A Polícia Civil do DF (PCDF) fechou o cerco contra um grupo criminoso voltado à venda de drogas em uma distribuidora de bebidas de Samambaia. Os alvos da operação estão ligados ao traficante faccionado do Comboio do Cão (CDC) William Silva Miranda, vulgo “Chuchu”, 30 anos, o líder do esquema e foragido da Justiça por ordenar o assassinato do adolescente Samuel Soares Marques, 14 anos, encontrado degolado e sem uma das mãos, em 7 de janeiro.
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Chuchu gerenciava uma rede de tráfico de drogas, em que usava distribuidoras de bebidas para vender os entorpecentes. Segundo as investigações, o homicídio de Samuel, inclusive, estaria ligado a um suposto desvio de dinheiro oriundo do tráfico, revelaram as investigações. Na manhã desta quinta-feira (27/2), policiais civis da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) cumpriram oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo das Garantias da Vara de Entorpecentes.
Ao menos cinco pessoas são investigadas, entre elas estão o irmão e a mãe de Chuchu, de 22 e 54 anos, respectivamente. Segundo as investigações, após a fuga de Chuchu, o irmão assumiu os negócios do familiar e ou a utilizar a distribuidora de bebidas como ponto de venda de drogas.
Na área financeira, ficava a mãe dos dois. Era ela, segundo a polícia, a responsável por ocultar os lucros obtidos com o tráfico. Além disso, a mulher gerenciava um sofisticado sistema de câmeras de segurança instaladas no local para monitorar as atividades dos membros do grupo e vigiar qualquer possível ação policial.
As câmeras eram estrategicamente posicionadas em avenidas que davam o ao estabelecimento, servindo para alertar sobre a chegada de forças policiais. A namorada do irmão do Chuchu, de 22 anos, mantinha uma loja de conserto de celulares usada como fachada para a venda de produtos adquiridos como pagamento pela comercialização de drogas.
O esquema contava ainda com dois comparsas, de 25 e 33 anos, responsáveis pela venda dos entorpecentes e fiscalização da distribuição no local. Eles também faziam o transporte das substâncias desde o local de armazenamento até a distribuidora. Entre as funções, estavam também a cobrança de dívidas de usuários inadimplentes e de "funcionários" que, eventualmente, subtraíam dinheiro ou drogas do grupo.
Todos os envolvidos responderão pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, com penas que variam de 8 a 25 anos de reclusão. As buscas foram feitas em Samambaia, onde o grupo operava.
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