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No entanto, a entidade alerta que, da forma como foi estruturado, o exame n&atilde;o impedir&aacute; que m&eacute;dicos malformados ingressem no mercado de trabalho, colocando em risco a assist&ecirc;ncia &agrave; popula&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">"O Enamed &eacute; um instrumento que vai levar informa&ccedil;&otilde;es para o&nbsp;MEC em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; qualidade do m&eacute;dico que est&aacute; sendo formado. Agora, as consequ&ecirc;ncias dessas informa&ccedil;&otilde;es, pelo menos, no que foi publicado nas portarias, n&atilde;o t&ecirc;m nenhuma repercuss&atilde;o em coibir m&eacute;dicos malformados ou cursos de medicina inadequados", afirma Alcindo Cerci, coordenador da Comiss&atilde;o de Ensino M&eacute;dico do CFM.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:</strong>&nbsp;<a href="/opiniao/2025/02/7059462-artigo-a-formacao-medica-no-brasil-esta-em-risco.html" target="_blank">Artigo: A forma&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica no Brasil est&aacute; em risco?</a></li> </ul> <p class="texto">Segundo o m&eacute;dico, o Exame Nacional de Profici&ecirc;ncia em Medicina, em tramita&ccedil;&atilde;o no Senado Federal, seria a forma mais adequada de garantir a seguran&ccedil;a da sociedade: "O nosso pensamento &eacute; que o exame de sufici&ecirc;ncia m&eacute;dica, que &eacute; para habilitar o m&eacute;dico ao trabalho e n&atilde;o para avaliar a forma&ccedil;&atilde;o da faculdade da qual ele veio, &eacute; o melhor instrumento que tem hoje para que a gente possa dizer para a popula&ccedil;&atilde;o que aquele m&eacute;dico est&aacute; adequadamente habilitado para trabalhar."</p> <p class="texto">Com in&iacute;cio das inscri&ccedil;&otilde;es previstas para julho, o Enamed ser&aacute; aplicado de forma obrigat&oacute;ria a todo os estudantes concluintes de medicina no pa&iacute;s. 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Al&eacute;m disso, oferece a possibilidade, de maneira opcional, de uso da nota obtida para o Enare, um dos v&aacute;rios concursos de resid&ecirc;ncia m&eacute;dica feitos no Brasil.</p> <ul> <li><strong><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong></strong><a href="/brasil/2025/05/7133775-pela-primeira-vez-na-historia-mulheres-sao-maioria-entre-medicos.html" target="_blank">Pela primeira vez na hist&oacute;ria, mulheres s&atilde;o maioria entre m&eacute;dicos</a></li> </ul> <p class="texto">"O peso dele (Enamed) para a entrada em resid&ecirc;ncias m&eacute;dicas est&aacute; vinculado apenas ao Enare, que n&atilde;o deve chegar a 30% das vagas de resid&ecirc;ncia no pa&iacute;s. Mesmo assim, existe uma opcionalidade de se utilizar essa nota como nota oficial do Enare. Ent&atilde;o, o aluno faz a prova no sexto ano e, se ele sentir que n&atilde;o est&aacute; preparado ou que ainda vai evoluir ao longo do tempo at&eacute; a prova oficial de resid&ecirc;ncia, que &eacute; novembro e dezembro, talvez ele use essa nota, talvez ele fa&ccedil;a o Enare ou outro tipo de concurso de resid&ecirc;ncia m&eacute;dica", esclarece Alcindo Cerci.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/30/alcindo_cerci_cfm-50897829.jpg" width="2880" height="1921" layout="responsive" alt="Alcindo Cerci, do CFM: &quot;Demanda antiga da categoria&quot;"></amp-img> <figcaption>Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>Alcindo Cerci, do CFM: &quot;Demanda antiga da categoria&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Segundo o coordenador, o exame obrigat&oacute;rio pode at&eacute; motivar maior dedica&ccedil;&atilde;o dos estudantes, mas n&atilde;o garante melhorias reais na avalia&ccedil;&atilde;o institucional. "O que talvez possa acontecer &eacute; que o estudante possa se dedicar mais para fazer a prova do Enamed, porque ele sabe que vai utilizar aquela nota para algo. No entanto, o objetivo do Enade &eacute; avaliar a qualidade da institui&ccedil;&atilde;o (de ensino). Ent&atilde;o, ser&atilde;o criados cursinhos para que o aluno fa&ccedil;a um Enamed bom, n&atilde;o porque ele vai avaliar a institui&ccedil;&atilde;o, mas porque ele quer a nota para ar no Enare. Por isso, eu n&atilde;o vejo que isso seja um ciclo completamente virtuoso."</p> <h3>Demanda antiga</h3> <p class="texto">Apesar dos questionamentos envolvendo a efici&ecirc;ncia do procedimento, "que devem ser debatidos pela sociedade", Cerci tamb&eacute;m reconhece que a cria&ccedil;&atilde;o do exame atende a uma demanda antiga da categoria. "N&oacute;s estamos muito felizes em rela&ccedil;&atilde;o a esse novo exame. Por 20 anos, o Conselho Federal de Medicina vem dizendo que temos m&eacute;dicos malformados, temos abertura de muitos cursos de medicina e que a popula&ccedil;&atilde;o est&aacute; em risco. E, aparentemente, o MEC e o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de nos escutaram e est&atilde;o tentando implementar algo que, no futuro, possa melhorar."</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/opiniao/2023/09/5128205-visao-do-correioum-alerta-na-medicina.html" target="_blank">Vis&atilde;o do Correio:&nbsp;um alerta na medicina</a>&nbsp;</li> </ul> <p class="texto">Para ilustrar a gravidade do atual cen&aacute;rio, ele cita dados do Enade 2023: "N&oacute;s formamos 7.373 m&eacute;dicos que vieram de institui&ccedil;&otilde;es que tiveram nota 1 e 2. Ou seja, institui&ccedil;&otilde;es que deveriam ser fechadas. E esses estudantes entraram no mercado de trabalho como m&eacute;dicos. Isso foi somente a avalia&ccedil;&atilde;o de 305 cursos de medicina em 2023. Hoje, n&oacute;s temos 440, quase 150 a mais abertos, principalmente, em faculdades particulares, sem campo de est&aacute;gio adequado."</p> <p class="texto">O problema se agrava diante do aumento recorde no n&uacute;mero de m&eacute;dicos no pa&iacute;s. Segundo o levantamento Demografia M&eacute;dica 2023, o Brasil ultraou a marca de 600 mil m&eacute;dicos em atividade &mdash; um crescimento de 117% nas &uacute;ltimas duas d&eacute;cadas. Para o CFM, esse avan&ccedil;o num&eacute;rico n&atilde;o foi acompanhado por investimentos estruturais compat&iacute;veis em forma&ccedil;&atilde;o, fiscaliza&ccedil;&atilde;o e qualidade assistencial, o que pode representar um risco &agrave; sa&uacute;de da popula&ccedil;&atilde;o. "Imagina fazer uma prova no sexto ano, e que voc&ecirc;, ando ou n&atilde;o ando, tirando nota alta ou baixa, em dois, tr&ecirc;s meses depois, continua sendo m&eacute;dico. Esse &eacute; o ponto que a gente precisa discutir", destaca Cerci.</p> <h3>"OAB da medicina"</h3> <p class="texto">Segundo a <em>Ag&ecirc;ncia Senado</em>, com o Projeto de Lei n&deg; 2.294/2024, de autoria do senador Astronauta Marcos Pontes (PL/SP), "os m&eacute;dicos s&oacute; poder&atilde;o se registrar no Conselho Regional de Medicina (CRM) se forem aprovados no Exame Nacional de Profici&ecirc;ncia em Medicina, sendo dispensados os j&aacute; inscritos no CRM e os alunos que tiverem ingressado no curso antes da vig&ecirc;ncia da lei". No momento,&nbsp;o projeto aguarda audi&ecirc;ncia na Comiss&atilde;o de Assuntos Sociais (CAS) da Casa.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2025/04/7104295-faculdade-sirio-libanes-lanca-curso-de-graduacao-em-medicina-inscricoes-em-abril.html" target="_blank">Faculdade S&iacute;rio-Liban&ecirc;s lan&ccedil;a curso de medicina com mensalidade de 12,4 mil; inscri&ccedil;&otilde;es em abril</a></li> </ul> <p class="texto">Embora o CFM defenda a cria&ccedil;&atilde;o do Exame Nacional de Profici&ecirc;ncia em Medicina como etapa obrigat&oacute;ria ap&oacute;s a gradua&ccedil;&atilde;o, a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educa&ccedil;&atilde;o (Semesp), unidade do MEC, entende que o Enamed representa um instrumento eficaz para o fortalecimento da forma&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica, desde que respeite as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e as especificidades de cada institui&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="texto">A secretaria tamb&eacute;m se posiciona contra a proposta em tramita&ccedil;&atilde;o no Congresso que prev&ecirc; a aplica&ccedil;&atilde;o de um exame adicional, nos moldes de uma "OAB da medicina". Na avalia&ccedil;&atilde;o do &oacute;rg&atilde;o, a medida refor&ccedil;a uma l&oacute;gica punitiva, sobrecarrega os estudantes e n&atilde;o contribui efetivamente para melhorar a qualidade da forma&ccedil;&atilde;o ou da assist&ecirc;ncia em sa&uacute;de.</p> <h3>Especialistas</h3> <p class="texto">Augusto Coelho, s&oacute;cio-fundador do grupo MedCof, que oferece cursos extensivos e programados para resid&ecirc;ncia m&eacute;dica e especializa&ccedil;&atilde;o, enxerga o exame como uma oportunidade de padronizar a avalia&ccedil;&atilde;o da forma&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica. "O Enamed vai resolver um problema importante, o de avaliar se os alunos das faculdades de medicina de todo o Brasil atendem a requisitos de aprendizado, e vai nos permitir estudar melhor como esses alunos ret&ecirc;m as diretrizes curriculares esperadas na medicina. O impacto do Enamed pode ser maior e proporcional &agrave; ader&ecirc;ncia de novas institui&ccedil;&otilde;es, e nesse sentido pode facilitar o o &agrave; resid&ecirc;ncia, principalmente, em vagas vacantes com grande interesse ao SUS."</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/28/whatsapp_image_2025_04_25_at_16_11_58-50721576.jpeg" width="1920" height="1922" layout="responsive" alt="Osvaldo Sampaio, da UCB: &quot;Vantagem para todos&quot;"></amp-img> <figcaption>Patricy Albuquerque - <b>Osvaldo Sampaio, da UCB: &quot;Vantagem para todos&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Nesse sentido, o coordenador do curso de medicina da Universidade Cat&oacute;lica de Bras&iacute;lia (UCB), Osvaldo Sampaio, acredita que o exame &eacute; um grande o em termos de melhorar tanto a qualidade dos cursos quanto a disposi&ccedil;&atilde;o do aluno em realizar essa avalia&ccedil;&atilde;o. "O fato de ser anual permite que os cursos que t&ecirc;m um bom rendimento mantenham esse desempenho e que cursos que apresentarem um rendimento menor possam fazer corre&ccedil;&otilde;es. &Eacute; uma vantagem para todas as institui&ccedil;&otilde;es", acredita.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/vestibular-e-pas/2025/02/7058304-moradora-de-taguatinga-filha-de-pedreiro-e-aprovada-4-vezes-em-medicina.html" target="_blank">Moradora de Taguatinga, filha de pedreiro &eacute; aprovada 4 vezes em medicina</a></li> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/vestibular-e-pas/2025/02/7049490-a-jovem-que-frequentou-escola-no-campo-e-ira-cursar-medicina.html" target="_blank">A jovem que frequentou escola no campo e vai cursar medicina</a></li> </ul> <p class="texto">Na Universidade de Bras&iacute;lia, o professor Geraldo Magela Fernandes, tamb&eacute;m coordenador do curso de medicina, encara a medida como um avan&ccedil;o importante, mas observa lacunas no modelo. "O Enade, que a gente tem hoje, n&atilde;o consegue avaliar todas as compet&ecirc;ncias envolvidas, nem dos estudantes nem dos cursos. Ent&atilde;o, eu vejo com bons olhos esse projeto do Enamed, mas ele ainda n&atilde;o &eacute; pleno, n&atilde;o avalia os cursos como um todo, e tamb&eacute;m n&atilde;o resolve o problema da forma&ccedil;&atilde;o profissional ruim. Se a gente garantisse que todo m&eacute;dico brasileiro asse por um programa de resid&ecirc;ncia, seria uma evolu&ccedil;&atilde;o exorbitante na qualidade da forma&ccedil;&atilde;o", pontua o docente.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/28/whatsapp_image_2025_04_28_at_15_40_40-50721518.jpeg" width="1920" height="2560" layout="responsive" alt="Geraldo Magela, da UnB: &quot;Exame ainda n&atilde;o &eacute; pleno&quot;"></amp-img> <figcaption>Geraldo Fernandes - <b>Geraldo Magela, da UnB: &quot;Exame ainda n&atilde;o &eacute; pleno&quot;</b></figcaption> </div></p> <h3>Populariza&ccedil;&atilde;o</h3> <p class="texto">Entre os estudantes, h&aacute; expectativas de que o Enamed contribua para uma forma&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica mais s&oacute;lida. Lucas Teles, 23 anos, cursa&nbsp;o 11&ordm; semestre de medicina na UnB&nbsp;e acredita que o debate sobre qualidade deve estar atrelado &agrave; equidade na distribui&ccedil;&atilde;o de profissionais. "A gente tem poucos m&eacute;dicos nas regi&otilde;es perif&eacute;ricas e muitos m&eacute;dicos na regi&atilde;o central."</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/30/30042025ea_30-50879539.jpg" width="3091" height="1929" layout="responsive" alt="Lucas Teles, 23 anos, no 11&ordm; semestre do curso na UnB, defende uma melhor distribui&ccedil;&atilde;o de profissionais"></amp-img> <figcaption> Ed Alves CB/DA Press - <b>Lucas Teles, 23 anos, no 11&ordm; semestre do curso na UnB, defende uma melhor distribui&ccedil;&atilde;o de profissionais</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Lucas tamb&eacute;m acredita que a resid&ecirc;ncia, mesmo sendo um processo opcional, tornou-se uma etapa quase obrigat&oacute;ria para egressos. "Hoje, &eacute; cada vez mais necess&aacute;ria a resid&ecirc;ncia para o m&eacute;dico rec&eacute;m-formado. Fora isso, ele vai ter somente a forma&ccedil;&atilde;o da gradua&ccedil;&atilde;o. Ent&atilde;o, a gente precisa que essa forma&ccedil;&atilde;o seja boa, porque, de qualquer forma, ele vai estar no mercado de trabalho, vai ser o respons&aacute;vel pela vida do paciente."</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/vestibular-e-pas/2025/02/7051567-estudante-comemora-primeiro-lugar-em-medicina-pelo-vestibular-da-unb.html" target="_blank">Estudante comemora primeiro lugar em medicina pelo vestibular da UnB</a></li> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/vestibular-e-pas/2025/02/7055562-conheca-o-primeiro-lugar-em-medicina-da-unb-terceiro-no-campus-darcy-ribeiro.html" target="_blank">PAS 3: conhe&ccedil;a o primeiro lugar em medicina da UnB; terceiro no c&acirc;mpus Darcy Ribeiro</a></li> </ul> <p class="texto">Para Julia Rodrigues, aluna do 7&ordm; semestre de medicina na UCB, o Enare se consolidou como objetivo para quem planeja seguir na resid&ecirc;ncia. "Eu acho que &eacute; o mais falado, o que o povo mais foca, inclusive, eu", compartilha. De acordo com Osvaldo, apesar de o ingresso nas resid&ecirc;ncias n&atilde;o ser facilitado, o concurso deve se popularizar ainda mais com o novo programa:&nbsp; "Acho que existe uma tend&ecirc;ncia das resid&ecirc;ncias aderirem ao Enare, o que tamb&eacute;m fortalece a avalia&ccedil;&atilde;o do Enamed."</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/28/whatsapp_image_2025_04_25_at_16_01_19-50721607.jpeg" width="2572" height="1929" layout="responsive" alt="Julia Rodrigues, estudante do 7&deg; semestre de medicina na UCB, quer ingressar na resid&ecirc;ncia pelo Enare"></amp-img> <figcaption>Samuel Paz - <b>Julia Rodrigues, estudante do 7&deg; semestre de medicina na UCB, quer ingressar na resid&ecirc;ncia pelo Enare</b></figcaption> </div></p> <p class="texto"><strong>*Estagi&aacute;rio sob a supervis&atilde;o de Marina Rodrigues</strong></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/ensino-superior/2025/05/7134559-undf-abre-vagas-para-tres-novos-cursos-inscricoes-ate-18-5.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/02/whatsapp_image_2025_05_02_at_17_41_39-51093417.jpeg" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ensino superior</strong> <span> UnDF abre vagas para três novos cursos; inscrições até 18/5</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/cultura/2025/05/7133225-dicionario-tematico-tem-biografia-de-academicas-do-centro-oeste.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/01/675x450/1_whatsapp_image_2025_05_01_at_15_49_12-50993998.jpeg?20250502111808" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cultura</strong> <span>Dicionário temático tem biografia de acadêmicas do centro-oeste</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2025/04/7132126-pela-primeira-vez-mulheres-sao-maioria-entre-medicos-no-brasil.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/30/pexels_polina_tankilevitch_5234505-50917303.jpg?20250430224044" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Trabalho & Formação</strong> <span>Pela primeira vez, mulheres são maioria entre médicos no Brasil</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/30/675x450/1_30042025ea_39-50879227.jpg?20250502205646?20250502205646", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Correio Braziliense" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 3u5i5x

Eu, Estudante 361s45

formação médica

CFM apoia Enamed, mas alerta que exame não impede atuação de médicos malformados 1z6i4v

Conselho Federal de Medicina considera a nova avaliação criada pelo MEC um avanço, mas acredita que apenas o Exame de Proficiência, em tramitação no Senado, garante profissionais habilitados para o mercado 1n3412

Artur Maldaner*, Marina Rodrigues

O Conselho Federal de Medicina (CFM) avalia positivamente a criação do Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), lançado pelo Ministério da Educação (MEC) em abril. No entanto, a entidade alerta que, da forma como foi estruturado, o exame não impedirá que médicos malformados ingressem no mercado de trabalho, colocando em risco a assistência à população.

"O Enamed é um instrumento que vai levar informações para o MEC em relação à qualidade do médico que está sendo formado. Agora, as consequências dessas informações, pelo menos, no que foi publicado nas portarias, não têm nenhuma repercussão em coibir médicos malformados ou cursos de medicina inadequados", afirma Alcindo Cerci, coordenador da Comissão de Ensino Médico do CFM.

Segundo o médico, o Exame Nacional de Proficiência em Medicina, em tramitação no Senado Federal, seria a forma mais adequada de garantir a segurança da sociedade: "O nosso pensamento é que o exame de suficiência médica, que é para habilitar o médico ao trabalho e não para avaliar a formação da faculdade da qual ele veio, é o melhor instrumento que tem hoje para que a gente possa dizer para a população que aquele médico está adequadamente habilitado para trabalhar."

Com início das inscrições previstas para julho, o Enamed será aplicado de forma obrigatória a todo os estudantes concluintes de medicina no país. A prova, organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), é resultado da unificação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e do Exame Nacional de Residência (Enare), até então aplicados separadamente.

Eficiência  3u244q

Previsto para ocorrer anualmente, o Enamed representa, portanto, uma modificação do Enade — realizado uma vez por ano para avaliar a qualidade dos cursos de licenciatura, e a cada três anos para os demais. Além disso, oferece a possibilidade, de maneira opcional, de uso da nota obtida para o Enare, um dos vários concursos de residência médica feitos no Brasil.

"O peso dele (Enamed) para a entrada em residências médicas está vinculado apenas ao Enare, que não deve chegar a 30% das vagas de residência no país. Mesmo assim, existe uma opcionalidade de se utilizar essa nota como nota oficial do Enare. Então, o aluno faz a prova no sexto ano e, se ele sentir que não está preparado ou que ainda vai evoluir ao longo do tempo até a prova oficial de residência, que é novembro e dezembro, talvez ele use essa nota, talvez ele faça o Enare ou outro tipo de concurso de residência médica", esclarece Alcindo Cerci.

Divulgação - Alcindo Cerci, do CFM: "Demanda antiga da categoria"

Segundo o coordenador, o exame obrigatório pode até motivar maior dedicação dos estudantes, mas não garante melhorias reais na avaliação institucional. "O que talvez possa acontecer é que o estudante possa se dedicar mais para fazer a prova do Enamed, porque ele sabe que vai utilizar aquela nota para algo. No entanto, o objetivo do Enade é avaliar a qualidade da instituição (de ensino). Então, serão criados cursinhos para que o aluno faça um Enamed bom, não porque ele vai avaliar a instituição, mas porque ele quer a nota para ar no Enare. Por isso, eu não vejo que isso seja um ciclo completamente virtuoso."

Demanda antiga 6g3072

Apesar dos questionamentos envolvendo a eficiência do procedimento, "que devem ser debatidos pela sociedade", Cerci também reconhece que a criação do exame atende a uma demanda antiga da categoria. "Nós estamos muito felizes em relação a esse novo exame. Por 20 anos, o Conselho Federal de Medicina vem dizendo que temos médicos malformados, temos abertura de muitos cursos de medicina e que a população está em risco. E, aparentemente, o MEC e o Ministério da Saúde nos escutaram e estão tentando implementar algo que, no futuro, possa melhorar."

Para ilustrar a gravidade do atual cenário, ele cita dados do Enade 2023: "Nós formamos 7.373 médicos que vieram de instituições que tiveram nota 1 e 2. Ou seja, instituições que deveriam ser fechadas. E esses estudantes entraram no mercado de trabalho como médicos. Isso foi somente a avaliação de 305 cursos de medicina em 2023. Hoje, nós temos 440, quase 150 a mais abertos, principalmente, em faculdades particulares, sem campo de estágio adequado."

O problema se agrava diante do aumento recorde no número de médicos no país. Segundo o levantamento Demografia Médica 2023, o Brasil ultraou a marca de 600 mil médicos em atividade — um crescimento de 117% nas últimas duas décadas. Para o CFM, esse avanço numérico não foi acompanhado por investimentos estruturais compatíveis em formação, fiscalização e qualidade assistencial, o que pode representar um risco à saúde da população. "Imagina fazer uma prova no sexto ano, e que você, ando ou não ando, tirando nota alta ou baixa, em dois, três meses depois, continua sendo médico. Esse é o ponto que a gente precisa discutir", destaca Cerci.

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Segundo a Agência Senado, com o Projeto de Lei n° 2.294/2024, de autoria do senador Astronauta Marcos Pontes (PL/SP), "os médicos só poderão se registrar no Conselho Regional de Medicina (CRM) se forem aprovados no Exame Nacional de Proficiência em Medicina, sendo dispensados os já inscritos no CRM e os alunos que tiverem ingressado no curso antes da vigência da lei". No momento, o projeto aguarda audiência na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Casa.

Embora o CFM defenda a criação do Exame Nacional de Proficiência em Medicina como etapa obrigatória após a graduação, a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), unidade do MEC, entende que o Enamed representa um instrumento eficaz para o fortalecimento da formação médica, desde que respeite as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) e as especificidades de cada instituição.

A secretaria também se posiciona contra a proposta em tramitação no Congresso que prevê a aplicação de um exame adicional, nos moldes de uma "OAB da medicina". Na avaliação do órgão, a medida reforça uma lógica punitiva, sobrecarrega os estudantes e não contribui efetivamente para melhorar a qualidade da formação ou da assistência em saúde.

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Augusto Coelho, sócio-fundador do grupo MedCof, que oferece cursos extensivos e programados para residência médica e especialização, enxerga o exame como uma oportunidade de padronizar a avaliação da formação médica. "O Enamed vai resolver um problema importante, o de avaliar se os alunos das faculdades de medicina de todo o Brasil atendem a requisitos de aprendizado, e vai nos permitir estudar melhor como esses alunos retêm as diretrizes curriculares esperadas na medicina. O impacto do Enamed pode ser maior e proporcional à aderência de novas instituições, e nesse sentido pode facilitar o o à residência, principalmente, em vagas vacantes com grande interesse ao SUS."

Patricy Albuquerque - Osvaldo Sampaio, da UCB: "Vantagem para todos"

Nesse sentido, o coordenador do curso de medicina da Universidade Católica de Brasília (UCB), Osvaldo Sampaio, acredita que o exame é um grande o em termos de melhorar tanto a qualidade dos cursos quanto a disposição do aluno em realizar essa avaliação. "O fato de ser anual permite que os cursos que têm um bom rendimento mantenham esse desempenho e que cursos que apresentarem um rendimento menor possam fazer correções. É uma vantagem para todas as instituições", acredita.

Na Universidade de Brasília, o professor Geraldo Magela Fernandes, também coordenador do curso de medicina, encara a medida como um avanço importante, mas observa lacunas no modelo. "O Enade, que a gente tem hoje, não consegue avaliar todas as competências envolvidas, nem dos estudantes nem dos cursos. Então, eu vejo com bons olhos esse projeto do Enamed, mas ele ainda não é pleno, não avalia os cursos como um todo, e também não resolve o problema da formação profissional ruim. Se a gente garantisse que todo médico brasileiro asse por um programa de residência, seria uma evolução exorbitante na qualidade da formação", pontua o docente.

Geraldo Fernandes - Geraldo Magela, da UnB: "Exame ainda não é pleno"

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Entre os estudantes, há expectativas de que o Enamed contribua para uma formação médica mais sólida. Lucas Teles, 23 anos, cursa o 11º semestre de medicina na UnB e acredita que o debate sobre qualidade deve estar atrelado à equidade na distribuição de profissionais. "A gente tem poucos médicos nas regiões periféricas e muitos médicos na região central."

Ed Alves CB/DA Press - Lucas Teles, 23 anos, no 11º semestre do curso na UnB, defende uma melhor distribuição de profissionais

Lucas também acredita que a residência, mesmo sendo um processo opcional, tornou-se uma etapa quase obrigatória para egressos. "Hoje, é cada vez mais necessária a residência para o médico recém-formado. Fora isso, ele vai ter somente a formação da graduação. Então, a gente precisa que essa formação seja boa, porque, de qualquer forma, ele vai estar no mercado de trabalho, vai ser o responsável pela vida do paciente."

Para Julia Rodrigues, aluna do 7º semestre de medicina na UCB, o Enare se consolidou como objetivo para quem planeja seguir na residência. "Eu acho que é o mais falado, o que o povo mais foca, inclusive, eu", compartilha. De acordo com Osvaldo, apesar de o ingresso nas residências não ser facilitado, o concurso deve se popularizar ainda mais com o novo programa:  "Acho que existe uma tendência das residências aderirem ao Enare, o que também fortalece a avaliação do Enamed."

Samuel Paz - Julia Rodrigues, estudante do 7° semestre de medicina na UCB, quer ingressar na residência pelo Enare

*Estagiário sob a supervisão de Marina Rodrigues

"OAB da medicina" 3195u

» Conforme o Projeto de Lei n° 2.294/2024, de autoria do senador Astronauta Marcos Pontes (PL/SP), os médicos só poderão se registrar no Conselho Regional de Medicina (CRM) se forem aprovados no Exame Nacional de Proficiência em Medicina, sendo dispensados os já inscritos no CRM e os alunos que tiverem ingressado no curso antes da vigência da lei. No momento, o projeto aguarda audiência na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Casa.

Fonte: Senado