com busca ativa, para resgatar as crianças que sumiram."

Fotos: Arquivo pessoal - Luiz Cláudio com a filha Kelly, a mãe, Clarice Gonçalves, e com os netos, Miguel, 7 anos, e Mariana, 8, também alunos do Caic Assis Chateaubriand
Arquivo pessoal - Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022
Arquivo pessoal - Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022
Arquivo pessoal - Luiz Cláudio Campos com os netos, Miguel, 7 anos, e Mariana, 8, também alunos do Caic Assis Chateaubriand
Arquivo pessoal - Luiz Cláudio Campos com os netos, Miguel, 7 anos, e Mariana, 8, também alunos do Caic Assis Chateaubriand
Arquivo pessoal - Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022
Arquivo pessoal - Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina. Coluna Nossos mestres 1/5/2022
Arquivo pessoal - Luiz Cláudio Campos, 52 anos, diretor do Caic de Planaltina Coluna Nossos mestres 1/5/2022
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - 22/04/2022 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasilia - DF - Coluna Nossos mestres, Luiz Claudio Campos professor e diretor do Caic Assis Chateaubriand, em Planaltina DF.

E, quando ele diz busca ativa, não é força de expressão: carros de som cruzaram as ruas da cidade avisando da importância de os alunos manterem a frequência escolar, e um motoboy levava na casa dos que precisavam o material impresso. Parte do conteúdo também era enviado aos pais pelo WhatsApp, para aqueles que não tinham o a computador em casa. "À época, conseguimos resgatar 300 crianças usando a busca ativa e o material impresso", destaca Luiz Cláudio. O retorno 100% presencial, apenas em setembro de 2021, veio acompanhado de outras tantas batalhas, como alunos desestruturados disciplinarmente e não mais habituados à rotina escolar. "Está sendo um trabalho muito difícil. Até hoje, muitas crianças estão com nível de aprendizagem diferenciado", explica.

O grande número de alunos considerados especiais também é um desafio diário. São 86 estudantes com laudos que comprovam a existência de algum transtorno; e outras 200 crianças com dificuldade de aprendizagem em razão de transtorno ainda não investigado. Nesse último caso, a escola encaminha as famílias para atendimentos que consegue por meio da Casa do Ceará e em instituições de ensino que oferecem assistência gratuita, como em medicina clínica e fonoaudiologia.

O filho da dona Clarice 1d5os

A realidade que Luiz Cláudio testemunha hoje na escola não é muito diferente da que viveu na infância e na adolescência. "A violência era pouca naquele tempo, a década de 1980, mas eu fui um desses estudantes que só tinha uma calça jeans e um par de tênis para ir à escola e para sair com os amigos no fim de semana."

A mãe, Clarice Gonçalves, que morreu há três anos, lavava roupa, fazia faxina em apartamentos no Plano Piloto e ainda bicos em obras para sustentar os três filhos, todos formados hoje. O mais velho é também professor e a caçula, secretária executiva. "Todos nós conseguimos vencer com o esforço da nossa mãe", relata Luiz Cláudio, hoje com 52 anos. Pai de Stephanie Kelly, 26, e de Felipe, 24, ele tem o privilégio da companhia dos netos no dia a dia. Filhos da primogênita, Mariana, 8, e Miguel, 7, estudam no Caic de Planaltina.

"Tudo o que tenho até hoje eu devo à educação", repete o diretor, como um mantra. "Eu continuei insistindo com os estudos e me sinto muito feliz. Sou um gestor educacional bem conceituado na minha cidade." Mesmo com todas as dificuldades, ele ressalta que acredita na escola pública e exalta os professores da rede. "A verba é tão pouca que a gente só consegue fazer o que é necessário, e, mesmo assim, tiramos leite de pedra, como diz o ditado popular. Conseguimos formar cidadãos."

Com a sabedoria de quem não só sentiu na pele as consequências de um contexto social distante dos privilégios guardados às elites, mas também decidiu se envolver na solução dos problemas estruturais da própria comunidade, Luiz Cláudio evoca toda a potência do ensino público e gratuito: "A sociedade, hoje, está muito carente de acolhimento e, dentro da escola pública, a gente consegue acolher as famílias, as crianças, os jovens, e fazê-los sair da violência, sair de uma condição social pobre para uma condição que pode abrir caminhos para eles".

Saiba Mais 2h1b4e