
A festa laranja em Zandvoort significou mais uma vitória do líder do campeonato: Max Verstappen, da Red Bull, venceu mais uma vez um Grande Prêmio da Holanda, na tarde europeia deste domingo (4/9). A diferença no campeonato de pilotos para o ferrarista Charles Leclerc agora é de 109 pontos.
Novidade no fim de semana, as nuvens no litoral holandês não assustaram as equipes na largada, que teve poucas novidades em relação ao grid inicial, mesmo com o ataque de Leclerc contra Verstappen, que se manteve na liderança. Nas voltas seguintes, os ritmos se mantinham, com as Ferraris perseguindo o piloto holandês: o monegasco não esteve mais de dois segundos longe do líder nas dez primeiras voltas.
Apesar das condições climáticas sem sol na pista, a abrasividade nos compostos era uma tendência que persistia. Nas 15 voltas iniciais, houve uma série de paradas para quem largou de pneus macios: nesta série, no momento em que Carlos Sainz parou, seu pneu traseiro esquerdo novo não estava pronto, guardada ainda na garagem, prejudicando o espanhol com uma parada de 12 segundos. Sérgio Pérez vinha atrás e ou por cima da pistola-parafusadeira na saída de seu pitstop, apesar de herdar a posição.
Os líderes da prova diziam que os pneus estavam em boas condições, porém, a Ferrari chamou Leclerc para seu pitstop na 18ª volta e Verstappen parou em seguida, para deixar as Mercedes de Lewis Hamilton e George Russell na ponta da prova. A equipe alemã seguiu na pista por mais voltas, com ambos pilotos ampliando o stint dos pneus médios. A maresia tomava conta da pista, dando mais um ingrediente para esta prova arisca.
Na altura do 25º giro, Max Verstappen esteve a menos de dois segundos de Russell e subiu seu ritmo, alcançando-o duas voltas depois, com a volta mais rápida da corrida até então: 1:15.725. O holandês não se privou de manter a forma e no giro 28 esteve a dois segundos de Hamilton, que saltou para os boxes, buscando a única parada nas 43 voltas restantes, levando compostos duros. O companheiro de equipe do heptacampeão repetiu a tática três voltas depois.
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Estratégia vitoriosa
A equipe alemã fez valer bem sua estratégia com quebra de voltas rápidas e ambos ultraando o mexicano Sérgio Pérez pela terceira e quarta posições, entre as voltas 36 e 38. As “Flechas de Prata ” eram claramente as mais rápidas na pista e a diferença para Verstappen era de 18 segundos, com o neerlandês precisando realizar mais um pitstop para chegar ao final da corrida, com a diferença caindo volta por volta.
Charles Leclerc foi informado que as Mercedes estavam mais rápidas de imediato, parando na volta 45. A parte polêmica da prova foi quando Yuki Tsunoda parou o carro no giro anterior, por reclamar que estavam soltos os compostos de seu carro: foi aos boxes ao receber a informação de que estavam fixos, teve um pitstop de quase um minuto e seguiu reclamando de vibrações na parte traseira do carro, parando de vez e chamando um safety car virtual na pista: Verstappen, Hamilton e Russell pararam e a estratégia alemã foi pelos ares em dito momento.
Um festival de voltas rápidas sucedeu o evento nos giros seguidos, com direito a Fernando Alonso marcando a melhor marca por duas vezes, nos giros 50 e 52, ao tentar atacar Lando Norris pela oitava posição. Com a corrida monótona, Valtteri Bottas para seu carro na saída da reta principal após perder o motor: safety car na volta 56, com o finlandês recuperando potência, em seguida. Max foi chamado para parar uma vez mais, agora para pneus macios. As Mercedes não param e ficaram adiante nas duas primeiras posições.
Parada obrigatória
No 58 giro, foi determinado que os carros deveriam ar por dentro dos boxes, para que fosse retirada a Alfa Romeo de Bottas. Russell aproveitou e seguiu a tática de Verstappen, com pneus macios, pedindo-os pouco antes de adentrar ao pitlane. Os retardatários receberam a ordem de ar pelo carro de segurança, para reequilibrar o pelotão. Hamilton disse à equipe, pelo rádio, que não conseguiria manter o holandês atrás de si na relargada, ao abrir-se a 61ª volta.
Recolhido o safety car, o ataque foi imediato e Max tomou a ponta assim que ou pela linha de chegada e logo tratou de marcar, em seguida, 1:13.652 como a volta mais rápida da corrida. Lewis reclamou que a Mercedes não lhe fez o mesmo que a seu companheiro, que tomou uma vez mais sua posição pelo 64º giro. Leclerc foi o próximo a capturar o inglês pela posição final de pódio, duas voltas depois.
Para as voltas finais, Carlos Sainz recebeu punição de cinco segundos em relação a um episódio de saída perigosa dos boxes contra Fernando Alonso na saída do pitstop. Max fechou tranquilamente a sua segunda corrida na prova em seu país natal na carreira, seguido de Russell e Leclerc no pódio.
No campeonato, Verstappen abre marca centenária na liderança do mundial de pilotos, chegando a 310 pontos contra as 201 unidades de Leclerc. Há, aqui, uma franca contagem para o bicampeonato do holandês, com sete provas por disputar. A próxima etapa ocorrerá no próximo fim de semana, entre os dias 9 e 11 de setembro, no autódromo de Monza, pelo Grande Prêmio da Itália.
Confira o resultado final da corrida:
- 1 - Max Verstappen (Red Bull)
- George Russell (Mercedes) + 4.071
- Charles Leclerc (Ferrari) + 10.929
- Lewis Hamilton (Mercedes) + 13.016
- Sérgio Pérez (Red Bull) + 18.168
- Fernando Alonso (Alpine) + 18.754
- Lando Norris (McLaren) + 19.306
- Carlos Sainz (Ferrari) + 20.916
- Esteban Ocon (Alpine) + 21.117
- Lance Stroll (Aston Martin) + 22.459
- Pierre Gasly (Alpha Tauri) + 27.009
- Alexander Albon (Williams) + 30.390
- Mick Schumacher (Haas) + 32.99
- Sebastian Vettel (Aston Martin) + 36.007
- Kevin Magnussen (Haas) + 36.869
- Guanyu Zhou (Alfa Romeo) + 37.320
- Daniel Ricciardo (McLaren) + 37.764
- Nicholas Latifi (Williams) + 1 volta
- Valtteri Bottas (Alfa Romeo) + 1 volta
(Yuki Tsunoda não completou a prova)
*Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer
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