Mitski Miyawaki, ou simplesmente Mitski, é uma das vozes mais autênticas, sensíveis e intensas da música alternativa contemporânea. Sua sonoridade flutua entre o indie rock, o pop experimental e arranjos orquestrais, enquanto suas letras mergulham fundo em temas como identidade, solidão, amor e pertencimento. Nascida entre culturas, vivências e idiomas, Mitski canalizou suas complexidades internas em álbuns que emocionam e provocam reflexão. Ao longo dos anos, a artista conquistou uma legião fiel de fãs — muitos dos quais se enxergam em suas palavras cruas e melodias devastadoras.
Como Mitski começou sua carreira?
Mitski nasceu em 27 de setembro de 1990, em Mie, no Japão, filha de pai estadunidense e mãe japonesa. ou a infância em diversos países, como Turquia, China, República Tcheca e Malásia, acompanhando a carreira diplomática do pai. Essa constante mudança reforçou sua sensação de deslocamento, um sentimento recorrente em suas músicas.
Aos 18 anos, já nos Estados Unidos, ingressou na SUNY Purchase Conservatory of Music, onde começou a compor e gravar seus próprios álbuns como parte de projetos acadêmicos. Foi nesse período que nasceram Lush (2012) e Retired from Sad, New Career in Business (2013), obras viscerais e introspectivas que chamaram atenção no circuito underground.
O reconhecimento veio com o terceiro álbum, Bury Me at Makeout Creek (2014), onde abandonou a orquestração clássica em favor de guitarras agressivas e letras cortantes. Desde então, Mitski não parou de crescer, consolidando sua arte como referência na cena alternativa.
Quais são as conquistas de Mitski como artista?
Apesar de manter uma postura discreta e avessa aos holofotes, a artista coleciona conquistas notáveis:
- Seu álbum Be the Cowboy (2018) foi eleito “Álbum do Ano” por veículos como Pitchfork, The Line of Best Fit e Consequence of Sound;
- Ganhou destaque em trilhas sonoras de filmes e séries como The Bear, This Is Us e Past Lives, onde sua música “Glide” foi indicada ao Oscar em 2024;
- Suas turnês internacionais têm ingressos esgotados em minutos, com destaque para apresentações em festivais como Coachella, Primavera Sound e Lollapalooza;
- Indicada ao Grammy Awards e Brit Awards por sua singularidade artística;
- Considerada uma das compositoras mais influentes da década pela Rolling Stone, NPR e Billboard.
Com uma estética minimalista e letras profundas, Mitski conseguiu espaço em um mercado dominado por tendências ageiras — e o fez com integridade artística absoluta.
Curiosidades sobre a artista
- Seu nome completo é Mitsuki Laycock, mas ela usa Mitski como nome artístico;
- Apesar de ter crescido em muitos países, só começou a compor em inglês na adolescência;
- Declarou publicamente que quase desistiu da música após o sucesso de Be the Cowboy, por sentir que sua vida pessoal estava se esvaindo diante da fama;
- A faixa “Nobody”, um dos maiores sucessos de sua carreira, foi escrita em um momento de depressão e isolamento em Malta;
- Fãs se referem a ela como “a poetisa da dor moderna” e comparam sua sensibilidade à de artistas como Fiona Apple, Björk e Sufjan Stevens;
- Raramente aparece em entrevistas e redes sociais, preservando sua privacidade e saúde mental.
Como a arte de Mitski impacta o público?
A música de Mitski vai além do entretenimento — ela toca profundamente quem a ouve. Seu talento em expressar sentimentos ambíguos, sua abordagem não linear das emoções e sua performance intensa no palco criam uma conexão visceral com o público.
Suas canções muitas vezes abordam o vazio existencial, o conflito entre culturas, a alienação da vida moderna e o peso de ser mulher em um mundo hostil. É por isso que sua base de fãs é tão leal: Mitski transforma dor e solidão em beleza sonora.
Além disso, sua recusa em se conformar com padrões da indústria musical — recusando campanhas publicitárias, grandes contratos e controle externo sobre sua arte — a torna um símbolo de autenticidade e resistência criativa.
Qual é o valor da fortuna de Mitski e fontes de renda?
Em 2025, estima-se que a fortuna de Mitski esteja em torno de US$ 5 milhões, valor modesto se comparado a artistas mainstream, mas significativo para uma carreira que preza mais pela arte do que pelo lucro.
Suas principais fontes de renda incluem:
- Vendas físicas e digitais de álbuns como Laurel Hell e The Land Is Inhospitable and So Are We;
- Direitos autorais de composições usadas em filmes, séries e comerciais;
- Turnês internacionais com casas esgotadas;
- Licenciamento de músicas para produções como The Idol, The Bear e Past Lives;
- Merchandising oficial (camisetas, vinis, pôsteres);
- Participações em festivais e eventos culturais.
Mitski é um lembrete de que a arte pode ser profunda, bela e comercialmente viável ao mesmo tempo — sem perder sua alma. Com voz suave e palavras afiadas, ela segue conquistando o mundo, uma melodia sincera por vez.