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Ou tossem, espirram e cospem para o ch&atilde;o, sem complexos)</p> </li> <li><strong>Home office </strong>(trabalho remoto)<br /></li> <li><strong>Cloroquineers </strong>(quem acredita na cloroquina)<br /></li> <li><strong>Covid&ecirc;s </strong>(conjunto de termos e express&otilde;es oriundos da pandemia do covid-19)<br /></li> <li><strong>Cloroquinista </strong>(defensores da cloroquina)<br /></li> <li><strong>Desconfinado </strong>(infectado que saiu do per&iacute;odo de confinamento)<br /></li> <li><strong>Covidiota</strong> (covid+idiota) <br /></li> <li><strong><em>Zumping</em></strong> (zoom+<em>dumping</em>)<br /></li> <li><strong>Alquingel </strong>(g&iacute;ria para &aacute;lcool em gel)<br /></li> <li><strong>Confinast&ecirc;</strong> (confinamento+namast&ecirc;)<br /></li> <li><strong>Carentena</strong> (carente+quarentena<br /></li> <li><strong>Coronaro</strong> (Coronavirus+Bolsonaro)<br /></li> <li><strong>Covidar</strong> (Covid+Convidar e/ou Conversar)<br /></li> <li><strong><em>Coronabonds</em></strong> (Coronav&iacute;rus+<em>Bonds</em>): Usado nos c&iacute;rculos econ&oacute;micos e pol&iacute;ticos, inicialmente designado por <em>eurobonds</em><br /></li> <li><strong>Covidiv&oacute;rcios</strong> (Covid+Div&oacute;rcios): Inspirado no boom de separa&ccedil;&otilde;es ap&oacute;s as vicissitudes do confinamento conjugal<br /></li> <li><strong>Covid&aacute;rios</strong> (espa&ccedil;os onde se centraliza a assist&ecirc;ncia doentes suspeitos ou portadores<br /></li> <li><strong><em>Quarenteners </em></strong>(quem respeita o isolamento social)<br /></li> <li><strong>Coronga</strong> (derivado de mocoronga)<br /></li> <li><strong>Rom&oacute;fice </strong>(forma&nbsp;aportuguesada&nbsp;de home office)<br /></li> <li><strong>Mascra </strong>(g&iacute;ria de m&aacute;scara)</li> </ul> <p class="texto">&nbsp;</p> <p class="texto">*Estagi&aacute;ria sob a supervis&atilde;o de J&aacute;der Rezende</p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2022%2F04%2F26%2F750x500%2F1_professora_marilia-7845233.jpg", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "*Mariana Andrade" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 483v4m

Eu, Estudante 361s45

Outras palavras

Pesquisa sobre neologismo leva professora mineira a Harvard 45114k

Trabalho mostra vocabulários incorporados à mídia brasileira e teve como base publicações de matérias no Correio Braziliense e Estado de Minas 56472r

Pesquisa sobre neologismos e vocabulários incorporados à mídia impressa brasileira durante a pandemia rendeu à professora mineira Marília Mendes, 48 anos, convite do comitê científico da Organização Americana de Professores de Português (AOTP, sigla em inglês) para apresentar um workshop no XI Encontro Mundial sobre o ensino de português (EMEP) na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma das mais prestigiadas do mundo. A professora fez uma análise das principais notícias nacionais e internacionais veiculadas no Correio Braziliense e Estado de Minas.

A palestra está prevista para o mês de agosto, durante os dias 5 e 6. "Fiquei muito feliz porque isso é fruto do meu trabalho e dedicação. Sempre tive vontade de melhorar e ampliar meus conhecimentos na área da linguística", revela a professora de português, que terá parte da viagem patrocinada pela AOTP.

O propósito do evento é desenvolver programas e currículos de ensino do português que contemplem os processos de formações neológicas, o que Marília considera bastante produtivo, tanto na mídia impressa quanto na eletrônica, no período da pandemia. "Tudo isso por meio de uma abordagem didático-pedagógica", diz.

Ela ressalta em seu trabalho o papel dos jornais no enriquecimento da língua, uma vez que transporta as palavras do âmbito das especialidades para o léxico geral da língua. Marília afirma que não é difícil seduzir os alunos a trabalhar com os gêneros textuais de um jornal e aponta a extensão dos textos como um dos aspectos para atraí-los.

O trabalho reúne mais 120 novas palavras, derivadas ou formadas de outras existentes, na mesma língua ou não. Inicialmente, o projeto de pesquisa foi direcionado a análise em jornais populares. Porém, segundo a professora, existiu uma certa resistência por parte da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) ao aceitar o trabalho quando a análise era feita com jornais de mídia impressa populares. Por isso, precisou alterar as fontes de referência.

Segundo Marília, a escolha pelo neologismos surgiu com a observação da existência de um dinamismo no português falado no Brasil, além fato de haver poucas pesquisas acadêmicas na área. Ela conta que, inicialmente, a ideia era registrar as palavras manualmente, escrevendo-as em um caderno. Porém, com o avanço da pesquisa, atentou para a necessidade de utilizar plataformas digitais. Adotou, então, softwares destinados à seleção de palavras. “Queria empregar sensibilidade ao projeto mas, com o tempo, percebi que seria inviável continuar listando as palavras à mão”, revela.

De acordo com ela, existem lacunas no processo de aprendizado tanto para os professores quanto para os alunos, desde o isolamento, até a implantação do ensino híbrido por todo o país. Marília também pontua a relevância dos veículos de comunicação, em especial os jornais citados, na contribuição para o desenvolvimento de cronogramas no ensino do português no país.

“As pessoas não têm noção da importância do projeto”, afirma a docente, completando que sua pesquisa é fundamental para traçar novas alternativas para o ensino do português, tanto para estudantes brasileiros quanto para os estrangeiros.

Ela observa que devem ser estruturadas formas para conter o prejuízo no aprendizado dos jovens brasileiros, visto que boa parcela dos alunos perdeu a oportunidade de desenvolver habilidades voltadas para a escrita.

A professora ainda pretende organizar um glossário visando o favorecimento do estudo da palavra e da significação linguística, sob a ótica da Semântica de Contextos e Cenários (SCC) – parte integrante de seu workshop em Harvard.

Marília atua há mais de 18 anos na educação básica e leciona, atualmente, as disciplinas de linguística no ensino superior e redação para o Enem no ensino médio, em Belo Horizonte. “Temos muitos desafios pela frente. Estamos só no começo, mas confiantes no processo”, diz.

 

Veja algumas das palavras surgidas na pandemia 84r18

  • Covidiotas (aqueles que furam a quarentena e outras medidas de segurança e sem reservas. Ou tossem, espirram e cospem para o chão, sem complexos)

  • Home office (trabalho remoto)
  • Cloroquineers (quem acredita na cloroquina)
  • Covidês (conjunto de termos e expressões oriundos da pandemia do covid-19)
  • Cloroquinista (defensores da cloroquina)
  • Desconfinado (infectado que saiu do período de confinamento)
  • Covidiota (covid+idiota)
  • Zumping (zoom+dumping)
  • Alquingel (gíria para álcool em gel)
  • Confinastê (confinamento+namastê)
  • Carentena (carente+quarentena
  • Coronaro (Coronavirus+Bolsonaro)
  • Covidar (Covid+Convidar e/ou Conversar)
  • Coronabonds (Coronavírus+Bonds): Usado nos círculos económicos e políticos, inicialmente designado por eurobonds
  • Covidivórcios (Covid+Divórcios): Inspirado no boom de separações após as vicissitudes do confinamento conjugal
  • Covidários (espaços onde se centraliza a assistência doentes suspeitos ou portadores
  • Quarenteners (quem respeita o isolamento social)
  • Coronga (derivado de mocoronga)
  • Romófice (forma aportuguesada de home office)
  • Mascra (gíria de máscara)

 

*Estagiária sob a supervisão de Jáder Rezende