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Em 2011, um dos meus quadrinhos foi tema de reda&ccedil;&atilde;o do ENEM: <a href="https://t.co/dxJGbCwIHK">https://t.co/dxJGbCwIHK</a> <a href="https://t.co/29uXCyW6vb">https://t.co/29uXCyW6vb</a></p> &mdash; Andr&eacute; Dahmer (@malvados) <a href="https://twitter.com/malvados/status/1542208877684457473?ref_src=twsrc%5Etfw">June 29, 2022</a></blockquote> <p class="texto"><script async="" src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></p> <p class="texto">O caso remete ao de um<a href="/euestudante/educacao-basica/2022/04/5003794-cartilha-de-aroeira-sobre-taxacao-de-grandes-fortunas-polemiza-no-df.html"> professor da rede p&uacute;blica do Distrito Federal</a>, que foi enxovalhado por deputados distritais e pela Secretaria de Educa&ccedil;&atilde;o do GDF por usar em suas aulas de sociologia do ensino m&eacute;dio a cartilha da personagem Niara, do cartunista Aroeira, explicando a necessidade de tributa&ccedil;&atilde;o de grandes fortunas.</p> <p class="texto">O <strong>Correio</strong> entrou em contato com Gayer e com a diretora do col&eacute;gio Vis&atilde;o, Any Rezende, mas ambos n&atilde;o retornaram at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o da mat&eacute;ria.</p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2022/06/29/750x500/1_1-25968001.jpeg?20220629212330?20220629212330", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Jáder Rezende" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 5p39

Eu, Estudante 361s45

Polêmica

Professor é demitido por usar tirinha sobre polícia em prova o34o

Colégio Visão, de Goiânia, cedeu à pressão de seguidores do blogueiro Gustavo Gayer, que postou vídeo acusando o mestre de "doutrinação" 662b1t

Por ter utilizado em uma prova uma tirinha do cartunista André Dahmer, do jornal Folha de S Paulo, o professor de sociologia do colégio Visão, de Goiânia, Osvaldo Machado da Silva Neto, 41 anos, foi sumariamente demitido. A decisão provocou a reação dos estudantes, que promoveram, na manhã desta quarta-feira (29), uma manifestação nos corredores da escola privada, contra o desligamento do funcionário. O motivo da demissão foi a publicidade do fato, que ganhou repercussão ao ser veiculada pelo blogueiro Gustavo Gayer, em suas redes sociais.

A tirinha de André Dahmer foi usada em uma prova de recuperação, questionando “qual o elemento do Estado que está sendo retratado”. Mostra um dos personagens do cartunista lendo um jornal, comentando, no primeiro quadro, sobre mais um assalto ocorrido em São Paulo. Em seguida, o mesmo personagem diz “Ainda bem que temos a polícia para combater a violência em prol...” E finaliza com a frase “...da barbárie”.

Indignado com a utilização da tirinha na prova, Gayer postou um vídeo acusando o professor de “doutrinar” os alunos. “O professor de sociologia ensinando para os jovens que a polícia causa barbárie. Odeia a polícia, nas ama os bandidos”, disse, ele na gravação postada na segunda-feira, que recebeu apoio de dezenas de seguidores. Ex-candidato a prefeito de Goiânia, Gayer foi citado em uma lista do Google encaminhada à I da covid como o segundo blogueiro que mais disseminou fake news no país durante o auge da pandemia.

Saiba Mais 2h1b4e

Osvaldo Machado, que mora em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, lecionava há seis anos no colégio. Ele disse que viu o vídeo de Gayer na segunda pela manhã e foi informado sobre sua demissão no dia seguinte. “Esse vídeo produziu enorme desconforto. A questão na prova, com a utilização da tirinha, não era sobre polícia ou bandido, mas sobre o aspecto do estado”, disse, observando que a prova foi aplicada somente para seis alunos.

Segundo ele, o uso da tirinha foi comunicado à direção da escola, sem que houvesse qualquer manifestação contrária. “No dia seguinte (terça-feira), percebi algo estranho. A diretora me chamou e, depois da aula, quando me apresentei, fui surpreendido com o anúncio da demissão. Considerei o motivo desproporcional”, disse.

Osvaldo leciona em outro colégio particular de Goiânia, o Simbios, e afirma que lá recebeu apoio dos professores e diretores. “Me acolheram, disseram que nada ocorreria em função desse episódio lamentável. Fui vítima da ideia de escola sem partido, de violência psicológica e econômica, mas saio de cabeça erguida, com o apoio de pais, alunos e professores do colégio que me demitiu”, afirma. “Eu e minha esposa planejávamos uma gravidez, mas agora, com a maior parte dos meus rendimentos cortada, e sem plano de saúde, fica mais difícil realizar esse sonho”, lamenta.

Reprodução - Tirinha de André utilizada na prova do professor Osvaldo Neto

Osvaldo disse não ter decidido ainda se pretende processar o colégio Visão, mas está inclinado a mover uma ação contra Gayer, por difamação e danos morais.

Por meio de nota, divulgada nesta quinta-feira (30), a assessoria do Colégio Visão informou que a escola proíbe “manifestações ideológicas”. "A escola possui um código de conduta que veda manifestações políticas, partidárias ou ideológicas em ambiente escolar. A direção do colégio mantém um canal de diálogo aberto com alunos e familiares, sempre pautando suas ações no código de conduta", diz a nota.

O cartunista André Dahmer também se manifestou em uma rede social sobre o episódio. "O colégio Visão não sabe, mas meu trabalho aparece com frequência em concursos públicos e vestibulares. Em 2011, um dos meus quadrinhos foi tema de redação do ENEM". Durante os protestos dos alunos, a publicação do cartunista foi reproduzida em cartazes espalhados pela escola. 

O caso remete ao de um professor da rede pública do Distrito Federal, que foi enxovalhado por deputados distritais e pela Secretaria de Educação do GDF por usar em suas aulas de sociologia do ensino médio a cartilha da personagem Niara, do cartunista Aroeira, explicando a necessidade de tributação de grandes fortunas.

O Correio entrou em contato com Gayer e com a diretora do colégio Visão, Any Rezende, mas ambos não retornaram até a publicação da matéria.