A artista neozelandesa Lorde acaba de acender novamente os holofotes da cena musical internacional com o anúncio oficial de seu quarto álbum de estúdio. Intitulado Virgin, o disco será lançado no dia 27 de junho nas plataformas digitais e já começa a provocar fervor entre fãs e críticos.
A revelação veio diretamente das redes sociais da cantora nesta quarta-feira (30), em uma publicação que misturou mistério, intensidade emocional e uma pitada de provocação estética — ingredientes que, aliás, sempre foram marca registrada de sua trajetória.
Com uma capa que mais parece ter saído de uma sala de exames médicos do que de um estúdio fotográfico, Virgin não quer apenas ser ouvido, mas sentido. O raio-X da imagem de capa sinaliza que, mais uma vez, a cantora está disposta a se despir artisticamente, indo além da superfície.
A própria Lorde descreveu o projeto como composto por faixas “100% escritas com sangue”, uma afirmação que pode soar hiperbólica, mas que tem tudo a ver com a intensidade confessional da artista desde os tempos de Pure Heroine.
Em termos de bastidores, Virgin não economiza talento. A produção é assinada pela própria Lorde, que volta a assumir as rédeas do seu universo sonoro, em parceria com nomes como Jim-E Stack, Fabiana Palladino, Andrew Aged, Buddy Ross, Dan Nigro e Devonté Hynes. A mixagem ficou por conta dos renomados Spike Stent e Tom Elmhirst, enquanto a masterização ficou nas mãos de Chris Gehringer, garantindo uma lapidação técnica de alto nível.
A primeira amostra desse novo ciclo, o single What Was That, foi lançado em 24 de abril e deixou pistas sobre a estética emocional e sonora do disco. Com versos introspectivos e arranjos etéreos, a canção mantém o estilo melancólico e cerebral da artista, mas insinua uma nova profundidade emocional, mais madura, mais dolorida — e, talvez, mais verdadeira. Ao que tudo indica, Lorde está prestes a mostrar uma versão ainda mais crua de si mesma.
Lorde: Versões físicas prometem conteúdo adulto e intimista 2v544z
Além do lançamento digital, Virgin também chegará em edições físicas que prometem ser disputadas como peças de coleção. Segundo a própria cantora, o álbum contará com um encarte de oito páginas coloridas, repleto de “imagens adultas”.
A frase, cuidadosamente escolhida, é ambígua o suficiente para atiçar a curiosidade do público, mas também sugere um mergulho mais ousado e maduro em relação aos trabalhos anteriores. As versões físicas já estão disponíveis para compra nos Estados Unidos.
Lorde não lança um álbum desde Solar Power (2021), que dividiu opiniões e marcou um afastamento temporário dos holofotes. Agora, com Virgin, a artista parece querer reconciliar o lirismo solar com a densidade emocional que a consagrou.
O título do novo disco, aliás, diz muito: Virgin é renascimento, é pureza e também é provocação. É o começo de um novo ciclo que promete aquecer o inverno do hemisfério sul com um verão emocionalmente catártico.
A contagem regressiva já começou. Prepare-se: o verão da Lorde está prestes a chegar, e promete incendiar nossos fones de ouvido com a mesma elegância crua que sempre a diferenciou no pop contemporâneo.