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A&nbsp;<span class="TextRun Underlined SCXW251799680 BCX0" data-contrast="none"><span class="NormalTextRun SCXW251799680 BCX0" data-c-charstyle="Hyperlink">Lei&nbsp;</span><span class="NormalTextRun SCXW251799680 BCX0" data-c-charstyle="Hyperlink">n&ordm;&nbsp;</span><span class="NormalTextRun SCXW251799680 BCX0" data-c-charstyle="Hyperlink">15.100/2025, que restringe o uso de aparelhos eletr&ocirc;nicos nas escolas, j&aacute; est&aacute; em vigor. Ontem, a <a href="/euestudante/educacao-basica/2025/02/7054651-educacao-prepara-orientacoes-sobre-uso-de-celular-nas-escolas-publicas-do-df.html">Secretaria de Estado de Educa&ccedil;&atilde;o do Distrito Federal (SEE-DF)</a> divulgou as novas regras quanto ao uso de aparelhos eletr&ocirc;nicos pelos estudantes nas institui&ccedil;&otilde;es educacionais p&uacute;blicas da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica do DF. O documento busca atender &agrave;s orienta&ccedil;&otilde;es e exig&ecirc;ncias previstas na legisla&ccedil;&atilde;o.&nbsp;</span></span></span></span></p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0"><span class="TextRun SCXW251799680 BCX0" data-contrast="auto">A partir de agora, fica proibido o uso dos aparelhos port&aacute;teis durante as aulas, em sala ou em qualquer espa&ccedil;o pedag&oacute;gico da unidade escolar, no decorrer das atividades conduzidas por profissionais da educa&ccedil;&atilde;o ou em trabalhos individuais e em grupo e nos intervalos entre as aulas aulas, incluindo o recreio. Caso haja o descumprimento das regras, os profissionais da educa&ccedil;&atilde;o dever&atilde;o acionar a equipe gestora da unidade escolar, que poder&aacute; adotar medidas educativas e disciplinares de car&aacute;ter educativo, previstas no regimento escolar.</span></p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">Para&nbsp;Denise Canal, diretora do Col&eacute;gio Cat&oacute;lica Bras&iacute;lia e mestre em educa&ccedil;&atilde;o e sa&uacute;de, especialista na depend&ecirc;ncia tecnol&oacute;gica causada por dispositivos eletr&ocirc;nicos em crian&ccedil;as e adolescentes, a medida &eacute; extremamente positiva. "H&aacute; 20 anos luto pela restri&ccedil;&atilde;o do uso excessivo de recursos eletr&ocirc;nicos por crian&ccedil;as e adolescentes. Acredito que essa medida poderia ter sido implementada antes, visando proteger as gera&ccedil;&otilde;es adas. No entanto, ainda que tarde, &eacute; melhor do que nunca. Nos pr&oacute;ximos meses veremos essa nova gera&ccedil;&atilde;o de crian&ccedil;as e adolescentes se tornando infinitamente mais saud&aacute;veis", disse.&nbsp;</p> <p class="texto">A diretora classificou a norma como hist&oacute;rica. "Na pandemia, os est&iacute;mulos foram intensos e as respostas frente a eles, tamb&eacute;m. O celular ou a fazer parte da vida como uma extens&atilde;o do corpo. Pais desconheciam os riscos da exposi&ccedil;&atilde;o excessiva. Quem imaginaria que o perigo caberia na palma da m&atilde;o, se usado sem limites.&nbsp;Este &eacute; um momento &uacute;nico a ser registrado na hist&oacute;ria. Vem a&iacute; uma gera&ccedil;&atilde;o que ser&aacute; resgatada dos est&iacute;mulos dopam&iacute;nicos tecnol&oacute;gicos di&aacute;rios."</p> </div> <div class="OutlineElement Ltr SCXW251799680 BCX0"> <h3 class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">Opini&otilde;es divididas</h3> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">Para o operador de cremalheira Ivaldo Leandro de Lima, 46 anos, pai do pequeno It&aacute;lo de Lima, 6, a decis&atilde;o do governo federal foi um acerto. Na segunda-feira, o menino, que mora com a fam&iacute;lia em Arapoanga, iniciar&aacute; a vida escolar, e a proibi&ccedil;&atilde;o do uso de eletr&ocirc;nicos tem deixado o pai mais seguro. "&Eacute; muito importante porque al&eacute;m de ter o risco de a crian&ccedil;a perder o celular ou ser assaltada, o aparelho tira a aten&ccedil;&atilde;o. Ele ainda n&atilde;o usa o celular e n&atilde;o queremos que use antes dos 10 anos. Gostamos da lei", avaliou.&nbsp;</p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/07/whatsapp_image_2025_02_07_at_16_48_22__2_-46099836.jpeg" width="3052" height="1928" layout="responsive" alt="Para o operador de cremalheira Ivaldo Leandro de Lima, pai do pequeno It&aacute;lo de Lima, a decis&atilde;o do governo federal foi um acerto"></amp-img> <figcaption>Let&iacute;cia Guedes CB DA Press - <b>Para o operador de cremalheira Ivaldo Leandro de Lima, pai do pequeno It&aacute;lo de Lima, a decis&atilde;o do governo federal foi um acerto</b></figcaption> </div></p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">Tatiana Portela, pedagoga e mestre em psicologia, com experi&ecirc;ncia em inova&ccedil;&atilde;o, tecnologias educacionais e neuroaprendizagem, analisa que a lei demonstra duas preocupa&ccedil;&otilde;es essenciais: sa&uacute;de mental e aprendizagem. De acordo com ela, as motiva&ccedil;&otilde;es est&atilde;o evidenciadas na permiss&atilde;o com fins pedag&oacute;gicos ou did&aacute;ticos, para ibilidade e inclus&atilde;o. "A intencionalidade da lei tamb&eacute;m &eacute; refor&ccedil;ada e ampliada no guia lan&ccedil;ado pelo Minist&eacute;rio da Educa&ccedil;&atilde;o, abordando a conscientiza&ccedil;&atilde;o para o uso de celulares. O guia, al&eacute;m de orientar as escolas e fundamentar a op&ccedil;&atilde;o pela restri&ccedil;&atilde;o, tamb&eacute;m provoca a necess&aacute;ria discuss&atilde;o e atua&ccedil;&atilde;o das escolas em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; educa&ccedil;&atilde;o midi&aacute;tica e &agrave; cidadania digital."</p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">Enquanto a nova regra conforta&nbsp;alguns respons&aacute;veis, outros posicionam-se contra a medida. A atendente Mikaely Oliveira, 27, moradora do Entorno do DF, na Cidade Ocidental (GO), &eacute; m&atilde;e de Lorena Oliveira, 5, e avalia que a restri&ccedil;&atilde;o pode prejudicar a comunica&ccedil;&atilde;o com a crian&ccedil;a. "Eu sou contra, porque muitas vezes a m&atilde;e deixa a crian&ccedil;a na escola e precisa que ela esteja com o celular para poder se comunicar, n&atilde;o no hor&aacute;rio de aula, mas no intervalo. Acho que no momento do intervalo devia ser liberado", defendeu.</p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/07/whatsapp_image_2025_02_07_at_16_53_56-46099824.jpeg" width="3417" height="1922" layout="responsive" alt="Mikaely Oliveira, m&atilde;e de Lorena Oliveira, avalia que a restri&ccedil;&atilde;o pode prejudicar a comunica&ccedil;&atilde;o com a crian&ccedil;a"></amp-img> <figcaption>Giovanna Sfalsin CB DA Press - <b>Mikaely Oliveira, m&atilde;e de Lorena Oliveira, avalia que a restri&ccedil;&atilde;o pode prejudicar a comunica&ccedil;&atilde;o com a crian&ccedil;a</b></figcaption> </div>&nbsp;</p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">A vendedora Rafaela Menezes, 33, moradora de S&atilde;o Sebasti&atilde;o, tamb&eacute;m posicionou-se contra a medida. "Entendo que o celular atrapalha as aulas, mas ele ajuda as crian&ccedil;as quando est&atilde;o ando mal, por exemplo, ou a gravarem e deixarem registrado se, de repente, acontecer alguma coisa, ent&atilde;o, penso que a lei atrapalha tamb&eacute;m, n&atilde;o &eacute; somente positiva", declarou. O filho, Rafael Menezes, 8, ao contr&aacute;rio da m&atilde;e, disse ter gostado da decis&atilde;o. "Eu prefiro ler pelo livro do que olhando no celular", disse.&nbsp;</p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/07/whatsapp_image_2025_02_07_at_16_48_22-46099855.jpeg" width="2572" height="1929" layout="responsive" alt="A vendedora Rafaela Menezes, Rafael Menezes, 8, n&atilde;o aprovou a lei "></amp-img> <figcaption>Let&iacute;cia Guedes CB DA Press - <b>A vendedora Rafaela Menezes, Rafael Menezes, 8, n&atilde;o aprovou a lei </b></figcaption> </div></p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">Moradora da Ponte Alta Norte, a aut&ocirc;noma Aldene Patr&iacute;cia da Silva, 56, av&oacute; de Emily Luiza da Silva, 10, achou a decis&atilde;o excelente. "Escola tem que ser para ensinar a ler e a escrever, e n&atilde;o a usar celular. Isso eles j&aacute; aprendem em casa. O celular tira a ten&ccedil;&atilde;o e incentiva coisas que n&atilde;o h&aacute; necessidade, s&atilde;o muitos aplicativos, redes sociais, n&atilde;o concordo." A menina j&aacute; tem um celular, mas contou &agrave; reportagem que n&atilde;o costuma lev&aacute;-lo &agrave; escola, al&eacute;m de ser supervisionada pelos pais e pela av&oacute;. Presente, Domingos Pereira da Silva, 55, concordou com o posicionamento da esposa.&nbsp;</p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/07/whatsapp_image_2025_02_07_at_16_48_22__1_-46099844.jpeg" width="2572" height="1929" layout="responsive" alt="Aldene Patr&iacute;cia da Silva, av&oacute; de Emily Luiza da Silva, achou a decis&atilde;o excelente"></amp-img> <figcaption>Let&iacute;cia Guedes CB DA Press - <b>Aldene Patr&iacute;cia da Silva, av&oacute; de Emily Luiza da Silva, achou a decis&atilde;o excelente</b></figcaption> </div></p> <h3 class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">Computa&ccedil;&atilde;o desplugada</h3> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">O pedagogo&nbsp;Welton Dias de Lima, professor nos cursos de pedagogia e engenharia de software no <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/10/6970655-uniceplac-promove-evento-para-ajudar-estudantes-na-escolha-da-carreira.html">Centro Universit&aacute;rio Uniceplac</a>, estuda computa&ccedil;&atilde;o desplugada&nbsp;&mdash;&nbsp;abordagem de ensino de computa&ccedil;&atilde;o que n&atilde;o utiliza equipamentos eletr&ocirc;nicos&nbsp;&mdash; e explicou que essa &eacute; uma forma positiva de ensinar os alunos a desenvolverem o pensamento computacional e cr&iacute;tico sem depender de telas, equilibrando o aprendizado digital com experi&ecirc;ncias concretas e interativas, evidenciando que d&aacute; para explorar a &aacute;rea ainda que sem os dispositivos eletr&ocirc;nicos.&nbsp;</p> <p class="Paragraph SCXW251799680 BCX0">"O principal benef&iacute;cio da medida &eacute; evitar o uso indiscriminado dos dispositivos, que pode comprometer a concentra&ccedil;&atilde;o dos estudantes e prejudicar o aprendizado. Al&eacute;m disso, ao proibir o uso durante o recreio, a norma estimula a intera&ccedil;&atilde;o social e reduz o isolamento causado pelo excesso de telas. Entretanto, a tecnologia n&atilde;o deve ser tratada como vil&atilde;. O uso pedag&oacute;gico precisa ser incentivado de forma estruturada. Para isso, &eacute; necess&aacute;rio que os professores recebam forma&ccedil;&atilde;o adequada, garantindo que saibam mediar e direcionar o uso das telas de forma produtiva", apontou.</p> <p class="texto">O especialista afirmou que a regulamenta&ccedil;&atilde;o, por si s&oacute;, n&atilde;o resolve o problema. De acordo com ele, a escola precisa investir em metodologias ativas, como computa&ccedil;&atilde;o desplugada e pensamento computacional, para garantir que os alunos desenvolvam habilidades digitais sem depender de forma exclusiva dos dispositivos m&oacute;veis", ensinou.&nbsp;</p> <p class="texto">Al&eacute;m das regras, o&nbsp;documento publicado pela SES-DF refor&ccedil;a que as unidades escolares devem promover a conscientiza&ccedil;&atilde;o sobre o uso respons&aacute;vel e seguro de tecnologias digitais, a partir de palestras, oficinas, campanhas tem&aacute;ticas e atividades formativas envolvendo os respons&aacute;veis, professores, estudantes e demais membros da comunidade escolar.</p> <h3>Legisla&ccedil;&atilde;o pr&oacute;pria</h3> <p class="texto">O Distrito Federal tem, desde 2008, uma lei distrital que pro&iacute;be o uso de celulares e aparelhos eletr&ocirc;nicos em escolas p&uacute;blicas e privadas da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica. A norma, contudo, n&atilde;o restringe o uso dos aparelhos nos intervalos ou recreio.</p> <h3>Normas da SEEDF</h3> <p class="texto"><strong>Quando o uso fica proibido?&nbsp;</strong></p> <p class="texto">- Durante as aulas, em sala ou em qualquer espa&ccedil;o pedag&oacute;gico da unidade escolar;<br /></p> <p class="texto">- Fora da sala de aula, durante atividades pedag&oacute;gicas conduzidas por profissionais de educa&ccedil;&atilde;o e/ou realiza&ccedil;&atilde;o de trabalhos individuais ou em grupo, na unidade escolar;<br /></p> <p class="texto">- Durante os intervalos entre as aulas, incluindo o recreio.</p> <p class="texto"><br /><strong>Fica permitido, excepcionalmente, o uso nas seguintes situa&ccedil;&otilde;es:</strong></p> <p class="texto">- Quando houver autoriza&ccedil;&atilde;o expressa do professor regente para fins estritamente pedag&oacute;gicos ou did&aacute;ticos, tais como: pesquisas, leituras, atividades avaliativas supervisionadas, o ao material em plataformas de ensino, ferramentas educacionais espec&iacute;ficas ou qualquer outro conte&uacute;do ou servi&ccedil;o educacional;</p> <p class="texto">- Para os estudantes com defici&ecirc;ncia ou com condi&ccedil;&otilde;es de sa&uacute;de que necessitam desses dispositivos para monitoramento ou aux&iacute;lio de sua necessidade, e como recurso de adequa&ccedil;&atilde;o e ibilidade pedag&oacute;gica, visando garantir a inclus&atilde;o e a aprendizagem:</p> <p class="texto">- Quando houver autoriza&ccedil;&atilde;o expressa da equipe gestora da unidade escolar por motivos de for&ccedil;a maior, situa&ccedil;&otilde;es de estado de perigo ou estado de necessidade.</p> <p class="texto">&nbsp;</p> <h3><strong>Por que a Lei que restringe o uso de celulares nas escolas &eacute; necess&aacute;ria?</strong></h3> <p class="western" align="justify">A promulga&ccedil;&atilde;o da Lei n&ordm; 15.100/2025, que restringe o uso de celulares nas escolas brasileiras, representa uma medida essencial para aprimorar o ambiente educacional e o desenvolvimento integral dos estudantes. Esta legisla&ccedil;&atilde;o, sancionada em 13 de janeiro de2025 pelo presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, pro&iacute;be o uso de aparelhos eletr&ocirc;nicos port&aacute;teis pessoais durante aulas, recreios e intervalos em todas as etapas da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica, permitindo exce&ccedil;&otilde;es apenas para fins pedag&oacute;gicos ou em casos de necessidade, perigo ou for&ccedil;a maior.</p> <p class="western" align="justify">A presen&ccedil;a constante de celulares em sala de aula tem sido identificada como uma fonte significativa de distra&ccedil;&atilde;o. Notifica&ccedil;&otilde;es de redes sociais, jogos e mensagens instant&acirc;neas competem pela aten&ccedil;&atilde;o dos alunos, comprometendo a concentra&ccedil;&atilde;o e a assimila&ccedil;&atilde;o dos conte&uacute;dos ministrados. Ao restringir o uso desses dispositivos, a lei busca criar um ambiente mais prop&iacute;cio ao aprendizado, onde os estudantes possam se dedicar integralmente &agrave;s atividades acad&ecirc;micas sem interrup&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas.</p> <p class="western" align="justify">Estudos indicam que o uso excessivo de celulares est&aacute; associado a problemas como ansiedade, estresse e dist&uacute;rbios do sono entre jovens. A constante exposi&ccedil;&atilde;o a plataformas digitais pode levar a compara&ccedil;&otilde;es sociais prejudiciais e ao fen&ocirc;meno do "medo de ficar de fora"(FOMO), afetando negativamente a sa&uacute;de mental dos alunos. A restri&ccedil;&atilde;o do uso de celulares no ambiente escolar visa mitigar os efeitos, incentivando intera&ccedil;&otilde;es presenciais mais saud&aacute;veis e promovendo o bem-estar emocional dos estudantes.</p> <p class="western" align="justify">A intera&ccedil;&atilde;o face a face &eacute; fundamental para o desenvolvimento de compet&ecirc;ncias sociais, como empatia, comunica&ccedil;&atilde;o eficaz e resolu&ccedil;&atilde;o de conflitos. O uso indiscriminado de celulares pode reduzir essas intera&ccedil;&otilde;es, levando ao isolamento social. Ao limitar o uso de dispositivos m&oacute;veis, a lei estimula os alunos a participarem de atividades coletivas, debates e discuss&otilde;es em grupo, enriquecendo sua experi&ecirc;ncia escolar e preparando-os para a conviv&ecirc;ncia em sociedade.</p> <p class="western" align="justify">O ambiente digital pode ser palco de comportamentos nocivos, como o cyberbullying, que afeta a integridade psicol&oacute;gica de muitos estudantes. Ao restringir o uso de celulares nas escolas, reduz-se a possibilidade de ocorr&ecirc;ncias de ass&eacute;dio virtual durante o per&iacute;odo escolar, contribuindo para um ambiente mais seguro e acolhedor para todos.</p> <p class="western" align="justify">Diversos pa&iacute;ses t&ecirc;m adotado medidas semelhantes visando aprimorar o ambiente educacional. Na Fran&ccedil;a, por exemplo, desde 2018, o uso de celulares &eacute; proibido em escolas para alunos at&eacute; 15 anos, com o objetivo de reduzir distra&ccedil;&otilde;es e melhorar a concentra&ccedil;&atilde;o. A implementa&ccedil;&atilde;o dessa pol&iacute;tica resultou em um ambiente escolar mais disciplinado e focado no aprendizado.</p> <p class="western" align="justify">Embora a lei represente um avan&ccedil;o significativo, sua implementa&ccedil;&atilde;o requer a colabora&ccedil;&atilde;o de educadores, pais e alunos. &Eacute; fundamental que as escolas desenvolvam pol&iacute;ticas claras sobre o uso de tecnologia, promovam a educa&ccedil;&atilde;o digital respons&aacute;vel e ofere&ccedil;am alternativas pedag&oacute;gicas que integrem recursos tecnol&oacute;gicos de forma equilibrada. A restri&ccedil;&atilde;o do uso de celulares n&atilde;o deve ser vista como uma oposi&ccedil;&atilde;o &agrave; tecnologia, mas como uma medida para garantir que seu uso no ambiente escolar seja consciente e direcionado ao enriquecimento do processo educacional.</p> <p class="western" align="justify">Em suma, a Lei n&ordm; 15.100/2025 &eacute; necess&aacute;ria para assegurar um ambiente escolar que priorize o aprendizado, o desenvolvimento saud&aacute;vel e a seguran&ccedil;a dos estudantes, preparando-os para os desafios da sociedade contempor&acirc;nea.</p> <p class="western" align="justify"><strong>Fonte:</strong> Ana Maria dos Santos - professora de hist&oacute;ria da Blue Global School</p> <p class="western" align="justify"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/cidades-df/2025/02/7055195-proibicao-de-celuares-secretaria-de-educacao-divulga-regras-para-as-escolas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/07/proibicao_celular_foto_capa_scaled-46087179.jpg?20250208104256" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cidades DF</strong> <span>Proibição de celulares: Secretaria de Educação divulga regras para as escolas</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/cidades-df/2025/02/7054789-orquestra-sinfonica-volta-apos-11-anos-ao-teatro-nacional-nesta-quinta-6-2.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/06/whatsapp_image_2025_02_06_at_21_39_52-46050424.jpeg?20250206231832" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cidades DF</strong> <span>Orquestra Sinfônica volta, após 11 anos, ao Teatro Nacional, nesta quinta (6/2)</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/cidades-df/2025/02/7054761-cadela-e-resgatada-em-clinica-veterinaria-apos-sofrer-maus-tratos-em-ceilandia.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/06/whatsapp_image_2025_02_06_at_21_16_00_16x9-46049172.jpg?20250206221622" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cidades DF</strong> <span>Cadela é resgatada em clínica veterinária após sofrer maus-tratos em Ceilândia</span> </div> </a> </li> </ul> </div>&nbsp;</p> <p class="texto">&nbsp;</p> </div>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/07/675x450/1_proibicao_celular_foto_capa_scaled-46087179.jpg?20250208104256?20250208104256", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Letícia Guedes" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 6wf5e

Eu, Estudante 361s45

EDUCAÇÃO

Rede pública retoma as aulas com novas regras para celular 604t2o

Na próxima segunda-feira, alunos da rede pública do DF retornam às salas de aula com restrições ao uso dos aparelhos. O Correio ouviu pais e especialistas que avaliaram a medida implementada pelo governo federal 6t3123

Afinal, o celular é um vilão ou uma ferramenta que auxilia na aprendizagem? A Lei nº 15.100/2025, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos nas escolas, já está em vigor. Ontem, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) divulgou as novas regras quanto ao uso de aparelhos eletrônicos pelos estudantes nas instituições educacionais públicas da educação básica do DF. O documento busca atender às orientações e exigências previstas na legislação. 

A partir de agora, fica proibido o uso dos aparelhos portáteis durante as aulas, em sala ou em qualquer espaço pedagógico da unidade escolar, no decorrer das atividades conduzidas por profissionais da educação ou em trabalhos individuais e em grupo e nos intervalos entre as aulas aulas, incluindo o recreio. Caso haja o descumprimento das regras, os profissionais da educação deverão acionar a equipe gestora da unidade escolar, que poderá adotar medidas educativas e disciplinares de caráter educativo, previstas no regimento escolar.

Para Denise Canal, diretora do Colégio Católica Brasília e mestre em educação e saúde, especialista na dependência tecnológica causada por dispositivos eletrônicos em crianças e adolescentes, a medida é extremamente positiva. "Há 20 anos luto pela restrição do uso excessivo de recursos eletrônicos por crianças e adolescentes. Acredito que essa medida poderia ter sido implementada antes, visando proteger as gerações adas. No entanto, ainda que tarde, é melhor do que nunca. Nos próximos meses veremos essa nova geração de crianças e adolescentes se tornando infinitamente mais saudáveis", disse. 

A diretora classificou a norma como histórica. "Na pandemia, os estímulos foram intensos e as respostas frente a eles, também. O celular ou a fazer parte da vida como uma extensão do corpo. Pais desconheciam os riscos da exposição excessiva. Quem imaginaria que o perigo caberia na palma da mão, se usado sem limites. Este é um momento único a ser registrado na história. Vem aí uma geração que será resgatada dos estímulos dopamínicos tecnológicos diários."

Opiniões divididas 85b50

Para o operador de cremalheira Ivaldo Leandro de Lima, 46 anos, pai do pequeno Itálo de Lima, 6, a decisão do governo federal foi um acerto. Na segunda-feira, o menino, que mora com a família em Arapoanga, iniciará a vida escolar, e a proibição do uso de eletrônicos tem deixado o pai mais seguro. "É muito importante porque além de ter o risco de a criança perder o celular ou ser assaltada, o aparelho tira a atenção. Ele ainda não usa o celular e não queremos que use antes dos 10 anos. Gostamos da lei", avaliou. 

Letícia Guedes CB DA Press - Para o operador de cremalheira Ivaldo Leandro de Lima, pai do pequeno Itálo de Lima, a decisão do governo federal foi um acerto

Tatiana Portela, pedagoga e mestre em psicologia, com experiência em inovação, tecnologias educacionais e neuroaprendizagem, analisa que a lei demonstra duas preocupações essenciais: saúde mental e aprendizagem. De acordo com ela, as motivações estão evidenciadas na permissão com fins pedagógicos ou didáticos, para ibilidade e inclusão. "A intencionalidade da lei também é reforçada e ampliada no guia lançado pelo Ministério da Educação, abordando a conscientização para o uso de celulares. O guia, além de orientar as escolas e fundamentar a opção pela restrição, também provoca a necessária discussão e atuação das escolas em relação à educação midiática e à cidadania digital."

Enquanto a nova regra conforta alguns responsáveis, outros posicionam-se contra a medida. A atendente Mikaely Oliveira, 27, moradora do Entorno do DF, na Cidade Ocidental (GO), é mãe de Lorena Oliveira, 5, e avalia que a restrição pode prejudicar a comunicação com a criança. "Eu sou contra, porque muitas vezes a mãe deixa a criança na escola e precisa que ela esteja com o celular para poder se comunicar, não no horário de aula, mas no intervalo. Acho que no momento do intervalo devia ser liberado", defendeu.

Giovanna Sfalsin CB DA Press - Mikaely Oliveira, mãe de Lorena Oliveira, avalia que a restrição pode prejudicar a comunicação com a criança
 

A vendedora Rafaela Menezes, 33, moradora de São Sebastião, também posicionou-se contra a medida. "Entendo que o celular atrapalha as aulas, mas ele ajuda as crianças quando estão ando mal, por exemplo, ou a gravarem e deixarem registrado se, de repente, acontecer alguma coisa, então, penso que a lei atrapalha também, não é somente positiva", declarou. O filho, Rafael Menezes, 8, ao contrário da mãe, disse ter gostado da decisão. "Eu prefiro ler pelo livro do que olhando no celular", disse. 

Letícia Guedes CB DA Press - A vendedora Rafaela Menezes, Rafael Menezes, 8, não aprovou a lei

Moradora da Ponte Alta Norte, a autônoma Aldene Patrícia da Silva, 56, avó de Emily Luiza da Silva, 10, achou a decisão excelente. "Escola tem que ser para ensinar a ler e a escrever, e não a usar celular. Isso eles já aprendem em casa. O celular tira a tenção e incentiva coisas que não há necessidade, são muitos aplicativos, redes sociais, não concordo." A menina já tem um celular, mas contou à reportagem que não costuma levá-lo à escola, além de ser supervisionada pelos pais e pela avó. Presente, Domingos Pereira da Silva, 55, concordou com o posicionamento da esposa. 

Letícia Guedes CB DA Press - Aldene Patrícia da Silva, avó de Emily Luiza da Silva, achou a decisão excelente

Computação desplugada 2s6w45

O pedagogo Welton Dias de Lima, professor nos cursos de pedagogia e engenharia de software no Centro Universitário Uniceplac, estuda computação desplugada — abordagem de ensino de computação que não utiliza equipamentos eletrônicos — e explicou que essa é uma forma positiva de ensinar os alunos a desenvolverem o pensamento computacional e crítico sem depender de telas, equilibrando o aprendizado digital com experiências concretas e interativas, evidenciando que dá para explorar a área ainda que sem os dispositivos eletrônicos. 

"O principal benefício da medida é evitar o uso indiscriminado dos dispositivos, que pode comprometer a concentração dos estudantes e prejudicar o aprendizado. Além disso, ao proibir o uso durante o recreio, a norma estimula a interação social e reduz o isolamento causado pelo excesso de telas. Entretanto, a tecnologia não deve ser tratada como vilã. O uso pedagógico precisa ser incentivado de forma estruturada. Para isso, é necessário que os professores recebam formação adequada, garantindo que saibam mediar e direcionar o uso das telas de forma produtiva", apontou.

O especialista afirmou que a regulamentação, por si só, não resolve o problema. De acordo com ele, a escola precisa investir em metodologias ativas, como computação desplugada e pensamento computacional, para garantir que os alunos desenvolvam habilidades digitais sem depender de forma exclusiva dos dispositivos móveis", ensinou. 

Além das regras, o documento publicado pela SES-DF reforça que as unidades escolares devem promover a conscientização sobre o uso responsável e seguro de tecnologias digitais, a partir de palestras, oficinas, campanhas temáticas e atividades formativas envolvendo os responsáveis, professores, estudantes e demais membros da comunidade escolar.

Legislação própria 314v3n

O Distrito Federal tem, desde 2008, uma lei distrital que proíbe o uso de celulares e aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas da Educação Básica. A norma, contudo, não restringe o uso dos aparelhos nos intervalos ou recreio.

Normas da SEEDF 3o452m

Quando o uso fica proibido? 

- Durante as aulas, em sala ou em qualquer espaço pedagógico da unidade escolar;

- Fora da sala de aula, durante atividades pedagógicas conduzidas por profissionais de educação e/ou realização de trabalhos individuais ou em grupo, na unidade escolar;

- Durante os intervalos entre as aulas, incluindo o recreio.


Fica permitido, excepcionalmente, o uso nas seguintes situações:

- Quando houver autorização expressa do professor regente para fins estritamente pedagógicos ou didáticos, tais como: pesquisas, leituras, atividades avaliativas supervisionadas, o ao material em plataformas de ensino, ferramentas educacionais específicas ou qualquer outro conteúdo ou serviço educacional;

- Para os estudantes com deficiência ou com condições de saúde que necessitam desses dispositivos para monitoramento ou auxílio de sua necessidade, e como recurso de adequação e ibilidade pedagógica, visando garantir a inclusão e a aprendizagem:

- Quando houver autorização expressa da equipe gestora da unidade escolar por motivos de força maior, situações de estado de perigo ou estado de necessidade.

 

Por que a Lei que restringe o uso de celulares nas escolas é necessária? 41o26

A promulgação da Lei nº 15.100/2025, que restringe o uso de celulares nas escolas brasileiras, representa uma medida essencial para aprimorar o ambiente educacional e o desenvolvimento integral dos estudantes. Esta legislação, sancionada em 13 de janeiro de2025 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis pessoais durante aulas, recreios e intervalos em todas as etapas da educação básica, permitindo exceções apenas para fins pedagógicos ou em casos de necessidade, perigo ou força maior.

A presença constante de celulares em sala de aula tem sido identificada como uma fonte significativa de distração. Notificações de redes sociais, jogos e mensagens instantâneas competem pela atenção dos alunos, comprometendo a concentração e a assimilação dos conteúdos ministrados. Ao restringir o uso desses dispositivos, a lei busca criar um ambiente mais propício ao aprendizado, onde os estudantes possam se dedicar integralmente às atividades acadêmicas sem interrupções tecnológicas.

Estudos indicam que o uso excessivo de celulares está associado a problemas como ansiedade, estresse e distúrbios do sono entre jovens. A constante exposição a plataformas digitais pode levar a comparações sociais prejudiciais e ao fenômeno do "medo de ficar de fora"(FOMO), afetando negativamente a saúde mental dos alunos. A restrição do uso de celulares no ambiente escolar visa mitigar os efeitos, incentivando interações presenciais mais saudáveis e promovendo o bem-estar emocional dos estudantes.

A interação face a face é fundamental para o desenvolvimento de competências sociais, como empatia, comunicação eficaz e resolução de conflitos. O uso indiscriminado de celulares pode reduzir essas interações, levando ao isolamento social. Ao limitar o uso de dispositivos móveis, a lei estimula os alunos a participarem de atividades coletivas, debates e discussões em grupo, enriquecendo sua experiência escolar e preparando-os para a convivência em sociedade.

O ambiente digital pode ser palco de comportamentos nocivos, como o cyberbullying, que afeta a integridade psicológica de muitos estudantes. Ao restringir o uso de celulares nas escolas, reduz-se a possibilidade de ocorrências de assédio virtual durante o período escolar, contribuindo para um ambiente mais seguro e acolhedor para todos.

Diversos países têm adotado medidas semelhantes visando aprimorar o ambiente educacional. Na França, por exemplo, desde 2018, o uso de celulares é proibido em escolas para alunos até 15 anos, com o objetivo de reduzir distrações e melhorar a concentração. A implementação dessa política resultou em um ambiente escolar mais disciplinado e focado no aprendizado.

Embora a lei represente um avanço significativo, sua implementação requer a colaboração de educadores, pais e alunos. É fundamental que as escolas desenvolvam políticas claras sobre o uso de tecnologia, promovam a educação digital responsável e ofereçam alternativas pedagógicas que integrem recursos tecnológicos de forma equilibrada. A restrição do uso de celulares não deve ser vista como uma oposição à tecnologia, mas como uma medida para garantir que seu uso no ambiente escolar seja consciente e direcionado ao enriquecimento do processo educacional.

Em suma, a Lei nº 15.100/2025 é necessária para assegurar um ambiente escolar que priorize o aprendizado, o desenvolvimento saudável e a segurança dos estudantes, preparando-os para os desafios da sociedade contemporânea.

Fonte: Ana Maria dos Santos - professora de história da Blue Global School