Na noite de quarta-feira (15/5), uma elefanta de 52 anos chamada Lady morreu por eutanásia após se deitar e não conseguir mais se levantar. A fêmea tinha osteomielite, uma infecção nos ossos que causa muitas dores e não tem cura. Ela vivia no Santuário de Elefantes Brasil (SEB), na Chapada dos Guimarães, há quatro anos.
Lady foi apreendida em um circo em 2013 e depois ou a um Zoológico na Paraíba antes de ser encaminhada ao Santuário. A decisão de seguir para a eutanásia foi tomada pelos funcionários do SEB ao observar os comportamentos da elefanta. "Ela dormia e, ao ser abordada, abria os olhos e olhava para você, mas depois voltava a dormir. [...] Ela continuou recebendo analgésicos, mas não houve alteração em seu estado", informou a instituição.
A última crise inflamatória de Lady ocorreu há seis meses, e na época ela apresentou uma pequena recuperação. No entanto, as dores continuaram. Depois de buscar tratamentos alternativos, os funcionários do SEB chegaram à conclusão de que não havia mais o que fazer.
"Consultamos especialistas de todo o mundo sobre seus cuidados e tratamentos, tentamos medicina tradicional, terapias complementares como laserterapia, homeopatia, trabalho energético, qualquer coisa para encontrar um remédio não prejudicial que pudesse lhe proporcionar algum alívio, mas sempre com sucesso limitado. Parte da autonomia consiste em dar a cada elefante a capacidade de decidir não continuar", diz o anúncio.
O Santuário abriga elefantes fêmeas da espécie asiática. Com a perda de Lady, moram na região as elefantas Maia, Rana, Mara, Bambi e Guillermina, todas resgatadas após mais de 60 anos de exploração e maus-tratos em circos e zoológicos.