Não só tratamentos de beleza e produtos específicos fazem parte da realidade de animais de estimação de alguns anos pra cá. Os bichinhos aram a desfrutar de recursos antes considerados de luxo, mas que podem melhorar muito a qualidade de vida deles, como a fisioterapia.Esse tipo de terapia começou a ser usado na década de 1970 em animais de grande porte e participantes de competições esportivas, como os cavalos. Ao longo do tempo, estudos científicos convenceram veterinários de que a técnica poderia dar bons resultados também em animais pequenos, como cães e gatos.Assim como os humanos, os animais envelhecem e estão sujeitos a doenças que comprometem os movimentos. Entre os diversos casos para os quais a fisioterapia é indicada aos pets, estão as alterações articulares (artrite, artrose), as neuropatias periféricas e centrais (doenças do sistema nervoso), a doença do disco invertebral (hérnia de disco) e o pós-operatório imediato ou tardio.Segundo o veterinário e especialista em fisioterapia animal Anderson Lima Souto, embora os bichanos também sofram de problemas relacionados aos movimentos, eles superam com mais facilidade que os cães. Por isso, a quantidade de cachorros atendidos é bem maior do que a de gatos.Uma questão de reabilitação A cadela Rosinha (foto), de 6 anos, não falta às sessões de fisioterapia um dia sequer, desde abril. Ela foi indicada a especialistas em reabilitação após ser detectada uma hérnia de disco que a deixou sem andar. A dona, a bancária Vera Lúcia Riga, de 52 anos, adotou a cadela por meio de uma instituição de ajuda aos animais quando Rosinha estava em péssimas condições."Quando ela chegou aqui, nas primeiras sessões, se arrastava porque não tinha mais força", conta a veterinária e especialista em fisioterapia animal Roberta Dümpel. "Tivemos que aumentar a quantidade de atendimentos para estimular os movimentos. Isso melhorou bastante o quadro dela", avalia.Geralmente, os pacientes fazem os exercícios de reabilitação duas ou três vezes por semana, mas o caso de Rosinha é diferente. Ela tem sessões diariamente, com a duração de uma hora, e Vera faz questão de acompanhar cada uma de perto. "Quando ela começou a ser tratada da hérnia, apareceu um problema no joelho. Ela ou por três cirurgias, mas se recuperou bem e está muito melhor", conta a bancária.Quando há indicaçãoPós-operatórioAlterações articulares (artrose e artrite)Doença do disco intervertebral (hérnia de disco)Neuropatias periféricas e centrais (doenças do sistema nervoso)Discoespondilose (bico de papagaio)Lesões músculo/tendíneas (contusões, inflamações e distensões)Eliminação e controle de dor aguda ou crônicaDisplasia coxo-femuralAgradecimentos: Physical Dog 2k101x