A Coreia do Sul, conhecida por sua forte indústria tecnológica e competitividade, enfrenta um dilema sobre a jornada de trabalho. Enquanto muitos países discutem a redução da carga horária semanal, a Coreia do Sul considera a possibilidade de aumentar o número de horas trabalhadas. Este debate surge em meio a uma crise de produtividade e questões demográficas, como a baixa taxa de natalidade.
Empresas como Samsung e Hyundai estão no centro dessa discussão, considerando aumentar a jornada semanal para até 69 horas. Atualmente, a legislação sul-coreana permite um máximo de 52 horas semanais, uma das mais longas do mundo. A proposta de aumento gerou reações adversas, especialmente entre sindicatos e trabalhadores que já enfrentam longas jornadas.
Por que a Coreia do Sul considera aumentar a jornada de trabalho?
A principal razão para a discussão sobre o aumento da jornada de trabalho na Coreia do Sul é a crise de produtividade enfrentada pelo país. A baixa taxa de natalidade e o envelhecimento da população têm impactado negativamente a força de trabalho. Empresas buscam soluções para manter a competitividade e atender às demandas do mercado global.
O “modo emergência” adotado pela Samsung em 2024 é um exemplo de como as empresas estão reagindo a essa situação. A decisão de permitir que diretores e gerentes trabalhem seis dias por semana visa encontrar soluções rápidas para os desafios enfrentados pela indústria. No entanto, essa abordagem tem gerado preocupações sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Quais são as reações dos trabalhadores e sindicatos?
A proposta de aumentar a jornada de trabalho não foi bem recebida por todos. Sindicatos e trabalhadores expressaram preocupações sobre o impacto na saúde e no bem-estar dos funcionários. A cultura de trabalho intensa na Coreia do Sul já é conhecida por exigir longas horas, e a ideia de expandir ainda mais essa carga horária gerou protestos.
Além disso, a proposta contrasta com movimentos em outros países que buscam reduzir a jornada de trabalho para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. Na Coreia do Sul, o líder opositor apresentou um plano para implementar uma semana de trabalho de quatro dias, o que reduziria o limite atual de horas trabalhadas.
Impactos econômicos e futuro da jornada de trabalho
Apesar das críticas, algumas empresas têm registrado resultados positivos após mudanças na jornada de trabalho. A Samsung, por exemplo, relatou um aumento de 23% nos lucros de sua divisão móvel após adotar horários mais flexíveis. Esses números podem influenciar outras empresas a considerar mudanças semelhantes.
No entanto, o futuro da jornada de trabalho na Coreia do Sul ainda é incerto. O debate continua entre aumentar a carga horária para enfrentar desafios econômicos e reduzir as horas para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. A decisão final terá implicações significativas para a economia e a sociedade sul-coreana.
Próximos os
O debate sobre a jornada de trabalho na Coreia do Sul reflete desafios econômicos e sociais complexos. Enquanto empresas buscam soluções para aumentar a produtividade, trabalhadores e sindicatos lutam por melhores condições de trabalho. O equilíbrio entre essas demandas será crucial para o futuro do mercado de trabalho no país.