/* 1rem = 16px, 0.625rem = 10px, 0.5rem = 8px, 0.25rem = 4px, 0.125rem = 2px, 0.0625rem = 1px */ :root { --cor: #073267; --fonte: "Roboto", sans-serif; --menu: 12rem; /* Tamanho Menu */ } @media screen and (min-width: 600px){ .site{ width: 50%; margin-left: 25%; } .logo{ width: 50%; } .hamburger{ display: none; } } @media screen and (max-width: 600px){ .logo{ width: 100%; } } p { text-align: justify; } .logo { display: flex; position: absolute; /* Tem logo que fica melhor sem position absolute*/ align-items: center; justify-content: center; } .hamburger { font-size: 1.5rem; padding-left: 0.5rem; z-index: 2; } .sidebar { padding: 10px; margin: 0; z-index: 2; } .sidebar>li { list-style: none; margin-bottom: 10px; z-index: 2; } .sidebar a { text-decoration: none; color: #fff; z-index: 2; } .close-sidebar { font-size: 1.625em; padding-left: 5px; height: 2rem; z-index: 3; padding-top: 2px; } #sidebar1 { width: var(--menu); background: var(--cor); color: #fff; } #sidebar1 amp-img { width: var(--menu); height: 2rem; position: absolute; top: 5px; z-index: -1; } .fonte { font-family: var(--fonte); } .header { display: flex; background: var(--cor); color: #fff; align-items: center; height: 3.4rem; } .noticia { margin: 0.5rem; } .assunto { text-decoration: none; color: var(--cor); text-transform: uppercase; font-size: 1rem; font-weight: 800; display: block; } .titulo { color: #333; } .autor { color: var(--cor); font-weight: 600; } .chamada { color: #333; font-weight: 600; font-size: 1.2rem; line-height: 1.3; } .texto { line-height: 1.3; } .galeria {} .retranca {} .share { display: flex; justify-content: space-around; padding-bottom: 0.625rem; padding-top: 0.625rem; } .tags { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; text-decoration: none; } .tags ul { display: flex; flex-wrap: wrap; list-style-type: disc; margin-block-start: 0.5rem; margin-block-end: 0.5rem; margin-inline-start: 0px; margin-inline-end: 0px; padding-inline-start: 0px; flex-direction: row; } .tags ul li { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; padding-inline-end: 2px; padding-bottom: 3px; padding-top: 3px; } .tags ul li a { color: var(--cor); text-decoration: none; } .tags ul li a:visited { color: var(--cor); } .citacao {} /* Botões de compartilhamento arrendodados com a cor padrão do site */ amp-social-share.rounded { border-radius: 50%; background-size: 60%; color: #fff; background-color: var(--cor); } --> { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/euestudante/educacao-basica/2025/05/7130232-clt-vira-piada-entre-os-jovens-entenda-a-nova-tendencia.html", "name": "CLT divide opinião dos jovens: especialistas e alunos comentam tendência anti-celetista", "headline": "CLT divide opinião dos jovens: especialistas e alunos comentam tendência anti-celetista", "alternateName": "preconceito", "alternativeHeadline": "preconceito", "datePublished": "2025-05-04-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Criada em 1943, durante o governo de Get&uacute;lio Vargas, a Consolida&ccedil;&atilde;o das Leis do Trabalho (CLT) regula as atividades laborais por meio do estabelecimento de garantias e deveres para empregadores e funcion&aacute;rios. Apesar dos benef&iacute;cios, a legisla&ccedil;&atilde;o, que completou 82 anos na &uacute;ltima quinta-feira (1&deg;/5), ou a ser alvo de cr&iacute;ticas entre crian&ccedil;as e adolescentes, que associam as determina&ccedil;&otilde;es legais &agrave; falta de autonomia e &agrave; explora&ccedil;&atilde;o do trabalhador.&nbsp;</p> <p class="texto">Exemplo desse fen&ocirc;meno foi um caso exposto nas redes sociais pela influenciadora Fabiana Sobrinho, mais conhecida como Fabi Bubu, que relatou, em v&iacute;deo, o preconceito da filha de 12 anos e outros jovens em rela&ccedil;&atilde;o ao regime de carteira assinada. "Tenho medo de andar de &ocirc;nibus todo dia, muita gente, chefe mandando", disse a menina.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2025/04/7128387-estudo-aponta-queda-no-desemprego-de-jovens-no-brasil.html" target="_blank">Estudo aponta queda no desemprego de jovens no Brasil</a></li> </ul> <p class="texto">Para Fabiana, os jovens veem o modelo CLT como sin&ocirc;nimo de pobreza. "Obviamente, ningu&eacute;m quer trabalhar das 8h &agrave;s 6h e ainda pegar condu&ccedil;&atilde;o (p&uacute;blica), mas, no sistema em que a gente vive, &eacute; necess&aacute;rio. Empreender n&atilde;o &eacute; o caminho convencional. Voc&ecirc;s, jovens, precisam saber a import&acirc;ncia dos direitos trabalhistas, porque ser CLT &eacute; ter direitos assegurados", defendeu, na publica&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</p> <h3>Motiva&ccedil;&otilde;es</h3> <p class="texto">Especialistas apontam as redes sociais, a busca por autonomia e flexibilidade, condi&ccedil;&otilde;es prec&aacute;rias de trabalho e a percep&ccedil;&atilde;o da falta de retorno dos benef&iacute;cios como fatores que explicam o fen&ocirc;meno anti-CLT. Para a advogada trabalhista Rithelly Eunilia Cabral, a defini&ccedil;&atilde;o de hor&aacute;rios, local fixo de trabalho e hierarquias pode ser desestimulante para a nova gera&ccedil;&atilde;o, que cresceu em meio &agrave; tecnologia e suas facilidades.</p> <p class="texto">"A CLT imp&otilde;e uma rotina mais r&iacute;gida, o que pode soar como 'engessado' pelos jovens. Nas redes sociais, influenciadores promovem um estilo de vida mais livre e lucrativo, influenciando os adolescentes a verem o empreendedorismo, o 'freela' e o 'ser dono do pr&oacute;prio neg&oacute;cio' como metas mais desej&aacute;veis", afirma Rithelly.&nbsp;</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/cbradar/lei-nova-muda-feriados-e-domingos-a-partir-de-1o-de-julho-2025/" target="_blank">Lei nova muda feriados e domingos a partir de 1&ordm; de julho 2025</a></li> </ul> <p class="texto">Al&eacute;m da rigidez da legisla&ccedil;&atilde;o, condi&ccedil;&otilde;es de trabalho inadequadas podem levar ao preconceito contra o regime CLT, como jornadas de trabalho exaustivas, burnout, ass&eacute;dio moral, sal&aacute;rios baixos, falta de reconhecimento e de flexibilidade e transporte p&uacute;blico ineficiente ou tr&acirc;nsito. "As consequ&ecirc;ncias disso podem ser devastadoras, porque a m&atilde;o de obra em alguns ramos est&aacute; cada vez mais dif&iacute;cil, impactando no futuro do mercado", declara a advogada do trabalho Elaine Santos.<br /></p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/29/675x450/1_whatsapp_image_2025_04_29_at_20_40_46-50816134.jpeg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="Bruna Zanini: &quot;Adapta&ccedil;&atilde;o da lei &agrave;s demandas dos jovens&quot;"></amp-img> <figcaption>Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>Bruna Zanini: &quot;Adapta&ccedil;&atilde;o da lei &agrave;s demandas dos jovens&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">De forma complementar, a advogada especialista em direito empresarial Bruna Zanini aponta como entrave o alto custo para o empregador, o que n&atilde;o se reverte em ganhos para o funcion&aacute;rio. "A empresa gasta muito para contratar e manter o colaborador, mas esse valor &eacute; corro&iacute;do por impostos e encargos que n&atilde;o retornam como benef&iacute;cios percebidos. Com isso, cresce a informalidade e o desejo por modelos mais flex&iacute;veis", ressalta.</p> <h3>Garantias</h3> <p class="texto">A legisla&ccedil;&atilde;o trabalhista tem papel fundamental na garantia da seguran&ccedil;a e da estabilidade do trabalhador e na regula&ccedil;&atilde;o das rela&ccedil;&otilde;es de trabalho. Pela CLT, os funcion&aacute;rios t&ecirc;m direito &agrave; prote&ccedil;&atilde;o em caso de doen&ccedil;a ou acidente laboral, jornada m&aacute;xima de 8 horas di&aacute;rias e adicional por horas extras, descanso semanal, 13&deg; sal&aacute;rio, licen&ccedil;a-maternidade ou paternidade, Fundo de Garantia do Tempo de Servi&ccedil;o (FGTS), seguro-desemprego, aposentadoria e outros benef&iacute;cios, que n&atilde;o s&atilde;o assegurados a trabalhadores aut&ocirc;nomos ou informais.&nbsp;</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/29/675x450/1_whatsapp_image_2025_04_16_at_09_03_57-50816114.jpeg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="Rithelly Cabral: &quot;Trabalho com seguran&ccedil;a e flexibilidade&quot;"></amp-img> <figcaption>Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>Rithelly Cabral: &quot;Trabalho com seguran&ccedil;a e flexibilidade&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Na vis&atilde;o de Rithelly Cabral, as leis trabalhistas conferem dignidade &agrave;s rela&ccedil;&otilde;es de trabalho, proporcionando um ambiente profissional justo e seguro: "Mesmo com os desafios e mudan&ccedil;as no mercado de trabalho, a CLT refor&ccedil;a a valoriza&ccedil;&atilde;o do trabalhador como cidad&atilde;o".</p> <h3>Mudan&ccedil;as nas leis trabalhistas ao longo dos anos</h3> <p class="texto"><strong>1943:</strong>&nbsp;Cria&ccedil;&atilde;o da CLT<br /><strong>1952:</strong>&nbsp;Lei da igualdade salarial, sem distin&ccedil;&atilde;o de sexo, nacionalidade e idade<br /><strong>1955:</strong>&nbsp;Adicional de periculosidade de 30% ao valor do sal&aacute;rio<br /><strong>1962:</strong>&nbsp;Cria&ccedil;&atilde;o do 13&deg; sal&aacute;rio<br /><strong>1966:</strong>&nbsp;Cria&ccedil;&atilde;o do Fundo de Garantia do Tempo de Servi&ccedil;o (FGTS)<br /><strong>1977:</strong>&nbsp;Direito &agrave;s f&eacute;rias na CLT<br /><strong>1990:</strong>&nbsp;Cria&ccedil;&atilde;o do seguro-desemprego<br /><strong>2008:</strong>&nbsp;Lei de Est&aacute;gio<br /><strong>2017:</strong>&nbsp;Reforma Trabalhista, com o fim da contribui&ccedil;&atilde;o sindical obrigat&oacute;ria e altera&ccedil;&otilde;es na jornada de trabalho</p> <h3>Informalidade</h3> <p class="texto">De acordo com a &uacute;ltima Pesquisa Nacional por Amostra de Domic&iacute;lios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE) e divulgada em fevereiro deste ano, 38,3% do total de trabalhadores no pa&iacute;s n&atilde;o tinham carteira assinada ou Cadastro Nacional de Pessoa Jur&iacute;dica (CNPJ) at&eacute; o fim de janeiro, o que representa 39,5 milh&otilde;es de brasileiros na informalidade.&nbsp;</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/cbradar/adeus-ferias-de-30-dias-com-a-nova-lei-trabalhista-em-vigor-em-2025/" target="_blank">Adeus f&eacute;rias de 30 dias com a nova lei trabalhista em vigor em 2025</a><br /></li> </ul> <p class="texto">Para a advogada Rithelly, a falta de um registro formal de trabalho &eacute; preocupante, deixando os funcion&aacute;rios vulner&aacute;veis a situa&ccedil;&otilde;es de instabilidade e inseguran&ccedil;a financeira, al&eacute;m de contextos prec&aacute;rios e dificuldade de o a cr&eacute;ditos sociais e qualifica&ccedil;&atilde;o profissional. "Embora a informalidade possa parecer vantajosa em alguns aspectos, ela &eacute; prejudicial a longo prazo", diz.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/cbradar/novas-regras-do-credito-consignado-para-clt-entram-em-vigor-veja-detalhes/" target="_blank">Novas regras do cr&eacute;dito consignado para CLT entram em vigor, veja detalhes</a></li> </ul> <p class="texto">Al&eacute;m da falta de prote&ccedil;&atilde;o jur&iacute;dica, Elaine Santos chama aten&ccedil;&atilde;o ao fato de que um emprego sem CLT afeta diretamente a aposentadoria do colaborador, cujo tempo de contribui&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ser&aacute; contabilizado. Com a recente onda de jovens que rejeitam o modelo CLT, ela acredita que o n&uacute;mero de trabalhadores informais possa crescer, por isso, defende a diminui&ccedil;&atilde;o de impostos sobre as atividades laborais e pol&iacute;ticas que valorizem os funcion&aacute;rios.&nbsp;</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/29/675x450/1_whatsapp_image_2025_04_22_at_17_49_04-50816132.jpeg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="Elaine Santos: &quot;Menos impostos e mais pol&iacute;ticas para funcion&aacute;rios&quot;"></amp-img> <figcaption>Divulga&ccedil;&atilde;o - <b>Elaine Santos: &quot;Menos impostos e mais pol&iacute;ticas para funcion&aacute;rios&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">"S&atilde;o importantes uma maior fiscaliza&ccedil;&atilde;o sobre a jornada de trabalho, sal&aacute;rios mais atrativos e plano de carreira, no qual o trabalhador possa evoluir e saiba quais s&atilde;o os ganhos", afirma. Rithelly Cabral complementa falando do incentivo &agrave; formaliza&ccedil;&atilde;o, do o facilitado a cr&eacute;ditos e &agrave; capacita&ccedil;&atilde;o e da adapta&ccedil;&atilde;o das leis &agrave;s din&acirc;micas do mercado.</p> <h3>Diverg&ecirc;ncia&nbsp;</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/24/mj2404_09-50393533.jpg" width="2899" height="1925" layout="responsive" alt="Apesar do fen&ocirc;meno anti-CLT, h&aacute; adolescentes veem o regime de forma positiva"></amp-img> <figcaption>Minervino J&uacute;nior/CB/D.A.Press - <b>Apesar do fen&ocirc;meno anti-CLT, h&aacute; adolescentes veem o regime de forma positiva</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Apesar do fen&ocirc;meno anti-CLT entre os jovens, nem todos os adolescentes pensam nesse regime de forma negativa. Esse &eacute; o caso dos estudantes Geovana Vida, 17 anos; Lucas Romano, 15; e Jo&atilde;o Gabriel da Silva, 15. Filha de m&atilde;e professora e pai funcion&aacute;rio da Pol&iacute;cia Federal, ambos amparados pelas leis trabalhistas, Geovana conta que &eacute; incentivada, em casa, a ter um emprego com registro formal e, tamb&eacute;m, na escola, onde estuda quest&otilde;es sobre mercado e direitos trabalhistas.&nbsp;</p> <p class="texto">Para ela, que tem o sonho de fazer faculdade de direito, ser CLT &eacute; um caminho positivo por garantir direitos trabalhistas. "Minha m&atilde;e j&aacute; foi muito prejudicada quando trabalhou sem carteira assinada, porque n&atilde;o tinha como provar que contribuiu. Ent&atilde;o, a lei &eacute; importante, porque protege o trabalhador", relata.</p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/cbradar/trabalhadores-comemoram-mudancas-no-vale-alimentacao-em-2025/" target="_blank">Trabalhadores comemoram mudan&ccedil;as no vale-alimenta&ccedil;&atilde;o em 2025</a></li> </ul> <p class="texto">Diferentemente do que pensa, Geovana percebe colegas e amigos que n&atilde;o t&ecirc;m interesse no modelo CLT, mas acredita que essa vis&atilde;o deve ser superada, considerando importante adquirir experi&ecirc;ncia no mercado desde cedo, com programas de jovem aprendiz, por exemplo. "Querendo ou n&atilde;o, voc&ecirc; vai ter que pegar &ocirc;nibus e responder ao chefe; isso &eacute; parte da vida. Trabalhar como CLT &eacute; bom e pode trazer muitos aprendizados", compartilha.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/24/mj2404_04-50393515.jpg" width="1902" height="2865" layout="responsive" alt="Geovana Vida: &quot;Ser CLT &eacute; uma etapa positiva da vida&quot;"></amp-img> <figcaption>Minervino J&uacute;nior/CB/D.A.Press - <b>Geovana Vida: &quot;Ser CLT &eacute; uma etapa positiva da vida&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Assim como ocorre com Geovana, os pais de Lucas, tamb&eacute;m amparados pela legisla&ccedil;&atilde;o, mant&ecirc;m um di&aacute;logo sobre a import&acirc;ncia dela: "Meu pai, diariamente, me fala para eu conseguir um bom emprego, que seja seguro e bem organizado". No futuro, Lucas quer seguir carreira em inform&aacute;tica, percebendo que a CLT traz seguran&ccedil;a n&atilde;o s&oacute; para o trabalhador, mas para o empregador. "Com a lei, o patr&atilde;o &eacute; obrigado a pagar o funcion&aacute;rio pelo servi&ccedil;o, por exemplo, e mesmo o dono de uma empresa vai precisar contratar colaboradores CLT", exp&otilde;e.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/24/mj2404_06-50393521.jpg" width="1902" height="2865" layout="responsive" alt="Lucas Romano: &quot;CLT traz seguran&ccedil;a para funcion&aacute;rio e empregador&quot;"></amp-img> <figcaption>Minervino J&uacute;nior/CB/D.A.Press - <b>Lucas Romano: &quot;CLT traz seguran&ccedil;a para funcion&aacute;rio e empregador&quot;</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">Jo&atilde;o Gabriel, que quer fazer medicina ou agronomia, conta que tem pesquisado bastante sobre garantias trabalhistas estabelecidas pela lei e acredita que outros jovens contr&aacute;rios &agrave; CLT devem "pensar mais sobre o que querem antes de optar pelo trabalho aut&ocirc;nomo ou informal, que traz inseguran&ccedil;a."<br /></p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/24/mj2404_05-50393517.jpg" width="1902" height="2865" layout="responsive" alt="Jo&atilde;o Gabriel da Silva: &quot;Jovens devem refletir sobre escolhas profissionais&quot;"></amp-img> <figcaption>Minervino J&uacute;nior/CB/D.A.Press - <b>Jo&atilde;o Gabriel da Silva: &quot;Jovens devem refletir sobre escolhas profissionais&quot;</b></figcaption> </div></p> <h3>Demandas</h3> <p class="texto">Segundo Getulio Cruz, diretor no Centro de Ensino do Cruzeiro, onde Geovana, Lucas e Jo&atilde;o Gabriel estudam, a percep&ccedil;&atilde;o negativa de muitos jovens sobre a CLT &eacute; um problema, se questionado sobre "como eles v&atilde;o se inserir no mercado de trabalho se n&atilde;o aprovam a lei?". Por isso, ele ressalta que "os estudantes devem ser orientados sob uma perspectiva de futuro e de escolhas, o que n&atilde;o exclui a prote&ccedil;&atilde;o trabalhista legal."</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/24/mj2404_10-50393551.jpg" width="2899" height="1925" layout="responsive" alt="Getulio Cruz: &quot;Orienta&ccedil;&atilde;o sobre futuro profissional e prote&ccedil;&atilde;o legal&quot;"></amp-img> <figcaption>Minervino J&uacute;nior/CB/D.A.Press - <b>Getulio Cruz: &quot;Orienta&ccedil;&atilde;o sobre futuro profissional e prote&ccedil;&atilde;o legal&quot;</b></figcaption> </div></p> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/cbradar/nova-clt-traz-a-semana-de-4-dias-e-outras-mudancas/" target="_blank">Nova CLT traz a semana de 4 dias e outras mudan&ccedil;as</a></li> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/direito-e-justica/2025/05/7129849-trabalho-aos-domingos-e-feriados-qual-a-regra-vigente.html" target="_blank">Trabalho aos domingos e feriados: qual a regra vigente?</a></li> </ul> <p class="texto">Para tornar o regime CLT mais atrativo para crian&ccedil;as e adolescentes, a advogada Bruna Zanini destaca que &eacute; essencial dialogar com eles sobre os modelos poss&iacute;veis de trabalho, seus pr&oacute;s e contras, al&eacute;m de ouvi-los e adaptar a legisla&ccedil;&atilde;o conforme as demandas da nova gera&ccedil;&atilde;o. "O caminho n&atilde;o &eacute; impor a CLT como &uacute;nica alternativa, mas propor reformas que atendam aos seus anseios", diz. Rithelly Cabral sintetiza: "Trata-se de valorizar o trabalho com carteira assinada e mostrar seus benef&iacute;cios, aliando seguran&ccedil;a &agrave; flexibilidade."</p> <p class="texto"><strong>*Estagi&aacute;ria sob a supervis&atilde;o de Ana S&aacute;</strong></p> <p class="texto"><strong><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/vestibular-e-pas/2025/05/7134529-vestibular-de-medicina-uniceplac-abre-52-vagas-para-o-segundo-semestre-de-2025.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/05/02/matricula_medicina_2025__1___2_-51092216.jpg?20250502220350" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Vestibular e PAS</strong> <span>Vestibular de medicina: Uniceplac abre 52 vagas para o segundo semestre de 2025</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2025/04/7131653-concurso-de-redacao-propoe-resgate-das-culturas-que-formam-brasilia.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/30/whatsapp_image_2025_04_30_at_15_41_27-50897254.jpeg?20250430162726" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Concurso de redação propõe resgate das culturas que formam Brasília</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2025/04/7130049-aguas-claras-df-recebe-a-feira-do-intercambio-stb-com-as-melhores-escolas-do-exterior.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/30/img_0011-50902808.jpeg" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Águas Claras recebe feira de intercâmbio para estudantes em maio</span> </div> </a> </li> </ul> </div></strong></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/04/24/675x450/1_mj2404_07-50393523.jpg?20250429205133?20250429205133", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Júlia Giusti*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 683s4a

Eu, Estudante 361s45

preconceito

CLT divide opinião dos jovens: especialistas e alunos comentam tendência anti-celetista 6i5v3t

Regime trabalhista ganha fama negativa entre crianças e adolescentes, que associam a modalidade de carteira assinada à falta de autonomia e à pobreza 136l5j

Criada em 1943, durante o governo de Getúlio Vargas, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) regula as atividades laborais por meio do estabelecimento de garantias e deveres para empregadores e funcionários. Apesar dos benefícios, a legislação, que completou 82 anos na última quinta-feira (1°/5), ou a ser alvo de críticas entre crianças e adolescentes, que associam as determinações legais à falta de autonomia e à exploração do trabalhador. 

Exemplo desse fenômeno foi um caso exposto nas redes sociais pela influenciadora Fabiana Sobrinho, mais conhecida como Fabi Bubu, que relatou, em vídeo, o preconceito da filha de 12 anos e outros jovens em relação ao regime de carteira assinada. "Tenho medo de andar de ônibus todo dia, muita gente, chefe mandando", disse a menina.

Para Fabiana, os jovens veem o modelo CLT como sinônimo de pobreza. "Obviamente, ninguém quer trabalhar das 8h às 6h e ainda pegar condução (pública), mas, no sistema em que a gente vive, é necessário. Empreender não é o caminho convencional. Vocês, jovens, precisam saber a importância dos direitos trabalhistas, porque ser CLT é ter direitos assegurados", defendeu, na publicação. 

Motivações 1h4h3i

Especialistas apontam as redes sociais, a busca por autonomia e flexibilidade, condições precárias de trabalho e a percepção da falta de retorno dos benefícios como fatores que explicam o fenômeno anti-CLT. Para a advogada trabalhista Rithelly Eunilia Cabral, a definição de horários, local fixo de trabalho e hierarquias pode ser desestimulante para a nova geração, que cresceu em meio à tecnologia e suas facilidades.

"A CLT impõe uma rotina mais rígida, o que pode soar como 'engessado' pelos jovens. Nas redes sociais, influenciadores promovem um estilo de vida mais livre e lucrativo, influenciando os adolescentes a verem o empreendedorismo, o 'freela' e o 'ser dono do próprio negócio' como metas mais desejáveis", afirma Rithelly. 

Além da rigidez da legislação, condições de trabalho inadequadas podem levar ao preconceito contra o regime CLT, como jornadas de trabalho exaustivas, burnout, assédio moral, salários baixos, falta de reconhecimento e de flexibilidade e transporte público ineficiente ou trânsito. "As consequências disso podem ser devastadoras, porque a mão de obra em alguns ramos está cada vez mais difícil, impactando no futuro do mercado", declara a advogada do trabalho Elaine Santos.

Divulgação - Bruna Zanini: "Adaptação da lei às demandas dos jovens"

De forma complementar, a advogada especialista em direito empresarial Bruna Zanini aponta como entrave o alto custo para o empregador, o que não se reverte em ganhos para o funcionário. "A empresa gasta muito para contratar e manter o colaborador, mas esse valor é corroído por impostos e encargos que não retornam como benefícios percebidos. Com isso, cresce a informalidade e o desejo por modelos mais flexíveis", ressalta.

Garantias 3w4g16

A legislação trabalhista tem papel fundamental na garantia da segurança e da estabilidade do trabalhador e na regulação das relações de trabalho. Pela CLT, os funcionários têm direito à proteção em caso de doença ou acidente laboral, jornada máxima de 8 horas diárias e adicional por horas extras, descanso semanal, 13° salário, licença-maternidade ou paternidade, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), seguro-desemprego, aposentadoria e outros benefícios, que não são assegurados a trabalhadores autônomos ou informais. 

Divulgação - Rithelly Cabral: "Trabalho com segurança e flexibilidade"

Na visão de Rithelly Cabral, as leis trabalhistas conferem dignidade às relações de trabalho, proporcionando um ambiente profissional justo e seguro: "Mesmo com os desafios e mudanças no mercado de trabalho, a CLT reforça a valorização do trabalhador como cidadão".

Mudanças nas leis trabalhistas ao longo dos anos v5p67

1943: Criação da CLT
1952: Lei da igualdade salarial, sem distinção de sexo, nacionalidade e idade
1955: Adicional de periculosidade de 30% ao valor do salário
1962: Criação do 13° salário
1966: Criação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
1977: Direito às férias na CLT
1990: Criação do seguro-desemprego
2008: Lei de Estágio
2017: Reforma Trabalhista, com o fim da contribuição sindical obrigatória e alterações na jornada de trabalho

Informalidade 1e2t30

De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada em fevereiro deste ano, 38,3% do total de trabalhadores no país não tinham carteira assinada ou Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) até o fim de janeiro, o que representa 39,5 milhões de brasileiros na informalidade. 

Para a advogada Rithelly, a falta de um registro formal de trabalho é preocupante, deixando os funcionários vulneráveis a situações de instabilidade e insegurança financeira, além de contextos precários e dificuldade de o a créditos sociais e qualificação profissional. "Embora a informalidade possa parecer vantajosa em alguns aspectos, ela é prejudicial a longo prazo", diz.

Além da falta de proteção jurídica, Elaine Santos chama atenção ao fato de que um emprego sem CLT afeta diretamente a aposentadoria do colaborador, cujo tempo de contribuição não será contabilizado. Com a recente onda de jovens que rejeitam o modelo CLT, ela acredita que o número de trabalhadores informais possa crescer, por isso, defende a diminuição de impostos sobre as atividades laborais e políticas que valorizem os funcionários. 

Divulgação - Elaine Santos: "Menos impostos e mais políticas para funcionários"

"São importantes uma maior fiscalização sobre a jornada de trabalho, salários mais atrativos e plano de carreira, no qual o trabalhador possa evoluir e saiba quais são os ganhos", afirma. Rithelly Cabral complementa falando do incentivo à formalização, do o facilitado a créditos e à capacitação e da adaptação das leis às dinâmicas do mercado.

Divergência  5c5z73

Minervino Júnior/CB/D.A.Press - Apesar do fenômeno anti-CLT, há adolescentes veem o regime de forma positiva

Apesar do fenômeno anti-CLT entre os jovens, nem todos os adolescentes pensam nesse regime de forma negativa. Esse é o caso dos estudantes Geovana Vida, 17 anos; Lucas Romano, 15; e João Gabriel da Silva, 15. Filha de mãe professora e pai funcionário da Polícia Federal, ambos amparados pelas leis trabalhistas, Geovana conta que é incentivada, em casa, a ter um emprego com registro formal e, também, na escola, onde estuda questões sobre mercado e direitos trabalhistas. 

Para ela, que tem o sonho de fazer faculdade de direito, ser CLT é um caminho positivo por garantir direitos trabalhistas. "Minha mãe já foi muito prejudicada quando trabalhou sem carteira assinada, porque não tinha como provar que contribuiu. Então, a lei é importante, porque protege o trabalhador", relata.

Diferentemente do que pensa, Geovana percebe colegas e amigos que não têm interesse no modelo CLT, mas acredita que essa visão deve ser superada, considerando importante adquirir experiência no mercado desde cedo, com programas de jovem aprendiz, por exemplo. "Querendo ou não, você vai ter que pegar ônibus e responder ao chefe; isso é parte da vida. Trabalhar como CLT é bom e pode trazer muitos aprendizados", compartilha.

Minervino Júnior/CB/D.A.Press - Geovana Vida: "Ser CLT é uma etapa positiva da vida"

Assim como ocorre com Geovana, os pais de Lucas, também amparados pela legislação, mantêm um diálogo sobre a importância dela: "Meu pai, diariamente, me fala para eu conseguir um bom emprego, que seja seguro e bem organizado". No futuro, Lucas quer seguir carreira em informática, percebendo que a CLT traz segurança não só para o trabalhador, mas para o empregador. "Com a lei, o patrão é obrigado a pagar o funcionário pelo serviço, por exemplo, e mesmo o dono de uma empresa vai precisar contratar colaboradores CLT", expõe.

Minervino Júnior/CB/D.A.Press - Lucas Romano: "CLT traz segurança para funcionário e empregador"

João Gabriel, que quer fazer medicina ou agronomia, conta que tem pesquisado bastante sobre garantias trabalhistas estabelecidas pela lei e acredita que outros jovens contrários à CLT devem "pensar mais sobre o que querem antes de optar pelo trabalho autônomo ou informal, que traz insegurança."

Minervino Júnior/CB/D.A.Press - João Gabriel da Silva: "Jovens devem refletir sobre escolhas profissionais"

Demandas 3o6s1v

Segundo Getulio Cruz, diretor no Centro de Ensino do Cruzeiro, onde Geovana, Lucas e João Gabriel estudam, a percepção negativa de muitos jovens sobre a CLT é um problema, se questionado sobre "como eles vão se inserir no mercado de trabalho se não aprovam a lei?". Por isso, ele ressalta que "os estudantes devem ser orientados sob uma perspectiva de futuro e de escolhas, o que não exclui a proteção trabalhista legal."

Minervino Júnior/CB/D.A.Press - Getulio Cruz: "Orientação sobre futuro profissional e proteção legal"

Para tornar o regime CLT mais atrativo para crianças e adolescentes, a advogada Bruna Zanini destaca que é essencial dialogar com eles sobre os modelos possíveis de trabalho, seus prós e contras, além de ouvi-los e adaptar a legislação conforme as demandas da nova geração. "O caminho não é impor a CLT como única alternativa, mas propor reformas que atendam aos seus anseios", diz. Rithelly Cabral sintetiza: "Trata-se de valorizar o trabalho com carteira assinada e mostrar seus benefícios, aliando segurança à flexibilidade."

*Estagiária sob a supervisão de Ana Sá