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Entre eles, 27 brasileiros vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT) e a projetos do Programa Antártico Brasileiro (Proantar/CNPq).</p> <ul> <li><strong>Leia também: <a href="/brasil/2024/07/6890224-chefe-sindico-e-embaixador-a-rotina-do-comandante-da-estacao-antartica.html" target="_blank">Chefe, síndico e embaixador: a rotina do comandante da Estação Antártica</a></strong></li> </ul> <p class="texto">“O Brasil nunca havia participado de pesquisas na <a href="/ciencia-e-saude/2025/01/7036632-relatorio-sobre-degelo-marinho-coloca-o-planeta-em-alerta.html" target="_blank">Antártica Oriental</a>. 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<span>O asteroide monitorado de perto por agências espaciais por risco de colisão com a Terra</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2025/02/7051341-evolucao-humana-envolve-mudancas-anatomicas-ao-longo-de-milhoes-de-anos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/01/30/675x450/1_lucy_mexico-45564183.jpg?20250203173032" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>Evolução humana envolve mudanças anatômicas ao longo de milhões de anos </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2025/02/7051325-o-surpreende-motivo-pelo-qual-o-sabor-da-sua-cerveja-esta-mudando.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2025/02/03/4a4a93f0_e24f_11ef_bd1b_d536627785f2-45841276.jpg?20250203170116" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>O surpreende motivo pelo qual o sabor da sua cerveja está 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Pesquisadores brasileiros retornam após 70 dias e 29 mil km na Antártida 2p676u
EXPEDIÇÃO

Pesquisadores brasileiros retornam após 70 dias e 29 mil km na Antártida 6y2w1p

Coleta e análise de amostras do continente gelado ajudarão a compreender os impactos das mudanças climáticas no planeta t5f12

Após 70 dias de pesquisas científicas na Antártida, pesquisadores retornaram ao Brasil na sexta-feira (31/1). Durante a expedição, os 57 integrantes da equipe percorreram mais de 29.316 km da costa antártica, coletaram amostras e fizeram estudos que ajudarão a compreender os impactos das mudanças climáticas no planeta.

A Expedição Internacional de Circum-navegação Costeira Antártica foi coordenada pelo professor Jefferson Cardia Simões, do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e contou com 57 pesquisadores de sete países: Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru e Rússia. Entre eles, 27 brasileiros vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT) e a projetos do Programa Antártico Brasileiro (Proantar/CNPq).

“O Brasil nunca havia participado de pesquisas na Antártica Oriental. Isso demonstra que a comunidade científica brasileira tem capacidade não apenas de conduzir pesquisas de ponta, mas também de organizar logisticamente suas próprias missões”, destacou Jefferson Cardia Simões

Divulgação/UFRGS -
Divulgação/Marcelo Curia -
Divulgação/Anderson Astor -
Divulgação/Anderson Astor -
Divulgação/Anderson Astor -
Divulgação/Anderson Astor -

Segundo o professor Jefferson Cardia Simões, foi possível observar algumas ocorrências que sinalizam efeitos da mudança climática na Antártica:

  • Formação de córregos de derretimento sobre geleiras e plataformas de gelo;
  • Redução da salinidade do oceano Austral (principalmente perto da costa);
  • Presença de microplásticos em amostras da neve Antártica;
  • Observações da intensificação do derretimento das geleiras na ilha Rei George e expansão dos campos de musgo.

“Até 2100 temos uma projeção de aumento médio do nível do mar entre 28 e 110 centímetros, sendo que 50% derivam do derretimento das geleiras e 50% da expansão térmica do mar. Atualmente, a Antártica contribui com 15 milímetros desse aumento em cada década”, explica Simões.

A pesquisadora Venisse Schossler relatou um aumento do nível do mar dinâmico (oceano e atmosfera) em 12 centímetros nos últimos 10 anos, em uma taxa de 4 milímetros por ano. Segundo ele, essa elevação impacta diretamente o nível do mar dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. “A questão costeira sofrerá e é preciso lembrar que Porto Alegre está, geograficamente, na planície costeira”, diz.

A longo prazo essas regiões não serão afetadas apenas pelo nível do mar, mas também pelos ventos que estão mais fortes e atuam no represamento das águas dos rios, como ocorreu com o Guaíba na enchente de maio de 2024. “Esses são fatores associados”, frisa Venisse.

Os cientistas também observaram que a fuligem das queimadas e o microplástico chegaram ao gelo antártico. O pesquisador Filipe Lindau aponta que o alto consumo de plástico no mundo associado com o descarte nos oceanos faz com que a água e o vento o levem para longas distâncias.

Divulgação/Anderson Astor -
Divulgação/Anderson Astor -

“Grande parte do que chega na Antártica se dá pelas correntes e o vento sobre o oceano. Nessa expedição buscamos coletar amostras em locais mais remotos e, agora, vamos analisar o material para entender como o microplástico tem evoluído nos últimos anos”, frisa Filipe.

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Os materiais coletados serão analisados por laboratórios ao redor do mundo, contribuindo para uma visão mais ampla das transformações ambientais na região.

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