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Da mesma forma que no &acirc;mbito nacional, o n&uacute;mero de empreendimentos que fecharam as portas em Bras&iacute;lia no mesmo per&iacute;odo &eacute; mais de tr&ecirc;s vezes menor: 11 mil.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/766x527/1_2-6363296.jpg" width="766" height="527" layout="responsive" alt="O futuro muda todos os dias e n&oacute;s precisamos calibrar nossas estrat&eacute;gias empresariais todos os dias, tamb&eacute;m&quot; Marcelo Minutti, professor de inova&ccedil;&atilde;o e neg&oacute;cios digitais"></amp-img> <figcaption>Marcelo Minutti/Reprodu&ccedil;&atilde;o - <b>O futuro muda todos os dias e n&oacute;s precisamos calibrar nossas estrat&eacute;gias empresariais todos os dias, tamb&eacute;m&quot; Marcelo Minutti, professor de inova&ccedil;&atilde;o e neg&oacute;cios digitais</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Os valores incluem tanto as empresas que est&atilde;o nascendo agora, quanto empreendimentos que abriram novas unidades durante a pandemia, indo na contram&atilde;o da crise. Segundo Marcelo Minutti, professor de inova&ccedil;&atilde;o e neg&oacute;cios digitais do Ibmec Bras&iacute;lia, a pandemia trouxe efeitos positivos &agrave;s organiza&ccedil;&otilde;es que j&aacute; tinham as caracter&iacute;sticas exigidas dentro deste novo contexto. &Eacute; o caso de firmas que atuam com higiene, atendimento virtual e delivery. Firmas de outros ramos precisaram rapidamente se adaptar.</p> <p class="texto">&ldquo;Aqueles que se movimentaram para atender &agrave; demanda que migrou da venda presencial para a virtual conseguiram se estabelecer. Afinal, as pessoas continuam consumindo, mas de casa&rdquo;, diz o professor, especialista em marketing e neg&oacute;cios pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). &ldquo;Isso fez com que alguns empres&aacute;rios conseguissem crescer e outros, n&atilde;o. Dependeu da velocidade da adapta&ccedil;&atilde;o&rdquo;, afirma.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/766x527/1_9-6363307.jpg" width="766" height="527" layout="responsive" alt="Secretaria Especial de Desburocratiza&ccedil;&atilde;o, Gest&atilde;o e Governo Digital do Minist&eacute;rio da Economia e Junta Comercial, Industrial e Servi&ccedil;os do Distrito Federal"></amp-img> <figcaption>Mapa de Empresas - <b>Secretaria Especial de Desburocratiza&ccedil;&atilde;o, Gest&atilde;o e Governo Digital do Minist&eacute;rio da Economia e Junta Comercial, Industrial e Servi&ccedil;os do Distrito Federal</b></figcaption> </div></p> <h3>Sem receitas</h3> <p class="texto"><br />Marcelo alerta que n&atilde;o existem f&oacute;rmulas m&aacute;gicas para crescer. Cada empresa deve analisar a situa&ccedil;&atilde;o de acordo com a pr&oacute;pria realidade. &ldquo;Cada empreendedor tem as pr&oacute;prias amea&ccedil;as e oportunidades. At&eacute; aqueles que est&atilde;o no mesmo setor s&atilde;o atingidos de formas diferentes&rdquo;, explica. Outra ressalva &eacute; n&atilde;o investir todos os recursos no ambiente digital, pois nada garante que o formato continue em alta no cen&aacute;rio p&oacute;s-pandemia. &ldquo;Precisamos ter muito cuidado com a ilus&atilde;o de que o presente que estamos vivendo agora ser&aacute; o mesmo daqui a um ano&rdquo;, pontua. &ldquo;O futuro muda todos os dias e n&oacute;s precisamos calibrar nossas estrat&eacute;gias empresariais todos os dias, tamb&eacute;m.&rdquo;</p> <h3>Riscos de come&ccedil;ar agora</h3> <p class="texto"><br />De acordo com Marcelo Minutti, empreender durante a pandemia exige muita an&aacute;lise e calma. Os riscos est&atilde;o associados diretamente ao ambiente de neg&oacute;cios de atua&ccedil;&atilde;o. Para n&atilde;o trocar os p&eacute;s pelas m&atilde;os, o especialista recomenda refletir em tr&ecirc;s fatores: demanda, concorr&ecirc;ncia e diferencial. O primeiro o &eacute; analisar quais produtos ou servi&ccedil;os est&atilde;o sendo demandados e explorar essa oportunidade. O segundo &eacute; entender o n&iacute;vel de competi&ccedil;&atilde;o e avaliar se vale a pena entrar. Por fim, definir qual ser&aacute; o diferencial da empresa para atrair clientes. &ldquo;As oportunidades existem, mas devemos tomar nossas decis&otilde;es de forma muito coerente, fazendo uma an&aacute;lise estrat&eacute;gica antes de tomar decis&otilde;es e investir nos recursos financeiros.&rdquo;</p> <h3>A situa&ccedil;&atilde;o dos pequenos neg&oacute;cios<br /></h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/766x527/1_4-6363318.jpg" width="766" height="527" layout="responsive" alt="Kennyston Lago, analista do Sebrae"></amp-img> <figcaption>Hugo Santarem Rodrigues/Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>Kennyston Lago, analista do Sebrae</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Desde o in&iacute;cio da crise sanit&aacute;ria, o Servi&ccedil;o Brasileiro de Apoio &agrave;s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem publicado relat&oacute;rios mensais sobre o impacto da pandemia. O &uacute;ltimo levantamento mostra que, no Distrito Federal, a taxa de fechamento de empresas foi 6% superior &agrave; m&eacute;dia nacional. Entre as firmas abertas, 63% dos donos de pequenos empreendimentos dizem estar funcionando com mudan&ccedil;as por causa da crise. Al&eacute;m disso, 83% afirmam que o faturamento caiu nos &uacute;ltimos meses. No cen&aacute;rio nacional, o n&uacute;mero de empresas que alegam estar com o faturamento abaixo do normal tem diminu&iacute;do lentamente, ando de 89%, em mar&ccedil;o, para 77%, em setembro.</p> <p class="texto">&ldquo;Essa redu&ccedil;&atilde;o tem a ver com o movimento conjuntural de reabertura da economia&rdquo;, explica Kennyston Lago, analista da Unidade de Gest&atilde;o Estrat&eacute;gica do Sebrae e doutor em psicologia pela Universidade de Bras&iacute;lia (UnB). Os segmentos que mais sofrem s&atilde;o aqueles com mais dificuldades em implementar o distanciamento social, como feiras, shoppings populares, servi&ccedil;os feitos na casa do cliente e ambulantes. &ldquo;Se a gente continuar em um cen&aacute;rio sem vacina e sem medidas restritivas, a tend&ecirc;ncia &eacute; que esses setores subam aos poucos&rdquo;, afirma.</p> <h3>Dicas de como manter o neg&oacute;cio durante a pandemia</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/766x527/1_3-6363329.jpg" width="766" height="527" layout="responsive" alt="Luiz David Louren&ccedil;o, economista p&oacute;s-graduado em finan&ccedil;as empresariais pela Universidade de S&atilde;o Paulo (USP)"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Luiz David Louren&ccedil;o, economista p&oacute;s-graduado em finan&ccedil;as empresariais pela Universidade de S&atilde;o Paulo (USP)</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Confira dicas do economista Luiz David Louren&ccedil;o, p&oacute;s-graduado em finan&ccedil;as empresariais pela Universidade de S&atilde;o Paulo (USP) e banking pela Funda&ccedil;&atilde;o Getulio Vargas (FGV):</p> <p class="texto"><strong>Adie o pagamento do Simples</strong><br />Para quem est&aacute; enquadrado na modalidade Simples Nacional, o governo federal prorrogou o prazo de pagamentos das notas. Al&eacute;m disso, para n&atilde;o demitir os funcion&aacute;rios, as empresas podem entrar em um acordo e reduzir a jornada e o sal&aacute;rio dos colaboradores pela metade.</p> <p class="texto"><strong>Procure se capacitar</strong><br />Que tal reservar um tempo do dia para realizar um curso de capacita&ccedil;&atilde;o? Busque algo que possa se encaixar na rotina. Os empreendedores que estiverem mais capacitados e preparados v&atilde;o conseguir se levantar mais rapidamente.</p> <p class="texto"><strong>Interaja com clientes</strong><br />&Eacute; extremamente importante manter-se pr&oacute;ximo da freguesia. Para quem oferece servi&ccedil;os, usar as redes sociais para conversar e interagir com os seguidores &eacute; uma &oacute;tima alternativa.</p> <p class="texto"><strong>Aposte na venda on-line</strong><br />Utilize as m&iacute;dias a seu favor e explore canais de vendas on-line. Muitas pessoas est&atilde;o comprando apenas via delivery, ent&atilde;o o importante &eacute; oferecer pre&ccedil;os atrativos e diferenciais para se destacar da concorr&ecirc;ncia.</p> <p class="texto"><strong>Fa&ccedil;a promo&ccedil;&otilde;es</strong><br />Sabe aquele produto que j&aacute; est&aacute; h&aacute; um bom tempo no estoque? Ent&atilde;o, esse &eacute; o momento de colocar um pre&ccedil;o atrativo e fazer com que ele tenha procura. Diversificar o estoque tamb&eacute;m &eacute; importante.</p> <p class="texto"><strong>Pesquise op&ccedil;&otilde;es de cr&eacute;dito</strong><br />A solu&ccedil;&atilde;o &eacute; comparar os bancos que est&atilde;o oferecendo modalidades diferenciadas, com as maiores car&ecirc;ncias e os menores juros.</p> <p class="texto"><strong>Negocie contas</strong><br />Mantenha o controle do caixa e procure reduzir custos neste momento. &Eacute; poss&iacute;vel negociar o aluguel do espa&ccedil;o, reduzir a conta de energia e os contratos com servi&ccedil;os terceirizados.</p> <p class="texto"><strong>Organize as despesas</strong><br />Projete gastos e receitas dos meses subsequentes: o ideal &eacute; separar as despesas pelo tipo de gasto. Dessa forma, &eacute; poss&iacute;vel saber a quantia necess&aacute;ria para cada despesa e o quanto ser&aacute; preciso para manter o neg&oacute;cio pelos pr&oacute;ximos meses.</p> <h3>O cuidado com os pets n&atilde;o para</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/766x527/1_5-6363340.jpg" width="766" height="527" layout="responsive" alt="Diogo Barbosa: &quot;Futuramente, quero ter mais vans para conseguir suprir o Distrito Federal todo&quot; "></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Diogo Barbosa: &quot;Futuramente, quero ter mais vans para conseguir suprir o Distrito Federal todo&quot; </b></figcaption> </div></p> <p class="texto">De acordo com o Sebrae, os pet shops est&atilde;o entre os neg&oacute;cios menos afetados pela crise. &ldquo;Em casa, as pessoas come&ccedil;aram a cuidar mais e adotaram bichinhos e os pet shops foram enquadrados como servi&ccedil;o essencial&rdquo;, diz Kennyston Lago, do Sebrae. At&eacute; hoje, h&aacute; tutores que n&atilde;o arriscam levar os animais para os estabelecimentos convencionais. Foi pensando nisso que o Pet M&oacute;vel Lavando C&atilde;o conquistou diversos clientes ao oferecer seguran&ccedil;a e praticidade ao atender aos animais a domic&iacute;lio no Lago Norte, Asa Norte, Asa Sul, Sudoeste e Cruzeiro.</p> <p class="texto">Diogo Barbosa, 27 anos, estaciona a van em frente &agrave; casa do cliente e faz o atendimento de banho e tosa. Ele j&aacute; oferecia o servi&ccedil;o antes e, com a pandemia, a demanda aumentou muito. &ldquo;Ficou bem corrido, precisei contratar um ajudante. A clientela &eacute; maior do que antes&rdquo;, conta. &ldquo;Eu sempre usei m&aacute;scara, luvas e &aacute;lcool em gel e quase n&atilde;o tenho contato com o cliente&rdquo;, afirma. O movimento continua intenso nos fins de semana e a meta &eacute; expandir o neg&oacute;cio em breve. &ldquo;Futuramente, quero ter mais vans para conseguir suprir o Distrito Federal todo.O pessoal de &Aacute;guas Claras e do Lago Sul me liga bastante, quero come&ccedil;ar aumentando por l&aacute;&rdquo;, revela.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/10-6363351.jpg" width="593" height="886" layout="responsive" alt="."></amp-img> <figcaption>Valdo Virgo/D.A Press - <b>.</b></figcaption> </div></p> <h3>Driblando a crise</h3> <p class="texto">Conhecido em Bras&iacute;lia pela venda de materiais de costura e fantasias, o Armarinho Milano completa 53 anos em 2020. Sob a dire&ccedil;&atilde;o de Paulo D'&aacute;vila Milano, 56, filho mais velho do fundador da loja, Stefano Milano, o armarinho tem driblado a crise para permanecer de p&eacute;. Quando as cinco lojas precisaram fechar por causa da pandemia, Paulo conta que ou semanas sem dormir e planejando o que iria fazer. &ldquo;A preocupa&ccedil;&atilde;o foi enorme. N&oacute;s t&iacute;nhamos compromissos, 55 funcion&aacute;rios e pouca informa&ccedil;&atilde;o do que estava acontecendo&rdquo;, relata o matem&aacute;tico.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/766x527/1_6-6363358.jpg" width="766" height="527" layout="responsive" alt="Paulo e Marilene Milano realocaram os gastos e abriram uma loja virtual para o Armarinho Milano"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>Paulo e Marilene Milano realocaram os gastos e abriram uma loja virtual para o Armarinho Milano</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Com a ajuda da fam&iacute;lia, o primeiro o foi investir em um projeto de longa data que ainda n&atilde;o tinha sa&iacute;do do papel: a loja virtual. &ldquo;Por coincid&ecirc;ncia, minha esposa, Marilene Milano, que &eacute; da &aacute;rea da tecnologia, se aposentou e assumiu essa parte. Ela contratou as empresas necess&aacute;rias para a forma&ccedil;&atilde;o do site e incrementou as vendas por WhatsApp&rdquo;, diz. Paulo adiantou f&eacute;rias, afastou funcion&aacute;rios do grupo de risco e ficou com parte da equipe concentrada em uma &uacute;nica loja para fazer entregas. Assim que liberado, reabriu mantendo cuidados, como aferi&ccedil;&atilde;o de temperatura, uso de m&aacute;scaras e controle do n&uacute;mero de pessoas dentro do espa&ccedil;o.</p> <p class="texto">Duas lojas precisaram ser fechadas, mas para que outras duas fossem abertas. Os custos para manter uma unidade num shopping ficaram muito altos e gerando pouca rentabilidade, enquanto com a filial de Taguatinga ele teve problemas para negociar o aluguel. A verba foi realocada para inaugurar novos endere&ccedil;os em Sobradinho e no Sudoeste. As outras lojas ficam em Asa Sul, Asa Norte e &Aacute;guas Claras. Em todo esse tr&acirc;mite, ningu&eacute;m foi demitido. Na verdade, foram 10 novas contrata&ccedil;&otilde;es.</p> <p class="texto">Segundo Paulo, cerca de 40% dos lucros das lojas vinham de fantasias e &oacute;rios para festas. Com o isolamento social, eventos como as tradicionais festas juninas e o dia das bruxas foram cancelados e a empresa sofreu preju&iacute;zos. Em contrapartida, os artigos para artesanato ganharam espa&ccedil;o. &ldquo;Pelo fato de as pessoas estarem mais em casa, n&oacute;s tivemos crescimento na venda de materiais para tric&ocirc;, croch&ecirc;, bordado&rdquo;, conta. A meta para o ano &eacute; empatar com o faturamento de 2019.<br /></p> <h3>Segurando as pontas<br /></h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/766x527/1_7-6363369.jpg" width="766" height="527" layout="responsive" alt="As irm&atilde;s M&aacute;rcia e Andr&eacute;ia e a m&atilde;e, Maria Madalena, em nova loja"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>As irm&atilde;s M&aacute;rcia e Andr&eacute;ia e a m&atilde;e, Maria Madalena, em nova loja</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Em 2 de junho de 1996, a primeira loja da Casa de Biscoitos Mineiros foi inaugurada na Asa Norte. Com o tempo, os quitutes da mineira Maria Madalena Teixeira conquistaram brasilienses e a marca cresceu. Hoje, sob o comando de M&aacute;rcia Teixeira, 50, e seus quatro irm&atilde;os, filhos de Maria Madalena, a rede tem seis unidades. Pouco antes de a pandemia come&ccedil;ar, tinham aberto mais dois pontos de vendas, um em &Aacute;guas Claras e outro no Sudoeste. A crise sanit&aacute;ria foi um baque. &ldquo;Respirei fundo, fechei por dois dias para a gente se organizar e logo voltamos a funcionar com os cuidados e a prote&ccedil;&atilde;o dos funcion&aacute;rios&rdquo;, comenta M&aacute;rcia.</p> <p class="texto">Os primeiros meses n&atilde;o foram f&aacute;ceis. As lojas reabriram sem mesas, com adapta&ccedil;&atilde;o nos hor&aacute;rios de produ&ccedil;&atilde;o para evitar aglomera&ccedil;&atilde;o de funcion&aacute;rios e alto custo com produtos de higiene. Para segurar as pontas, foi preciso suspender contratos e pegar empr&eacute;stimos. &ldquo;N&oacute;s n&atilde;o aumentamos os pre&ccedil;os, tivemos que bancar a loja para ela funcionar. O custo estava acima da venda&rdquo;, relata. Mesmo com as dificuldades, a Casa de Biscoitos Mineiros aceitou a proposta de abrir uma nova loja em uma livraria de um shopping.</p> <p class="texto">&ldquo;Ficamos de novo em um ime, pensando se dever&iacute;amos arriscar. Agora, est&aacute; indo muito bem, melhor do que n&oacute;s esper&aacute;vamos&rdquo;, revela. &ldquo;H&aacute; pouco mais de um m&ecirc;s, n&oacute;s colocamos as mesas e as pessoas est&atilde;o come&ccedil;ando a voltar a comer na loja&rdquo;, comenta. Com todo o esfor&ccedil;o, ningu&eacute;m precisou ser demitido. Somando as contrata&ccedil;&otilde;es para as novas lojas, s&atilde;o aproximadamente 400 colaboradores na casa. &ldquo;A loja se manteve fiel aos funcion&aacute;rios e aos clientes&rdquo;, diz. O objetivo agora &eacute; equilibrar as vendas, pagar os empr&eacute;stimos, organizar as finan&ccedil;as e continuar mantendo os funcion&aacute;rios. &ldquo;aremos os pr&oacute;ximos quatro anos pagando muitas d&iacute;vidas, mas vamos conseguir&rdquo;, reflete M&aacute;rcia.</p> <h3>Do trailer ao restaurante<br /></h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2020/10/25/8-6363380.jpg" width="400" height="526" layout="responsive" alt="M&aacute;rcio Precioso: &quot;Inicialmente, a pandemia trouxe medo, mas depois trouxe prosperidade&quot;"></amp-img> <figcaption>Arquivo Pessoal - <b>M&aacute;rcio Precioso: &quot;Inicialmente, a pandemia trouxe medo, mas depois trouxe prosperidade&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Por todo o Distrito Federal, &eacute; poss&iacute;vel encontrar hamburguerias artesanais. N&atilde;o &eacute; s&oacute; o sabor dos pratos que atrai os clientes. Os espa&ccedil;os serviam como ponto de encontro de amigos e familiares. A pandemia trazia um grande risco, mas h&aacute; estabelecimentos do ramo que n&atilde;o s&oacute; se mantiveram, como cresceram. Esse &eacute; o caso da Hamburgueria do Vaka, em Ceil&acirc;ndia, que em breve se tornar&aacute; a Casa do Vaka, atualmente em obras.</p> <p class="texto">H&aacute; tr&ecirc;s anos, o amante de culin&aacute;ria M&aacute;rcio Precioso, 34, ou Vaka, como &eacute; conhecido, ou a vender hamb&uacute;rgueres num trailer. Popular entre os clientes, logo mudou a empresa para um espa&ccedil;o f&iacute;sico. Nos primeiros meses de pandemia, o empres&aacute;rio manteve a loja funcionando para retirada de produtos e se registrou em aplicativos de delivery para fazer entregas. &ldquo;Com isso, n&oacute;s conseguimos crescer. Em um &uacute;nico dia, vendemos entre 400 e 500 hamb&uacute;rgueres&rdquo;, conta o ex-corretor de plano de sa&uacute;de. &ldquo;Inicialmente, a pandemia trouxe medo, mas depois trouxe prosperidade&rdquo;, comemora.</p> <p class="texto">Com o faturamento em alta, em breve, a hamburgueria se transformar&aacute; em um restaurante voltado para churrascos e parrillas, mas mantendo os sandu&iacute;ches no card&aacute;pio. &ldquo;Tudo que eu consegui nesses tr&ecirc;s anos apostei nessa loja maior&rdquo;, diz. Na nova loja, onde M&aacute;rcio est&aacute; investindo R$ 100 mil, a equipe de cinco funcion&aacute;rios deve dobrar. A proje&ccedil;&atilde;o &eacute; de que em um ano o investimento retorne. &ldquo;Estou conseguindo gerar empregos, me sustentar e dar uma educa&ccedil;&atilde;o boa para o meu filho. &Eacute; um privil&eacute;gio que a hamburgueria possa me proporcionar isso&rdquo;, frisa.</p> <p class="texto">&nbsp;</p> <p class="texto"><strong>*Estagi&aacute;ria sob a supervis&atilde;o da subeditora Ana Paula Lisboa</strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2020%2F10%2F25%2F766x527%2F1_1-6363285.jpg", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Ana Lídia Araújo*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 3s2m22

Eu, Estudante 361s45

EMPREENDEDORISMO

Conheça negócios brasilienses que crescem na contramão da crise 166z4e

Com a pandemia, diversas empresas não tiveram outra opção a não ser fechar as portas. No entanto, muitas outras estão abrindo agora ou expandindo 312o59

Parte do setor empresarial está recuperando o fôlego. Muito além de sobreviver aos impactos da pandemia, há negócios que aram da fase de adaptação e, agora, conseguem até mesmo expandir. De acordo com o Mapa de Empresas, divulgado pelo Ministério da Economia, de março ao fim de setembro, aproximadamente 1,92 milhão de empresas foram abertas no Brasil, incluindo filiais. Somente em setembro, cerca de 328 mil novos empreendimentos nasceram no país.

Contudo, não se pode deixar de notar o número acelerado de empresas que fecharam no mesmo período. Ao todo, mais de 570 mil foram encerradas. Além disso, outra pesquisa, a Pulso Empresa: impacto da covid-19 nas empresas, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 33,5% das companhias em funcionamento sentem que a pandemia causou um efeito negativo nos negócios, enquanto 28,6% enxergam resultados positivos nos últimos meses.

Parâmetro do DF g2056


Somente na capital do país, 35.564 empresas (entre micro, pequenas, médias e grandes) foram abertas desde março, de acordo com a Junta Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal. Da mesma forma que no âmbito nacional, o número de empreendimentos que fecharam as portas em Brasília no mesmo período é mais de três vezes menor: 11 mil.

Marcelo Minutti/Reprodução - O futuro muda todos os dias e nós precisamos calibrar nossas estratégias empresariais todos os dias, também" Marcelo Minutti, professor de inovação e negócios digitais

Os valores incluem tanto as empresas que estão nascendo agora, quanto empreendimentos que abriram novas unidades durante a pandemia, indo na contramão da crise. Segundo Marcelo Minutti, professor de inovação e negócios digitais do Ibmec Brasília, a pandemia trouxe efeitos positivos às organizações que já tinham as características exigidas dentro deste novo contexto. É o caso de firmas que atuam com higiene, atendimento virtual e delivery. Firmas de outros ramos precisaram rapidamente se adaptar.

“Aqueles que se movimentaram para atender à demanda que migrou da venda presencial para a virtual conseguiram se estabelecer. Afinal, as pessoas continuam consumindo, mas de casa”, diz o professor, especialista em marketing e negócios pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “Isso fez com que alguns empresários conseguissem crescer e outros, não. Dependeu da velocidade da adaptação”, afirma.

Mapa de Empresas - Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia e Junta Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal

Sem receitas 1v6y2j


Marcelo alerta que não existem fórmulas mágicas para crescer. Cada empresa deve analisar a situação de acordo com a própria realidade. “Cada empreendedor tem as próprias ameaças e oportunidades. Até aqueles que estão no mesmo setor são atingidos de formas diferentes”, explica. Outra ressalva é não investir todos os recursos no ambiente digital, pois nada garante que o formato continue em alta no cenário pós-pandemia. “Precisamos ter muito cuidado com a ilusão de que o presente que estamos vivendo agora será o mesmo daqui a um ano”, pontua. “O futuro muda todos os dias e nós precisamos calibrar nossas estratégias empresariais todos os dias, também.”

Riscos de começar agora 3wj1o


De acordo com Marcelo Minutti, empreender durante a pandemia exige muita análise e calma. Os riscos estão associados diretamente ao ambiente de negócios de atuação. Para não trocar os pés pelas mãos, o especialista recomenda refletir em três fatores: demanda, concorrência e diferencial. O primeiro o é analisar quais produtos ou serviços estão sendo demandados e explorar essa oportunidade. O segundo é entender o nível de competição e avaliar se vale a pena entrar. Por fim, definir qual será o diferencial da empresa para atrair clientes. “As oportunidades existem, mas devemos tomar nossas decisões de forma muito coerente, fazendo uma análise estratégica antes de tomar decisões e investir nos recursos financeiros.”

A situação dos pequenos negócios 2j191o

Hugo Santarem Rodrigues/Divulgação - Kennyston Lago, analista do Sebrae

Desde o início da crise sanitária, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem publicado relatórios mensais sobre o impacto da pandemia. O último levantamento mostra que, no Distrito Federal, a taxa de fechamento de empresas foi 6% superior à média nacional. Entre as firmas abertas, 63% dos donos de pequenos empreendimentos dizem estar funcionando com mudanças por causa da crise. Além disso, 83% afirmam que o faturamento caiu nos últimos meses. No cenário nacional, o número de empresas que alegam estar com o faturamento abaixo do normal tem diminuído lentamente, ando de 89%, em março, para 77%, em setembro.

“Essa redução tem a ver com o movimento conjuntural de reabertura da economia”, explica Kennyston Lago, analista da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae e doutor em psicologia pela Universidade de Brasília (UnB). Os segmentos que mais sofrem são aqueles com mais dificuldades em implementar o distanciamento social, como feiras, shoppings populares, serviços feitos na casa do cliente e ambulantes. “Se a gente continuar em um cenário sem vacina e sem medidas restritivas, a tendência é que esses setores subam aos poucos”, afirma.

Dicas de como manter o negócio durante a pandemia 3k1r6j

Arquivo Pessoal - Luiz David Lourenço, economista pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade de São Paulo (USP)

Confira dicas do economista Luiz David Lourenço, pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade de São Paulo (USP) e banking pela Fundação Getulio Vargas (FGV):

Adie o pagamento do Simples
Para quem está enquadrado na modalidade Simples Nacional, o governo federal prorrogou o prazo de pagamentos das notas. Além disso, para não demitir os funcionários, as empresas podem entrar em um acordo e reduzir a jornada e o salário dos colaboradores pela metade.

Procure se capacitar
Que tal reservar um tempo do dia para realizar um curso de capacitação? Busque algo que possa se encaixar na rotina. Os empreendedores que estiverem mais capacitados e preparados vão conseguir se levantar mais rapidamente.

Interaja com clientes
É extremamente importante manter-se próximo da freguesia. Para quem oferece serviços, usar as redes sociais para conversar e interagir com os seguidores é uma ótima alternativa.

Aposte na venda on-line
Utilize as mídias a seu favor e explore canais de vendas on-line. Muitas pessoas estão comprando apenas via delivery, então o importante é oferecer preços atrativos e diferenciais para se destacar da concorrência.

Faça promoções
Sabe aquele produto que já está há um bom tempo no estoque? Então, esse é o momento de colocar um preço atrativo e fazer com que ele tenha procura. Diversificar o estoque também é importante.

Pesquise opções de crédito
A solução é comparar os bancos que estão oferecendo modalidades diferenciadas, com as maiores carências e os menores juros.

Negocie contas
Mantenha o controle do caixa e procure reduzir custos neste momento. É possível negociar o aluguel do espaço, reduzir a conta de energia e os contratos com serviços terceirizados.

Organize as despesas
Projete gastos e receitas dos meses subsequentes: o ideal é separar as despesas pelo tipo de gasto. Dessa forma, é possível saber a quantia necessária para cada despesa e o quanto será preciso para manter o negócio pelos próximos meses.

O cuidado com os pets não para 2u23p

Arquivo Pessoal - Diogo Barbosa: "Futuramente, quero ter mais vans para conseguir suprir o Distrito Federal todo"

De acordo com o Sebrae, os pet shops estão entre os negócios menos afetados pela crise. “Em casa, as pessoas começaram a cuidar mais e adotaram bichinhos e os pet shops foram enquadrados como serviço essencial”, diz Kennyston Lago, do Sebrae. Até hoje, há tutores que não arriscam levar os animais para os estabelecimentos convencionais. Foi pensando nisso que o Pet Móvel Lavando Cão conquistou diversos clientes ao oferecer segurança e praticidade ao atender aos animais a domicílio no Lago Norte, Asa Norte, Asa Sul, Sudoeste e Cruzeiro.

Diogo Barbosa, 27 anos, estaciona a van em frente à casa do cliente e faz o atendimento de banho e tosa. Ele já oferecia o serviço antes e, com a pandemia, a demanda aumentou muito. “Ficou bem corrido, precisei contratar um ajudante. A clientela é maior do que antes”, conta. “Eu sempre usei máscara, luvas e álcool em gel e quase não tenho contato com o cliente”, afirma. O movimento continua intenso nos fins de semana e a meta é expandir o negócio em breve. “Futuramente, quero ter mais vans para conseguir suprir o Distrito Federal todo.O pessoal de Águas Claras e do Lago Sul me liga bastante, quero começar aumentando por lá”, revela.

Valdo Virgo/D.A Press - .

Driblando a crise 2o6z4j

Conhecido em Brasília pela venda de materiais de costura e fantasias, o Armarinho Milano completa 53 anos em 2020. Sob a direção de Paulo D'ávila Milano, 56, filho mais velho do fundador da loja, Stefano Milano, o armarinho tem driblado a crise para permanecer de pé. Quando as cinco lojas precisaram fechar por causa da pandemia, Paulo conta que ou semanas sem dormir e planejando o que iria fazer. “A preocupação foi enorme. Nós tínhamos compromissos, 55 funcionários e pouca informação do que estava acontecendo”, relata o matemático.

Arquivo Pessoal - Paulo e Marilene Milano realocaram os gastos e abriram uma loja virtual para o Armarinho Milano

Com a ajuda da família, o primeiro o foi investir em um projeto de longa data que ainda não tinha saído do papel: a loja virtual. “Por coincidência, minha esposa, Marilene Milano, que é da área da tecnologia, se aposentou e assumiu essa parte. Ela contratou as empresas necessárias para a formação do site e incrementou as vendas por WhatsApp”, diz. Paulo adiantou férias, afastou funcionários do grupo de risco e ficou com parte da equipe concentrada em uma única loja para fazer entregas. Assim que liberado, reabriu mantendo cuidados, como aferição de temperatura, uso de máscaras e controle do número de pessoas dentro do espaço.

Duas lojas precisaram ser fechadas, mas para que outras duas fossem abertas. Os custos para manter uma unidade num shopping ficaram muito altos e gerando pouca rentabilidade, enquanto com a filial de Taguatinga ele teve problemas para negociar o aluguel. A verba foi realocada para inaugurar novos endereços em Sobradinho e no Sudoeste. As outras lojas ficam em Asa Sul, Asa Norte e Águas Claras. Em todo esse trâmite, ninguém foi demitido. Na verdade, foram 10 novas contratações.

Segundo Paulo, cerca de 40% dos lucros das lojas vinham de fantasias e órios para festas. Com o isolamento social, eventos como as tradicionais festas juninas e o dia das bruxas foram cancelados e a empresa sofreu prejuízos. Em contrapartida, os artigos para artesanato ganharam espaço. “Pelo fato de as pessoas estarem mais em casa, nós tivemos crescimento na venda de materiais para tricô, crochê, bordado”, conta. A meta para o ano é empatar com o faturamento de 2019.

Segurando as pontas 716h2b

Arquivo Pessoal - As irmãs Márcia e Andréia e a mãe, Maria Madalena, em nova loja

Em 2 de junho de 1996, a primeira loja da Casa de Biscoitos Mineiros foi inaugurada na Asa Norte. Com o tempo, os quitutes da mineira Maria Madalena Teixeira conquistaram brasilienses e a marca cresceu. Hoje, sob o comando de Márcia Teixeira, 50, e seus quatro irmãos, filhos de Maria Madalena, a rede tem seis unidades. Pouco antes de a pandemia começar, tinham aberto mais dois pontos de vendas, um em Águas Claras e outro no Sudoeste. A crise sanitária foi um baque. “Respirei fundo, fechei por dois dias para a gente se organizar e logo voltamos a funcionar com os cuidados e a proteção dos funcionários”, comenta Márcia.

Os primeiros meses não foram fáceis. As lojas reabriram sem mesas, com adaptação nos horários de produção para evitar aglomeração de funcionários e alto custo com produtos de higiene. Para segurar as pontas, foi preciso suspender contratos e pegar empréstimos. “Nós não aumentamos os preços, tivemos que bancar a loja para ela funcionar. O custo estava acima da venda”, relata. Mesmo com as dificuldades, a Casa de Biscoitos Mineiros aceitou a proposta de abrir uma nova loja em uma livraria de um shopping.

“Ficamos de novo em um ime, pensando se deveríamos arriscar. Agora, está indo muito bem, melhor do que nós esperávamos”, revela. “Há pouco mais de um mês, nós colocamos as mesas e as pessoas estão começando a voltar a comer na loja”, comenta. Com todo o esforço, ninguém precisou ser demitido. Somando as contratações para as novas lojas, são aproximadamente 400 colaboradores na casa. “A loja se manteve fiel aos funcionários e aos clientes”, diz. O objetivo agora é equilibrar as vendas, pagar os empréstimos, organizar as finanças e continuar mantendo os funcionários. “aremos os próximos quatro anos pagando muitas dívidas, mas vamos conseguir”, reflete Márcia.

Do trailer ao restaurante 1d66a

Arquivo Pessoal - Márcio Precioso: "Inicialmente, a pandemia trouxe medo, mas depois trouxe prosperidade"

Por todo o Distrito Federal, é possível encontrar hamburguerias artesanais. Não é só o sabor dos pratos que atrai os clientes. Os espaços serviam como ponto de encontro de amigos e familiares. A pandemia trazia um grande risco, mas há estabelecimentos do ramo que não só se mantiveram, como cresceram. Esse é o caso da Hamburgueria do Vaka, em Ceilândia, que em breve se tornará a Casa do Vaka, atualmente em obras.

Há três anos, o amante de culinária Márcio Precioso, 34, ou Vaka, como é conhecido, ou a vender hambúrgueres num trailer. Popular entre os clientes, logo mudou a empresa para um espaço físico. Nos primeiros meses de pandemia, o empresário manteve a loja funcionando para retirada de produtos e se registrou em aplicativos de delivery para fazer entregas. “Com isso, nós conseguimos crescer. Em um único dia, vendemos entre 400 e 500 hambúrgueres”, conta o ex-corretor de plano de saúde. “Inicialmente, a pandemia trouxe medo, mas depois trouxe prosperidade”, comemora.

Com o faturamento em alta, em breve, a hamburgueria se transformará em um restaurante voltado para churrascos e parrillas, mas mantendo os sanduíches no cardápio. “Tudo que eu consegui nesses três anos apostei nessa loja maior”, diz. Na nova loja, onde Márcio está investindo R$ 100 mil, a equipe de cinco funcionários deve dobrar. A projeção é de que em um ano o investimento retorne. “Estou conseguindo gerar empregos, me sustentar e dar uma educação boa para o meu filho. É um privilégio que a hamburgueria possa me proporcionar isso”, frisa.

 

*Estagiária sob a supervisão da subeditora Ana Paula Lisboa