O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (10/2) que o governo brasileiro vai esperar por decisões concretas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de anunciar qualquer resposta a um possível aumento de tarifas sobre aço e alumínio. A declaração ocorre em meio à expectativa de que Trump anuncie uma tarifa de 25% sobre todas as importações desses produtos ainda hoje.
Segundo Haddad, o governo decidiu se manifestar apenas quando houver uma posição oficial dos EUA. "O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos", declarou o ministro.
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A possibilidade de retaliação brasileira, como a taxação de big techs — empresas de tecnologia que, em sua maioria, são norte-americanas —, não está descartada, mas Haddad reforçou que qualquer decisão dependerá das medidas efetivamente implementadas por Trump.
O impacto de novas tarifas sobre aço e alumínio preocupa o Brasil, que foi o segundo maior fornecedor desses produtos para os Estados Unidos em 2024, ficando atrás apenas do Canadá. Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço, tornando-se um dos principais mercados para a indústria siderúrgica nacional.