
Muitas personalidades do futebol se despediram nesta quarta-feira (9) do ex-goleiro Manga, que faleceu na última terça. Os ex-jogadores Moreira (lateral), Carlos Roberto (volante), Arlindo e Afonsinho (meias) e Paulo Cesar Caju (meia-atacante) foram alguns dos que compareceram ao velório, em General Severiano, segundo o “UOL” reportou. Posteriormente, Manga foi enterrado no cemitério São João Batista, também no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Além deles, Joel Carli (ex-zagueiro e atual Especialista de Formação e Transição do clube) e o ex-presidente Durcésio Mello deram declarações sobre o ídolo do Botafogo. O ex-lateral Moreira relembrou detalhes sobre o icônico arqueiro, falecido aos 87 anos.
“Manga é a história do futebol. Jogou com o braço aberto, jogou operado… Deu o sangue pelo Botafogo. Treinava muito, e gostava dos jogadores que tinham chute forte. Os jogadores o respeitavam em campo. Fora dele, ele era um ursinho. O Manga amava o futebol, o Manga era o futebol. O futebol perdeu um dos alicerces, como podemos chamar”, lembrou.
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Afonsinho, que atuou entre os anos 60 e 70 no Glorioso, relembrou agens com o arqueiro.
“O Manga foi uma marca para mim. Quando cheguei aqui a General Severiano, o Botafogo tinha feito uma excursão e alguns jogadores tinham ficado aqui, como ele, Zagallo, Quarentinha… Então, eles treinavam conosco. Isso nos aproximou muito. Depois, acabei fazendo parte do time. O Manga, dentro da simplicidade dele, tinha uma inteligência irável, e era um jogador de futebol 24 horas por dia. Uma percepção muito aguçada”, relembrou Afonsinho.
Ex-presidente faz revelação sobre Manga
O ex-presidente Durcésio Mello exaltou Manga, revelando que levou o ídolo para conhecer a taça da Libertadores, conquistada em 2024 pelo Glorioso. Ele ajudou Manga na reta final de sua vida, alugando um apartamento na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
“É o maior vencedor do Botafogo. São 20 títulos, ganhou tudo. É um ídolo do Botafogo. E um ser humano maravilhoso. Ele e a família são muito queridos. Nós assistíamos aos jogos juntos, eu o levava ao camarote e tudo mais. E pude levar a taça da Libertadores para ele ver. Tenho essa foto guardada”, disse, antes de completar:
“É um ícone do Botafogo e uma pessoa muito simples, que faleceu sem recursos, infelizmente. Eu não gosto de falar sobre isso, mas, realmente, ajudava. Era o mínimo que poderia fazer para um ídolo”.
Já Joel Carli, ex-zagueiro, ressaltou as homenagens a Manga.
“Importante estar aqui hoje prestando homenagem ao nosso ídolo, um cara que nos representou tanto dentro de campo quanto fora, e deixou um legado enorme para a nossa torcida, para o clube e tudo o que amamos no Botafogo. Essa vai ser uma última homenagem presencial, mas, com certeza, que o clube vai continuar elogiando e homenageando”, afirmou.
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