Divaldo Franco
Nascido em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana, na Bahia, Divaldo começou a mediunidade ainda na infância, porém era repreendido pela família. Após ser acometido por uma doença que o deixou acamado durante meses, a família, enfim, aceitou que uma médium o visitasse. Foi ela quem entendeu que ele era oprimido por um espírito e identificou sua mediunidade.
Divaldo ou a se dedicar integralmente ao espiritismo a partir da década de 1940. Tornou-se discípulo dos ensinamentos de Allan Kardec e ou a divulgar a doutrina espírita por meio de palestras, seminários e livros psicografados, muitos dos quais atribuídos ao espírito Joanna de Ângelis, sua principal mentora espiritual.
Ao longo de sua trajetória, Divaldo destacou-se não apenas pela sua capacidade mediúnica, mas também pela dedicação às causas sociais. Em 1952, fundou, junto a Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, uma obra social localizada em Salvador, que acolhe e educa crianças em situação de vulnerabilidade. A instituição se tornou um modelo de assistência e educação, oferecendo serviços de saúde, ensino e apoio psicológico a milhares de pessoas.
Como conferencista, Divaldo percorreu diversos países, levando mensagens de paz, espiritualidade e fraternidade. Suas palestras sempre ressaltam valores como a caridade, o perdão e a importância do autoconhecimento. Escreveu ou psicografou mais de 250 livros, muitos traduzidos para diversos idiomas, ajudando a popularizar a doutrina espírita em diferentes partes do mundo.
Chico Xavier
Francisco Cândido Xavier, mais conhecido como Chico Xavier, foi um dos mais notáveis médiuns e filantropos do Brasil, nascido em 2 de abril de 1910, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Desde a infância, demonstrava habilidades mediúnicas, afirmando ver e conversar com espíritos. Órfão de mãe aos cinco anos, enfrentou dificuldades na juventude, mas encontrou no Espiritismo o consolo e a orientação para sua vida. Em 1927, começou sua trajetória como médium psicógrafo, dedicando-se a transmitir mensagens atribuídas a espíritos desencarnados.
Chico Xavier psicografou mais de 400 livros ao longo da vida, sem jamais reivindicar os direitos autorais, destinando toda a renda das obras a instituições de caridade. Seus livros abordam temas diversos, como espiritualidade, moral cristã, reencarnação e vida após a morte. O mais famoso deles, Nosso Lar, ditado pelo espírito André Luiz, tornou-se referência na literatura espírita e foi adaptado para o cinema. Seu trabalho foi marcado pela humildade, pela fé e pelo compromisso com o próximo.
Além da produção literária, Chico dedicou sua vida ao atendimento espiritual de milhares de pessoas. Recebia cartas psicografadas de entes queridos falecidos, o que trouxe consolo a inúmeras famílias. Seu trabalho incansável em centros espíritas, principalmente em Uberaba, onde viveu por décadas, atraiu atenção nacional e internacional, tornando-o símbolo de caridade e esperança.
Chico Xavier faleceu em 30 de junho de 2002, aos 92 anos, deixando um legado espiritual e humano imensurável.