
A equipe de Lady Gaga afirmou, em nota à Associated Press, que nem a cantora nem seus colaboradores foram previamente informados pela Polícia Civil do Rio de Janeiro ou pelo Ministério da Justiça sobre o inédito plano de ataque a bomba desarticulado antes do show na Praia de Copacabana, no sábado (3). “Tomamos conhecimento dessa suposta ameaça por meio de informações da imprensa nesta manhã”, declarou o porta-voz.
Segundo o comunicado, “antes e durante o espetáculo, não houve preocupações de segurança conhecidas, nenhuma comunicação oficial sobre possíveis riscos”. A nota ressalta ainda que toda a produção “trabalhou com as forças de ordem no planejamento e execução do evento e confiava nas medidas de segurança implementadas”.
Batizada de Operação Fake Monster, em referência aos “little monsters”, como são chamados os fãs de Gaga, a ação desmantelou um grupo que recrutava até adolescentes para fabricar explosivos improvisados e coquetéis molotov. O objetivo, segundo a Polícia Civil do Rio, era transformar o ataque em um “desafio coletivo” e ganhar visibilidade nas redes sociais, alimentando ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
A repercussão do caso chegou a São Paulo, onde a Polícia Civil cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, incluindo a apreensão de um adolescente de 16 anos em São Vicente, litoral paulista, apontado como autor de mensagens de incitação à violência.
Saiba Mais
Enquanto as autoridades comemoram o desfecho da operação, Lady Gaga reuniu 2,1 milhões de pessoas em seu maior show no Brasil até hoje. No palco, a cantora revisitou seus grandes sucessos, trocou de figurino várias vezes e fez declarações de amor ao público carioca.