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A decisão pode ter impacto direto em todos os casos dessa natureza que permanecem em aberto.</p> <p class="texto">O debate foi reaberto em um recurso apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o arquivamento de uma denúncia de 2015. À época, o MPF buscava a responsabilização de Lício Augusto Ribeiro Maciel e Sebastião Curió Rodrigues de Moura, ambos tenentes-coronéis do Exército Brasileiro, por homicídio qualificado e ocultação de cadáveres durante a Guerrilha do Araguaia. O caso não avançou sob a justificativa da validade da Lei de Anistia, que abrange crimes políticos e conexos ocorridos entre 1961 e 1979.</p> <ul> <li><strong><strong>Leia também: </strong></strong><a href="/politica/2024/04/6831798-a-lei-de-anistia-e-uma-lei-de-memoria-diz-presidente-de-comissao.html#google_vignette">"A Lei de Anistia é uma lei de memória", diz presidente de comissão</a></li> </ul> <p class="texto">Com a morte de Sebastião Curió em 2022, o processo seguiu apenas em relação a Lício Maciel. Agora, sob relatoria do ministro Dino, o STF deverá definir se crimes considerados permanentes, como a ocultação de cadáveres, podem escapar à aplicação da anistia.</p> <h3><strong>Crime permanente e a Lei de Anistia</strong></h3> <p class="texto">Na decisão, emitida neste domingo (15), Dino esclareceu que o debate não envolve a revisão da Lei de Anistia, mas, sim, a interpretação de sua validade diante de crimes que se estendem no tempo. Segundo o ministro, como a ocultação de cadáveres configura crime permanente, a conduta se mantém ativa enquanto o paradeiro das vítimas permanece desconhecido. O ministro reforçou que a ocultação de cadáveres transcende o ato físico inicial, pois impede que familiares exerçam o direito ao luto e configura flagrante contínuo.</p> <ul> <li><strong><strong>Leia também: </strong></strong><a href="/politica/2024/10/6975739-lira-cria-comissao-especial-e-poe-freio-em-pl-da-anistia-aos-golpistas-do-8-1.html">Lira cria comissão especial e põe freio em PL da anistia aos golpistas do 8/1</a></li> </ul> <p class="texto">Dino mencionou o impacto do desaparecimento forçado na história do país, citando o caso de Rubens Paiva, cujo corpo nunca foi localizado. O ministro trouxe ainda uma referência cultural ao mencionar o filme <em>Ainda Estou Aqui</em>, que retrata a busca incansável de famílias por respostas. "A dor imprescritível de mães como Zuzu Angel, que procurou obstinadamente pelo filho, sublinha o direito inalienável das famílias de encontrarem seus desaparecidos e exercerem o luto”, afirmou Dino.</p> <p class="texto">O julgamento da tese deve ser levado ao Plenário do STF em breve, onde os ministros decidirão sobre o alcance da Lei de Anistia em crimes permanentes, como a ocultação de cadáveres.<br /></p> <p class="texto"><strong><a href="https://whatsapp.com/channel/0029VaB1U9a002T64ex1Sy2w">Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular</a></strong></p> <p class="texto"></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/10/1200x801/1_sem_titulo_1-42801198.jpg?20241215144427?20241215144427", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/10/1000x1000/1_sem_titulo_1-42801198.jpg?20241215144427?20241215144427", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/10/800x600/1_sem_titulo_1-42801198.jpg?20241215144427?20241215144427" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Vanilson Oliveira", "url": "/autor?termo=vanilson-oliveira" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 371y52

Dino decide que Lei da Anistia não protege ocultação de cadáver na ditadura 6a465z
DITADURA

Dino decide que Lei da Anistia não protege ocultação de cadáver na ditadura 6m6d5c

O julgamento da tese deve ser levado ao Plenário do STF em breve. Os ministros decidirão sobre o alcance da Lei da Anistia em crimes permanentes, como a ocultação de cadáveres b2e6b

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino abriu caminho, neste domingo(15/12), para que o tribunal avalie se a Lei da Anistia pode ou não ser aplicada em crimes como a ocultação de cadáveres, cometidos durante a ditadura militar (1964-1985). A decisão pode ter impacto direto em todos os casos dessa natureza que permanecem em aberto.

O debate foi reaberto em um recurso apresentado pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o arquivamento de uma denúncia de 2015. À época, o MPF buscava a responsabilização de Lício Augusto Ribeiro Maciel e Sebastião Curió Rodrigues de Moura, ambos tenentes-coronéis do Exército Brasileiro, por homicídio qualificado e ocultação de cadáveres durante a Guerrilha do Araguaia. O caso não avançou sob a justificativa da validade da Lei de Anistia, que abrange crimes políticos e conexos ocorridos entre 1961 e 1979.

Com a morte de Sebastião Curió em 2022, o processo seguiu apenas em relação a Lício Maciel. Agora, sob relatoria do ministro Dino, o STF deverá definir se crimes considerados permanentes, como a ocultação de cadáveres, podem escapar à aplicação da anistia.

Crime permanente e a Lei de Anistia 5a1251

Na decisão, emitida neste domingo (15), Dino esclareceu que o debate não envolve a revisão da Lei de Anistia, mas, sim, a interpretação de sua validade diante de crimes que se estendem no tempo. Segundo o ministro, como a ocultação de cadáveres configura crime permanente, a conduta se mantém ativa enquanto o paradeiro das vítimas permanece desconhecido. O ministro reforçou que a ocultação de cadáveres transcende o ato físico inicial, pois impede que familiares exerçam o direito ao luto e configura flagrante contínuo.

Dino mencionou o impacto do desaparecimento forçado na história do país, citando o caso de Rubens Paiva, cujo corpo nunca foi localizado. O ministro trouxe ainda uma referência cultural ao mencionar o filme Ainda Estou Aqui, que retrata a busca incansável de famílias por respostas. "A dor imprescritível de mães como Zuzu Angel, que procurou obstinadamente pelo filho, sublinha o direito inalienável das famílias de encontrarem seus desaparecidos e exercerem o luto”, afirmou Dino.

O julgamento da tese deve ser levado ao Plenário do STF em breve, onde os ministros decidirão sobre o alcance da Lei de Anistia em crimes permanentes, como a ocultação de cadáveres.

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