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"Eu poderia citar alguma professora minha, se eu tivesse muitas opções, mas tive apenas uma em todo o curso", ressalta.</p> <ul> <li><strong>Leia também: <a href="/cidades-df/2024/07/6908282-idoso-que-se-afogou-e-desapareceu-no-lago-paranoa-e-encontrado-morto.html">Idoso que se afogou e desapareceu no Lago Paranoá é encontrado morto</a></strong></li> </ul> <p class="texto">Rose May, membro do grupo de pesquisa GECOM (Gênero, comunicação e socialidades), explica que isso se deve ao fato do machismo estrutural presente na sociedade. "O patriarcado nos coloca uma espécie de carimbo, nasceu mulher? Então o seu destino é cuidar. E isso ainda é reforçado, diariamente, pelos estereótipos de gênero que associam homens às áreas de exatas e de engenharias", expõe. </p> <p class="texto">Além disso, a estudiosa esclarece que essa situação precisa mudar e que deve ser mais divulgada. 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Afinal, aquilo que não é divulgado, também não é sabido", pensa. </p> <h3>Incentivo</h3> <p class="texto">Com a intenção de promover esse senso de pertencimento ao ambiente acadêmico, as professoras do Departamento de Ciência da Computação, Maristela Holanda, Aletéia Araújo e Maria Emília Walter se juntaram em 2010 para criar o projeto de extensão menincorreiobraziliense-br.rndiario.comp, apoiado pela FAP-DF. </p> <p class="texto">A ideia principal surgiu da oferta de oficinas motivacionais às meninas estudantes de ensino fundamental e médio de <a href="/cidades-df/2024/06/6872452-escolas-publicas-do-df-terao-programa-de-saude-bucal-do-governo-federal.html" target="_self">escolas públicas</a>, a fim de que elas possam ter a oportunidade de experimentar atividades que sejam inerentes à atuação profissional, apresentando o curso como possibilidade. </p> <p class="texto">Para aquelas que já estão cursando, há um acolhimento que começa desde a calourada. 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Então, a ideia era atrair meninas que estão envolvidas nesse mundo, mas especialmente com todos os tipos de engenharia", exemplifica. </p> <ul> <li><strong>Leia também: <a href="/cidades-df/2024/07/6908181-parada-do-orgulho-lgbtqiapn-discute-politicas-publicas-para-a-populacao-60-.html">Parada do Orgulho LGBTQIAPN discute políticas públicas para a população 60+</a></strong></li> </ul> <p class="texto">Laura Sousa, 23, é monitora do programa e está inserida na tecnologia desde o ensino médio. Ao entrar na faculdade, ela queria refazer vivências, agora com mais mulheres em seu caminho. 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Nathalia Cerqueira, estuda engenharia civil" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/15/15072024mf05-38916719.jpg?20240722173915" class="contain" layout="fill" alt=" 15/07/2024 Crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF - UnB, MULHERES NAS EXATAS, A presença feminina nos cursos de engenharia civil e outra em computação. Professora coordenadora do projeto, Maristela Holanda com as alunas Luana Cruz e Letícia Souza" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - <b></b> </figcaption> </div> </amp-carousel> </div></p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/cidades-df/2024/07/6908282-idoso-que-se-afogou-e-desapareceu-no-lago-paranoa-e-encontrado-morto.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/28/idoso_desaparecido_lago_paranoa__2_-39170851.jpeg?20240729013549" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cidades DF</strong> <span>Idoso que se afogou e desapareceu no Lago Paranoá é encontrado morto</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/cidades-df/2024/07/6908196-protesto-em-brasilia-reune-centenas-de-venezuelanos-contrarios-a-maduro.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/28/protesto_de_venezuelanos_em_brasilia-39155814.jpg?20240728221914" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cidades DF</strong> <span>Protesto em Brasília reúne centenas de venezuelanos contrários a Maduro</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/cidades-df/2024/07/6908177-trios-da-parada-lgbtqiapn-desfilam-pelo-eixo-monumental-veja-fotos.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/28/mj2807_30-39155557.jpg?20240728233615" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Cidades DF</strong> <span>Trios da Parada LGBTQIAPN+ desfilam pelo Eixo Monumental. Veja fotos</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/15/1200x801/1_15072024mf05-38916719.jpg?20240722173915?20240722173915", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/15/1000x1000/1_15072024mf05-38916719.jpg?20240722173915?20240722173915", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/07/15/800x600/1_15072024mf05-38916719.jpg?20240722173915?20240722173915" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Fernanda Cavalcante", "url": "/autor?termo=fernanda-cavalcante-" } , { "@type": "Person", "name": "Luiza Marinho", "url": "/autor?termo=luiza-marinho" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 3w5j27

Presença de mulheres em cursos da área de exatas ainda é pequena no DF 5i2x3m
Igualdade

Presença de mulheres em cursos da área de exatas ainda é pequena no DF 5p5t56

Em um espaço onde há prevalência masculina, a propagação de informação sobre os cursos da área é importante para um futuro mais igualitário entre homens e mulheres 5g23u

Apesar dos avanços, a presença feminina ainda é minoritária na área de exatas da instituição de ensino superior federal. Segundo dados obtidos nos anuários estatísticos da Universidade de Brasília (UnB), nos últimos cinco anos, a porcentagem de mulheres com matrículas ativas é de 12,84% no curso de computação e 31,1%, em engenharia civil. Esforços para incentivar e apoiar esse grupo, como a criação de projetos de extensão, têm sido importantes para superar esse desafio.

A falta de uma mulher influente na profissão reflete na figura representativa de Nathália Cerqueira, 22, aluna do sétimo semestre de engenharia civil. "Minha grande inspiração na área é um homem, meu pai. Sempre fomos muito apegados, desde criança, então eu me sentava ali com ele e fazíamos aquilo juntos, com o tempo, foi surgindo a vontade de fazer a mesma coisa", compartilha. "Eu poderia citar alguma professora minha, se eu tivesse muitas opções, mas tive apenas uma em todo o curso", ressalta.

Rose May, membro do grupo de pesquisa GECOM (Gênero, comunicação e socialidades), explica que isso se deve ao fato do machismo estrutural presente na sociedade. "O patriarcado nos coloca uma espécie de carimbo, nasceu mulher? Então o seu destino é cuidar. E isso ainda é reforçado, diariamente, pelos estereótipos de gênero que associam homens às áreas de exatas e de engenharias", expõe. 

Além disso, a estudiosa esclarece que essa situação precisa mudar e que deve ser mais divulgada. "É preciso implementar e divulgar programas de mentoria com mulheres que atuam nas áreas de exatas para que possam replicar os seus exemplos para essas estudantes. Afinal, aquilo que não é divulgado, também não é sabido", pensa. 

Incentivo 32405a

Com a intenção de promover esse senso de pertencimento ao ambiente acadêmico, as professoras do Departamento de Ciência da Computação, Maristela Holanda, Aletéia Araújo e Maria Emília Walter se juntaram em 2010 para criar o projeto de extensão menincorreiobraziliense-br.rndiario.comp, apoiado pela FAP-DF. 

A ideia principal surgiu da oferta de oficinas motivacionais às meninas estudantes de ensino fundamental e médio de escolas públicas, a fim de que elas possam ter a oportunidade de experimentar atividades que sejam inerentes à atuação profissional, apresentando o curso como possibilidade. 

Para aquelas que já estão cursando, há um acolhimento que começa desde a calourada. "Posso dizer que a maioria das alunas já aram pelo projeto em algum momento ao longo do curso, não simultaneamente, porque existem fases, algumas estão com estágios, outras no TCC", afirma Maristela.

Luana Cruz, 23, é um desses casos citados pela professora. Conseguiu conciliar a entrada no projeto somente no oitavo semestre do curso de ciências da computação, e acredita que as coisas teriam sido diferentes se tivesse tido esse acolhimento antes. "Me senti muito deslocada no começo, é realmente desafiador entrar em uma sala de aula e perceber que a maioria das pessoas são homens", declara. "Hoje, aqui dentro, percebo como esse apoio faz toda a diferença para a nossa confiança de continuar, mesmo com a discriminação", conclui.

Por outro lado, Letícia Souza, 18, entrou no menincorreiobraziliense-br.rndiario.comp ainda no primeiro semestre de licenciatura em computação, isso porque iniciou no ramo da ciência cedo, com 12 anos, quando entrou para a equipe de robótica do Sesi Taguatinga, lugar onde permaneceu por mais quatro anos.

Durante esse tempo, percebeu as dificuldades que enfrentaria na profissão, ao observar como as tarefas eram divididas. "Os meninos sempre eram os programadores, que construíam os robôs e eu percebia que a gente ficava muito com a pesquisa, para desenvolver a escrita do projeto. O único ano que eu tive que programar foi quando já não tinha mais meninos voluntários suficientes para essa função", relata.

Em se tratando das engenharias, o projeto Meninas Velozes é uma ação da Faculdade de Tecnologia da UnB, em parceria com escolas do ensino médio. O projeto tem o intuito de equidade de gênero nas áreas de engenharias mecânica e automotiva. A coordenadora do projeto, Maura Milfont, diz que a principal motivação ao se criar a extensão se deve à pouca representação feminina nos cursos de engenharia. "É um fato que temos pouca representação feminina nas áreas de ciências tecnológicas, engenharia e matemática. Então, a ideia era atrair meninas que estão envolvidas nesse mundo, mas especialmente com todos os tipos de engenharia", exemplifica. 

Laura Sousa, 23, é monitora do programa e está inserida na tecnologia desde o ensino médio. Ao entrar na faculdade, ela queria refazer vivências, agora com mais mulheres em seu caminho. "Eu precisava conviver com mais mulheres e contribuir para que mais meninas não assem por situações de preconceito como eu ei, minha principal motivação foi quebrar esse ciclo de pouca representatividade e machismo", aponta a estudante de engenharia florestal.

Sua satisfação está em acompanhar o desenvolvimento das estudantes de ensino médio e fundamental que estão dentro do programa e contemplar os frutos disso. "Nesse contato direto, pude percebê-las se abrindo para novas oportunidades, debatendo, não tendo medo de errar, se sentindo confortáveis na universidade e percebendo que elas podem e devem ocupar os locais que almejam. Me sinto grata por estarmos formando meninas e mulheres pra vida e seus desafios", considera.

*Estagiárias sob a supervisão de Patrick Selvatti

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -
Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press -

Mais Lidas 2y6064

Desigualdade 14si

Matrículas ativas nos cursos de ciências da computação e engenharia civil na Universidade de Brasília (UnB) nos últimos cinco anos 

Ciências da Computação

Mulheres Homens

2023 60 387 

2022 63 384 

2021 57 355

2020 45 300

2019  33 297 

 

Engenharia Civil 

Mulheres Homens

2023 125 278

2022 127 263

2021 120 269

2020 104 282

2019  110 308

Fonte: Anuários Estatísticos da UnB