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Nesse espa&ccedil;o, as coisas s&atilde;o plantadas e germinadas, assim como o gosto pela leitura deve ser cultivado.</p> <p class="texto">&ldquo;Em uma conversa com o Nego Bispo, eu perguntei a ele se ele j&aacute; tinha escutado sobre alguma biblioteca que trazia grandes autores como ele. Ele me disse que esses grandes autores geralmente s&atilde;o &iacute;veis na ro&ccedil;a e que l&aacute; &eacute; desenvolvido os grandes conhecimentos.</p> <p dir="ltr">Um dia perguntei ao Nego sobre a possibilidade da Kilomboteka em nome dele, mas ele rebateu dizendo que se as pessoas come&ccedil;assem a fazer homenagens a ele, toda a refer&ecirc;ncia da forma&ccedil;&atilde;o dele seria perdida. O nosso saber veio da ro&ccedil;a&rdquo;, explica a professora da UFMG.</p> <p class="texto">Sem nenhum patroc&iacute;nio, o Manzo possu&iacute;a um dep&oacute;sito que foi restaurado para se tornar o projeto. O espa&ccedil;o tamb&eacute;m ser&aacute; um &ldquo;quilombo tecnol&oacute;gico&rdquo;, com notebooks e internet que poder&atilde;o ser utilizados por pesquisadores, estudantes e pessoas da comunidade. Em rela&ccedil;&atilde;o ao acervo, o quilombo afirma receber doa&ccedil;&otilde;es para aumentar a diversidade de leituras e firmar o conceito de coletividade.</p> <p dir="ltr"><em>* Estagi&aacute;ria sob supervis&atilde;o do subeditor Gabriel Felice</em></p> <p dir="ltr"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/2024/06/6874997-sindicatos-dos-servidores-publicos-enviam-ao-senado-pedido-orcamentario.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/08/grever_9-37858441.jpg" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Sindicatos dos servidores públicos enviam pedido orçamentário ao Senado</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/06/6872367-pe-de-meia-deve-evitar-evasao-de-quase-500-mil-estudantes-do-ensino-medio.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/06/abmes-37780940.jpg?20240606155523" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Pé-de-Meia deve evitar evasão de quase 500 mil alunos do ensino médio, diz Abmes</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/05/6868336-tragedia-no-rs-professores-universitarios-prestam-apoio-psicologico-as-vitimas-e-voluntarios.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/31/apoio_psicologico-37592968.jpeg?20240531110459" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Tragédia no RS: professores universitários prestam apoio psicológico às vítimas e voluntários</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/05/6867646-artigo-o-g20-da-educacao.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/1-37563754.jpg?20240529215920" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Artigo: O G20 da educação </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/05/6866529-sobe-numero-que-nao-estudam-nao-trabalham-nem-procuram-emprego.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/28/firmbee_com_gcsnospexfs_unsplash-37514438.jpg?20240528160036" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>"Nem, nem, nem": 5,4 milhões de jovens no Brasil não estudam, não trabalham e nem procuram emprego</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/06/11/675x450/1_whatsapp_image_2024_06_11_at_15_22_49-37944415.jpeg?20240612122843?20240612122843", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Melissa Souza* - Estado de Minas" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 6w471h

Eu, Estudante 361s45

DIVERSIDADE

Biblioteca exclusiva para obras de autores negros é criada em quilombo 1b4u58

Primeira biblioteca dedicada à literatura negra é inaugurada em Belo Horizonte; projeto permite reflexão sobre obras e pesquisas de autores negros 2jg6u

A primeira biblioteca dedicada a obras antirracistas, anticolonialistas e de autores negros foi inaugurada em Belo Horizonte. A iniciativa é do Kilombo Manzo Ngunzo Kaiango, no Bairro Santa Efigênia, na Região Leste de BH, e busca descentralizar a leitura antirracista. Interessados já podem visitar a “Kilomboteka” na Rua São Tiago, 216, de segunda a sexta, das 8h às 18h.

A ideia surgiu de uma conversa entre a idealizadora, a mestra e professora no Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Makota Cassia Kidoialê, e o escritor quilombola Nêgo Bispo, que faleceu em dezembro do ano ado.

Para eles, era importante que houvesse um espaço que reunisse obras antirracistas para a transmissão de conhecimento e saberes tradicionais, além de valorizar a literatura negra. O acervo, montado pelo próprio Kilombo Manzo, conta com mais de 200 livros de autores como Conceição Evaristo, Milton Santos e o próprio Nêgo Bispo. O espaço busca descentralizar a ideia típica de uma biblioteca, muitas vezes distantes dos quilombos e periferias.

“A gente tem a ausência de ar esses escritores e pensadores negros, que trazem uma grande contribuição na compreensão de pessoas no mundo e do nosso universo. A ideia da Kilomboteka surge em um momento em que a gente entende o quanto os territórios quilombolas têm contribuído com a formação acadêmica e pesquisas relacionadas às pautas raciais”, diz Makota.

Diversidade literária 4x4c3o

De acordo com a historiadora e mestranda de artes cênicas, Tainá Rosa, o projeto tem que crescer e se multiplicar. Para ela, que também é ativista e coordenadora da pós-graduação do quilombo, o “Pretas na Pós”, a biblioteca é um projeto muito potente. Isso porque o quilombo é também, constantemente procurado como um objeto de pesquisa.

“A gente precisava de um espaço que desse conta desses saberes tradicionais e das pessoas que escrevem a partir do ponto de vista de quem tá vindo desse território, que é o quilombo”, diz Tainá.

No entanto, o objetivo nunca foi só contribuir com referências de autores que são citados em pesquisas de mestrado e doutorado, mas também de reunir o conhecimento da escrita infantil para crianças negras, de mulheres negras e para formação de enfrentamento ao racismo.

Segundo Kidoialê, a coletânea de escritas negras também atua diretamente na autoestima das pessoas negras, uma vez que o racismo destrói a possibilidade de pessoas negras se tornarem humanos, promovendo uma reflexão entre pessoas negras e não negras.

“Espaços como este deveriam ser íveis por direito, como iniciativas de reparação por toda nossa história que, em uma tentativa de apagamento, contribui para o fortalecimento do racismo. A Kilomboteka é um instrumento antirracista”, afirma a idealizadora do projeto.

Roça Literária e homenagem a Nego Bispo 4z4i1e

O projeto intitulado como Kilomboteka Roça Literária foi inaugurado na sexta-feira (7/6) e é voltado para os elementos intelectuais da negritude, fugindo da lógica tradicional das bibliotecas. Os interessados podem frequentar o local e até fazer empréstimo dos livros que desejarem.

Quanto ao nome do projeto, nasceu de um pensamento propagado no quilombo. Para Nego Bispo, a roça é muito importante para a população quilombola, ribeirinha e indígena, pois é algo sagrado. Nesse espaço, as coisas são plantadas e germinadas, assim como o gosto pela leitura deve ser cultivado.

“Em uma conversa com o Nego Bispo, eu perguntei a ele se ele já tinha escutado sobre alguma biblioteca que trazia grandes autores como ele. Ele me disse que esses grandes autores geralmente são íveis na roça e que lá é desenvolvido os grandes conhecimentos.

Um dia perguntei ao Nego sobre a possibilidade da Kilomboteka em nome dele, mas ele rebateu dizendo que se as pessoas começassem a fazer homenagens a ele, toda a referência da formação dele seria perdida. O nosso saber veio da roça”, explica a professora da UFMG.

Sem nenhum patrocínio, o Manzo possuía um depósito que foi restaurado para se tornar o projeto. O espaço também será um “quilombo tecnológico”, com notebooks e internet que poderão ser utilizados por pesquisadores, estudantes e pessoas da comunidade. Em relação ao acervo, o quilombo afirma receber doações para aumentar a diversidade de leituras e firmar o conceito de coletividade.

* Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice