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Os novos detalhes da rivalidade entre Blink-182 e o Green Day

as tiveram um conflito nos anos 2000

Os novos detalhes da rivalidade entre Blink-182 e o Green Day -  (crédito: TMJBrazil)
Os novos detalhes da rivalidade entre Blink-182 e o Green Day - (crédito: TMJBrazil)

Mark Hoppus, baixista e vocalista do Blink-182, refletiu sobre a Pop Disaster Tour de 2002 em uma entrevista recente à NME, trazendo à tona histórias curiosas sobre a convivência — e a competição — com o Green Day durante aquele período. Para Hoppus, estar lado a lado com os ídolos de sua juventude foi, no mínimo, surreal.

“Esperei o dia inteiro pelo lançamento de Dookie e fiquei na fila para comprar”, revelou Hoppus, que atualmente divulga seu recém-lançado livro de memórias Fahrenheit-182. O músico, de 53 anos, descreveu o sentimento estranho de liderar uma turnê ao lado da banda que ele tanto irava na adolescência.

Embora a Pop Disaster Tour tenha sido anunciada como um evento de co-headliners, o Blink-182 fechava os shows todas as noites. “Era esquisito. Estávamos como atração principal dos nossos heróis”, disse Hoppus.

Na época, o Blink-182 vivia o auge de sua popularidade com os álbuns Enema of the State e Take Off Your Pants and Jacket. Já o Green Day enfrentava um momento de transição após o lançamento morno de Warning em 2000 — e ainda não havia alcançado o sucesso estrondoso de American Idiot, que viria dois anos depois.

Apesar do clima amigável fora do palco — especialmente com Billie Joe Armstrong, que Hoppus descreve como “super gente boa” — havia um espírito competitivo evidente. “Eles chegavam prontos para vencer, e a gente não. Eles nos tiraram do palco nas primeiras noites, e foi aí que pensamos: ‘Precisamos elevar o nível.’”

Essa tensão saudável impulsionou o Blink-182 a se reinventar ao vivo, segundo Hoppus. “Virou uma disputa sobre quem conquistaria mais o público. E isso nos transformou em uma banda melhor.”

O livro Fahrenheit-182 vai além dos bastidores do punk rock, abordando a vida pessoal de Hoppus, sua batalha contra o câncer e os altos e baixos da carreira com o Blink-182. Ele também revela detalhes inéditos sobre o relacionamento conturbado entre as bandas durante a turnê, incluindo brigas nos bastidores e momentos de camaradagem.

“Algumas noites estávamos juntos como veteranos de guerra; em outras, discutíamos com o empresário deles nos corredores”, conta Hoppus.

Embora nunca mais tenham dividido uma turnê, as histórias daquela jornada permanecem vivas na memória dos fãs — e, agora, registradas em livro. O Blink-182 segue com novos projetos: a banda se prepara para iniciar a turnê Missionary Impossible, que começa em agosto na Flórida e segue até outubro com uma última apresentação na Califórnia.

TB
postado em 22/05/2025 15:43
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