Recentemente, uma descoberta alarmante por um pesquisador de segurança cibernética revelou um banco de dados não seguro contendo mais de 184 milhões de credenciais de únicas. Este incidente destaca a ameaça crescente representada pelos infostealers, um tipo de malware projetado para coletar informações sensíveis de dispositivos infectados. A preocupação não se limita apenas à exposição dos dados, mas também à forma como os criminosos cibernéticos utilizam essas credenciais.
O banco de dados incluía dados de uma ampla gama de serviços, como provedores de e-mail, plataformas de mídia social e até mesmo carteiras de criptomoedas. Acredita-se que essas informações não foram vazadas acidentalmente, mas sim coletadas por infostealers. Esses malwares chegam frequentemente por meio de e-mails de phishing, sites maliciosos ou software pirata.
Como operam os infostealers?
Os infostealers são malwares sofisticados que extraem silenciosamente credenciais armazenadas em navegadores, clientes de e-mail e aplicativos de mensagens. Exemplos notórios incluem o Lumma Stealer, que recentemente teve sua infraestrutura interrompida por autoridades. No entanto, existem outros igualmente sofisticados, mas menos conhecidos.
O impacto desses malwares é significativo. Cada dispositivo infectado pode fornecer dezenas ou centenas de conjuntos de credenciais, ampliando o problema muito além de um único vazamento. Se um criminoso conseguir vincular essas informações a uma única pessoa, o risco de roubo de identidade aumenta consideravelmente.
Quem está em risco?
Com o volume de credenciais encontradas, é razoável supor que milhões de indivíduos tiveram seus dados incluídos no banco de dados exposto. Embora o número de vítimas seja provavelmente menor do que o número de credenciais expostas, ainda é alarmante. Os infostealers evoluíram além de simples capturadores de senhas, agora capazes de capturar dados de preenchimento automático, cookies, capturas de tela e até mesmo pressionamentos de teclas.
Essas credenciais roubadas alimentam ataques de preenchimento de credenciais, onde s reutilizados são usados para ar outros serviços, além de tomadas de contas, roubo de identidade e campanhas de phishing direcionadas.

Como proteger-se contra infostealers?
Embora o banco de dados exposto tenha sido removido, a ameaça dos infostealers permanece. Algumas medidas práticas podem ajudar a proteger suas informações:
- Altere suas senhas regularmente e evite reutilizá-las em várias contas. Use senhas únicas e complexas para cada serviço.
- Habilite a autenticação de dois fatores (2FA) sempre que possível, dificultando a tomada de conta por criminosos.
- Audite e limpe sua caixa de entrada de e-mails regularmente, removendo documentos sensíveis e senhas antigas.
- Utilize uma solução anti-malware atualizada que possa detectar e remover infostealers.
- Seja cauteloso com s e aprenda a reconhecer e-mails de phishing, pois são vetores comuns de infecção.
Como abordar o monitoramento proativo?
Dada a escala e sofisticação das operações de infostealers, não é suficiente esperar por notificações de violação para saber se suas credenciais foram comprometidas. O monitoramento proativo é essencial para manter a segurança de suas informações digitais.
Serviços como o Portal de Pegada Digital da Malwarebytes permitem verificar se seus dados foram roubados por um infostealer e expostos online. Basta inserir seu endereço de e-mail mais utilizado para descobrir quais informações estão disponíveis sobre você.
Não espere que uma violação de dados o afete. Verifique sua pegada digital e mantenha-se um o à frente dos criminosos cibernéticos.