Fake 49

PF apreende R$ 1,9 milhão em notas falsas e desmonta fábricas

Polícia e Banco Central identificaram quase R$ 3 milhões associados ao grupo criminoso, mas o valor pode ser maior, diz delegada

Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de prisão temporária -  (crédito: Polícia Federal )
Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de prisão temporária - (crédito: Polícia Federal )

A Operação Fake 49, deflagrada ontem pela Polícia Federal, fechou duas fábricas de dinheiro falso, em Luziânia (GO), a cerca de 60 km de Brasília, e Lages (SC). Quatro pessoas foram presas nos dois locais.

De acordo com a PF, a organização criminosa era especializada na impressão e na distribuição de cédulas falsas em diversas regiões do Brasil. Os policiais federais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e um de prisão temporária.

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Segundo as investigações, o grupo operava em larga escala, com capacidade para produzir grandes volumes de notas falsas, que eram distribuídas e colocadas em circulação em vários estados. O esquema envolvia logística estruturada, com o envio das cédulas por motoboys, transportadoras e pelos Correios.

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A Polícia Federal informou que o Banco Central (BACEN) recolheu R$ 990.460,00 em cédulas falsificadas ligadas à quadrilha. Durante a operação, foi apreendido R$ 1.983.960,00 em notas falsas, que não chegaram a entrar em circulação.

A delegada da Polícia Federal responsável pelas investigações, Ana Paula Meirelles, afirmou que esse tipo de crime é recorrente e atinge principalmente pequenos comerciantes. "Os criminosos usam notas de R$ 200 para comprar produtos de baixo valor, como itens de R$ 5. Assim, trocam o dinheiro falso por notas verdadeiras. É uma prática antiga, mas ainda muito comum", explica.

Ainda segundo a delegada, as remessas das cédulas eram feitas por diferentes meios, o que dificultava o rastreamento. "A quantidade de notas falsas atribuídas a essa quadrilha pode ser maior, já que muitas pessoas, ao perceberem que o dinheiro é falso, simplesmente o descartam", explicou Ana Paula, destacando que as investigações continuam, pois a suspeita é de que existam outras fábricas do grupo espalhadas pelo país.

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Investigação

A operação teve início em julho do ano ado, após uma denúncia anônima feita à Polícia Militar de Luziânia. A partir dessa informação, a Polícia Federal iniciou a investigaçãoque revelou a existência da organização, que conta com uma divisão estruturada de tarefas.

"Uma pessoa recebia as cédulas de um motoboy, outra cortava as notas e devolvia ao entregador, que fazia a distribuição. A maioria das cédulas falsificadas era de R$ 20, R$ 50 e R$ 100. Há indícios de que o grupo tem ramificações em outros estados", detalhou Ana Paula.

Segundo o advogado Glauco dos Reis, especialista em direito penal, a falsificação de moeda é crime punido com pena que varia de três a 12 anos de reclusão, além de multa. Ele explica que quem tenta rear uma nota falsa, depois de perceber sua falsidade, pode responder criminalmente, com pena prevista de seis meses a dois anos de detenção.


  • Operação Fake 49
    Operação Fake 49 Foto: Polícia Federal
  • Operação Fake 49
    Operação Fake 49 Foto: Polícia Federal
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  • Operação Fake 49
    Operação Fake 49 Foto: Polícia Federal
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    Operação Fake 49 Foto: Polícia Federal
postado em 27/05/2025 05:30
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