
A cadela Mia, uma Golden retriever, foi encontrada morta e enterrada no quintal do hotel para cachorros do adestrador contratado pela tutora do animal. Além do corpo de Mia, policiais civis encontraram mais três cachorros em situação de possíveis maus-tratos. O caso ocorreu em Guaratiba, no Rio de Janeiro.
Francine Branchi, tutora da Mia, disse que soube que a cadela morreu por volta de 11 de fevereiro — dois dias antes do adestrador comunicar a suposta “fuga” do animal. Depois de itir a verdade para uma protetora de animais, ele ligou para Francine e confessou tudo. "Disse que Mia morreu por hipertermia (superaquecimento) e, ao constatar sua morte, a enterrou em seu quintal", afirmou.
Policiais civis da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e da 43ª Delegacia Policial de Guaratiba realizaram, na segunda-feira (24/2), uma ação no hotel para cachorros.
Os tutores de Mia relataram à Policia Civil que eles tinham deixado o animal no estabelecimento e que receberam uma ligação informando que o cachorro havia fugido do hotel. Os agentes iniciaram diligências e, após análise de imagens de câmeras de segurança, concluíram que o depoimento prestado pelo proprietário do local era contraditório.
Em postagem no Instagram, Francine relatou que ao entrar no hotel canino, presenciou animais sob o sol, bebendo água suja de um balde de cimento, cercados de fezes e urina, e sem ração. A Polícia Civil autorizou que ela e outros protetores resgatassem os cachorros.
"Hoje sou responsável pelo golden macho que estava lá, abandonado, magro e com um olhar triste. Ele terá um nome, um lar, amor e respeito", declarou a tutora da Mia. Os outros dois pets foram adotados por amigos de Francine.
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"Não conseguimos trazer Mia de volta para casa com vida, mas sua missão foi cumprida. Ela salvou os animais que estavam ali e impediu que outros sofressem nas mãos desse homem frio, calculista e inescrupuloso, que pagará por todos os crimes que cometeu", ressaltou a tutora.
O proprietário do estabelecimento vai responder por maus-tratos a animais. Ele foi identificado como Sergio Dornelas. O Correio observou que o perfil do adestrador no Instagram foi desativado. Porém, em um vídeo publicado por Francine nos stories, Sergio alegou que estava sofrendo "calúnia e difamação".
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