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Nova espécie de aracnídeo é descoberta em Minas Gerais 2u366k
MEIO AMBIENTE

Nova espécie de aracnídeo é descoberta em Minas Gerais 2u366k

Identificado em Minas Gerais, o opilião Cajango ednardoi vive preferencialmente em lugares altos e tem padrão diferente de cores e estruturas do fêmur e dos órgãos genitais das outras três recém-verificadas 75q10

Uma nova espécie de opilião, um tipo de aracnídeo, foi descoberta na Reserva Biológica da Mata Escura, localizada nos municípios de Jequitinhonha e Almenara, em Minas Gerais. Chamado Cajango ednardoi o espécime tem características diferentes de outros opiliões já conhecidos. É a primeira vez que esse gênero de animal é registrado no estado.  A descrição taxonômica detalhada e o registro da nova espécie foram publicados recentemente na revista internacional Zootaxa

O achado é resultado do monitoramento ambiental realizado pela equipe que atua na Reserva da Mata Escura, sob a gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A vigilância faz parte de um acordo entre a Vale e o ICMBio, um compromisso voluntário de proteger e recuperar 500 mil hectares, até 2030. Além do monitoramento da fauna, as equipes realizam atividades para fortalecer a conexão entre a sociedade, pesquisadores e a preservação ambiental.

A descoberta, divulgada agora pelo ICMBio, foi realizada pelo monitor Ednardo Martins e pelo brigadista Jorge Pereira. Durante uma ronda de monitoramento, a dupla encontrou a espécie e publicou uma foto do animal em um aplicativo de ciência cidadã, o iNaturalist, que possibilita o compartilhamento de informações sobre biodiversidade.

A foto chamou a atenção do pesquisador e zoólogo Adriano Kury, especialista na ordem de Opiliones que atua com aracnídeos no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. "Alexa Granado e eu conseguimos alguns exemplares e estudamos esse material, percebendo que ele era um bicho do gênero cajango, só que não era nenhuma das três espécies conhecidas de cajango, vimos que era uma quarta espécie", destacou o pesquisador ao Correio.

Padrão singular

O Cajango ednardoi se diferencia das outras espécies parecidas em razão do padrão de coloração do corpo e características estruturais no fêmur e nos órgãos genitais masculinos. O espécime foi encontrado em altitudes entre 750 e 1.100 metros em relação ao nível do mar, enquanto as demais do gênero habitam áreas mais baixas, geralmente inferiores a 600 metros, o que, segundo os cientistas, sugere que o animal pode ser um gênero mais primitivo da espécie.

O gênero era anteriormente classificado pela World Wide Found for Nature (WWF) como endêmica das florestas no interior da Bahia, encontrar o espécime em Minas Gerais amplia a distribuição geográfica do gênero Cajango, marcando sua primeira ocorrência no estado mineiro.

Para Márcia Nogueira, chefe da Reserva Biológica da Mata Escura, a descoberta deve ser valorizada. "Em primeiro lugar, ainda estamos conhecendo a biodiversidade da Mata Escura. Com esse apoio da Vale, por meio do programa Meta Florestal, conseguimos viabilizar a pesquisa e o monitoramento da biodiversidade na Mata Escura. Encontrar uma espécie nova foi uma grande surpresa. Achar esse opilião mostra que, apesar dos desafios, nós estamos conseguindo manter a integridade da biodiversidade na nossa área", afirmou ao Correio.

O nome Cajango ednardoi é uma homenagem a Ednardo Martins, que faz parte do quilombo da Mumbuca, território tradicional e parcialmente sobreposto à Reserva da Mata Escura, em reconhecimento ao trabalho de monitoramento ambiental nas áreas de florestas na região do Baixo Jequitinhonha. Ednardo, que já foi chefe de brigada do ICMBio, atualmente é colaborador da Vale, na Rebio Mata Escura.

"Descrevemos essa espécie nova e colocamos o nome em homenagem ao Ednardo porque esse trabalho que ele faz é de formiguinha, todo dia está aqui documentando, visualizando, descobrindo a fauna do local, uma coisa fantástica. Ele conhece o dia a dia daquilo ali, vai fazendo tijolinho com tijolinho, toda vez descobrindo um pouquinho da fauna do nosso planeta, que é fantástica, mas está sendo cada vez mais destruída", detalhou Kury.

Conforme o cientista, a diversidade de animais envolve uma riqueza imensa de genomas e de potenciais científicos que estão sendo desperdiçados. "É como se você estivesse destruindo bibliotecas com um monte de livros com conhecimento importantíssimo para a humanidade, e isso é uma coisa irreversível, porque a humanidade vai crescendo e não tem para onde mais, pois nossos recursos não são infinitos."

 


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Arquivo pessoal - O pesquisador e zoólogo Adriano Kury analisou o aracnídeo
Adriano Kury - O tipo foi localizado em altitudes entre 750 e 1.100 metros